Cris 29/09/2022Espiritualidade, Terapia e Budismo
“Para mim, o budismo deu sentido à terapia. Acabei percebendo que a psicoterapia ocidental tem potencial para ser um veículo de despertar, exatamente como a meditação pode ser.” Págs. 55-56
O autor Mark Epstein é um psiquiatra budista norte- americano, e neste livro ele nos traz histórias retiradas de seu consultório médico, ao longo de um ano, no período antes da Pandemia de COVID-19.
Ele já tinha muitos anos de caminhada na espiritualidade budista, e alguns livros publicados, quando começou a perceber que poderia usar muito da sabedoria oriental para auxiliar seus pacientes durante as consultas.
Desta forma, o autor nos traz anonimamente histórias incríveis e dolorosas de diferentes tipos de pessoas, com diversas histórias, que passaram por seu consultório durante o período de um ano. Nestas histórias, nós vemos como o psiquiatra pode juntar o melhor de sua profissão, aliada à espiritualidade para ajudar e tratar seus pacientes. Temos histórias de homens e mulheres, em várias fases da vida, e com diferentes crenças passando por um processo de desenvolvimento pessoal e cura.
O livro foi escrito em uma linguagem muito acessível, o autor nos traz muitos exemplos de sua própria vida em várias situações ao longo dos anos, que nos fazem perceber e entender os conceitos que ele quer nos passar. É aquele tipo de escrita que parece que estamos ouvindo e dialogando com o autor. É um livro que pode agradar tanto aos praticantes de meditação quanto aos pacientes e profissionais da área de Psicologia.
Eu confesso que gostei mais dos relatos dos atendimentos no consultório. Ver como o autor consegue usar a sua inteligência e sensibilidade para falar as palavras certas que as pessoas precisavam ouvir foi realmente admirável. A parte que eu menos gostei do livro foram algumas passagens mais explicativas sobre alguns conceitos do budismo, que eu achei meio repetitivas em alguns momentos.
Eu nunca tinha lido nada da perspectiva budista e fiquei bastante motivada pela cultura oriental e pelos relatos do autor no que se refere à espiritualidade. Impossível você fechar este livro sem ter vontade de parar um pouquinho pra meditar! Eu, particularmente, estou tentando colocar este hábito na minha vida, e este livro foi o empurrãozinho que faltava.
“Assim como ele, o Buda percebia que a maioria de nós é insegura, que nos agarramos a pessoas e prazeres como garantia, enquanto, ao mesmo tempo, nos julgamos por nossos erros.” pág. 97
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