O Regresso dos Andorinhões

O Regresso dos Andorinhões Fernando Aramburu




Resenhas - O Regresso dos Andorinhões


12 encontrados | exibindo 1 a 12


O resenheiro 13/02/2024

Balanço de uma vida: qual decisão será tomada?
Como não dar nota máxima a este livro? Toni, o narrador, desde o início nos conta tudo, sem deixar nada de sua intimidade de fora. Suas relações com o irmão, de quem odeia, com sua ex-mulher, de quem não consegue deixar de se lembrar, com os seus pais, com seu melhor amigo, a quem chama de Patamanca, são esmiuçadas, reveladas capítulo a capítulo, sem censura.

Toni deixa um relato de sua vida em doses diárias, escritas como se fosse um diário de 365 dias que antecedem a possível data final de sua existência neste lugar onde acredita já ter vivido tudo e o suficiente. Aos poucos vai se livrando de seus pertences pelas ruas da cidade, desfazendo-se de seus livros e de seus pensamentos, que nos conta com uma linguagem elaborada em cada frase, com um humor ácido e inteligente. Difícil não rir em alguns momentos!

É impressionante como o autor consegue, neste formato de escrita, transformar os acontecimentos pontuais de sua vida em uma narrativa contínua, onde nos divertimos com cada um de seus personagens. Para mim, as conversas de Toni com Patamanca e Águeda, sua namorada em tempos jovens a qual reaparece em sua vida, tanto no bar do Alfonso como em outras ocasiões, foram ganhando força ao longo do livro, terminando com este trio de amigos entrelaçados em suas histórias de vida.

Uma leitura agradável, quebrada em 12 capítulos, cada um com tantos dias quanto existem naquele mês em questão. Tudo começa em Agosto, e assim vamos caminhando até 31 de Julho do próximo ano, com a volta dos andorinhões, sem saber se a decisão de Toni será ou não executada! Só vai saber quem se aventurar nessa ficção que mais parece a realidade destes personagens tão bem caracterizados. Daria, mais uma vez, um belo filme ou série, como seu outro livro Pátria já virou anteriormente!
comentários(0)comente



Jamila 01/02/2024

Perfeito!
Eu amei esse livro! Que escrita, que fluidez, o livro em nenhum momento me enjoou por mais que seja um pouco extenso. O narrador é de uma sinceridade de fazer a gente parar e pensar em muita coisa! Amei!
comentários(0)comente



Matheus Niedo 16/01/2024

Um livro que acreditei que levaria meses pra terminar, e me prendi tanto que acabei rápido demais.
A narração do mesmo me deixou melancólico durante toda a leitura, como já vi em outras resenhas e repito, não é um passeio no parque. O personagem varia entre detestável e com qual nos identificamos, afinal é humano.
Vale muito a pena que seja lido, e sentido em todos os aspectos, principalmente do que diz respeito a velhice e sua solidão.
comentários(0)comente



debora-leao 12/01/2024

Do início do fim, ateísmo, niilismo e a mediocridade da vida
Primeira leitura de 2024. Muito, mas muito difícil de definir essa leitura. Eu a recomendo, mas aviso que não é fácil, não tem um ritmo convidativo e trata de temas difíceis. Não são pesados por acontecerem muitas coisas traumáticas, acidentes, abusos, embora eles também existam. São temas difíceis pq são narradas por um homem desesperançado, deprimido, ressentido e niilista. O livro não oferece nenhum sentido e quase te convence que não há mesmo sentido algum na vida, de maneira geral.

Para mim, não se tratou de gostar ou não gostar do personagem principal. Não me parece o foco do autor. É claro que é possível se identificar com ele pela sua franqueza, por exemplo, que é tocante mesmo que o retrate sob os piores ângulos possíveis. Também é possível odiar Toni: pela misoginia, pela hipocrisia residente na discrepância entre seus pensamentos e comportamentos (especialmente em sociedade)...

Eu me preocupei em entendê-lo, acompanhá-lo. Ao fixar o prazo de um ano para o suicídio, logo no começo do livro, o autor meio que já nos avisa que aquela viagem é para observarmos. Toni terá que viver aqueles 365 dias de espera, e nós os viveremos, parcialmente, junto a ele. Por isso, o livro é lento. Também é bem narrado, imagético e profundamente niilista. Estou muito em dúvida, após conclui-lo, se emendo com O Estrangeiro para seguir na vibe ou se leio algo mais alegre, respirando um pouco antes de seguir no niilismo. Toni não vê sentido algum na vida, "acha que vive pela inércia da respiração".

O começo do livro é empolgante, depois de uns 10%, começa a ficar dolorido, e essa dor só passa quando vc se acostuma. Com o ritmo lento, com as críticas ferinas, com o lento aguardar... E fica bom demais de novo, e depois chato, e por fim, reflexivo e bom de novo.

Achei as partes de Águeda chatas no início. Provavelmente isso se deve à reação do protagonista. Reclamar tanto de suas aparições e ainda assim nada fazer é irritante. Ainda mais sendo um homem adulto, maduro, que tem pouca consideração pelos outros, que não liga pra nada. Me soou meio forçado; porém, conforme essa resistência fútil vai minguando, a dinâmica do trio fica melhor.

Adorei a forma na qual a relação entre Toni e Nikita é descrita. Pareceu verossímil, um certo choque geracional, com um pouco de ressentimento de Toni por ver falhar a esperança em ter uma família. Esperança (creio eu) de que, tendo uma, sua vida quem sabe tivesse sentido. Apenas reforçou minha decisão de não ser mãe. Já Pepa me foi indiferente. Tive pena de Raul, um pouco menos de Patamanca (na minha cabeça ele se chama Miguel! Não sei o pq), fiquei furiosa com a mãe deles por ter desistido de sua felicidade assim do nada, desprezei o pai dele, admirei (curiosamente) e invejei Amalia, tão tomada por paixões e aspirações.

[SPOILER ABAIXO]
[SPOILER ABAIXO]
[SPOILER ABAIXO]
O final é muito indigesto. Eu achei coerente com esse homem de pouca firmeza, mas péssimo em outros termos. Basicamente, ele segue a vida, a mesma que ele passa 365 dias especificando sua mediocridade imensa, e ainda agora sem seu único amigo, sem nada. Preferiria que ele tivesse morrido. Seria ao menos um alívio, uma libertação... Desta forma, a mensagem que me restou foi que não há saída para a mediocridade da vida... Que ela é nossa maldição...
comentários(0)comente



Carol 09/01/2024

Só quero deixar registrado aqui o quanto amei esse livro, leitura fluida, agradável, personagens perfeiramente humanos, parecia gente que eu poderia conhecer naturalmente.
Segundo livro do autor que eu leio e gosto muito.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Camila Felicio 10/11/2023

Concluí a história faz 3 dias e já morro de saudades da Águeda, do humor pernóstico de Toni, das besteiras de Nikita e do errático Patachula (Patamanca em português)!
Ao entrar na leitura mergulha-se na psique do espanhol médio que ao contrário da hipocrisia mais abrasileirada mostra seu poço interno.
Patachula é um dos mil cinquentões que você encontrará em um bar espanhol vociferando loucuras inimagináveis enquanto bebe unas cañas e prega de espanhol legítimo, em 2018/2019 (ano do livro) o assunto principal era o independentismo catalão e o governo do PSOE -centro esquerda- pós moción de censura de Rajoy e do PP -direita- por casos de corrupção. Patachula é de Valladolid, foi um "guiño" para o público espanhol, a terra dos "fachas" (facistas) recebe como representante o personagem que converteu-se ao VOX, solta barbaridades pela boca e tem as passagens mais machistas do livro, só podia ser de "FACHAdolid" poderia dizer um leitor!
Toni é o "tío" divorciado que após um casamento ruim cria dentro de si mesmo uma misogenia incrível, filósofo, deixa-se levar pela depressão . É o niilista dos personagens de Aramburu, e ausente, não à toa Mersault (O Estrangeiro de Camus) é citado por várias passagens da obra, assim como obras de Saramago e demais autores reflexivos! A vontade de viver ausentou-se de Toni aos 8 anos e o acompanha durante toda a leitura e suas 365 entradas de diário!
Águeda é a personagem boa, a ex de Toni abandonada por ser feia, que fora escanteada por Amália (ex esposa de Toni), mas não consigo fechar a conclusão se gostei dela, posto que paira uma imprecisão sobre sua conduta, seria ela uma stalker? No livro ficamos com a dúvida, eu gostaria de sabê-lo.
Nikita filho de Toni, é o alívio cômico, eu ri horrores da cena do cabelo e peruca de Julia, o típico espanhol NI-NI, cruzaram-me tantos Nikitas em minha vida que foi-me
impossível não ver caras e rostos durante as passagens!

A história baseia-se em um diário de Toni, que decide morrer quando voltem os andorinhões à Espanha (Vencejos- por isto o título no original é Los Vencejos), durante as 365 entramos na psique do protagonista, nos envolvemos na narrativa, o odiamos, o insultamos (ele e Raulito destruíram a vida da própria mãe) e muitas vezes o entendemos porque ele é real, seus defeitos são comuns e os encontramos dentro de nós mesmos.
O livro tem uma escrita crua, difícil de digerir, difícil de entender para pessoas alheias à Espanha, não é como seus demais livros em que narra conflitos vascos e relações familiares.. Aqui vemos o engodo humano, a Espanha mais visceral, a pessoa mais comum fazendo o típico do cidadão médio da região, mas se não contextualizado torna-se de difícil compreensão.
A Espanha totalmente politizada, em que inclusive times de futebol vão de acordo com visão política - Atletico de Madrid de extrema direta, Madrid (Real) de direita, Barcelona de independentistas catalães, Athletic de Bilbao de esquerda nacionalista vasca/basca , Real Sociedad de Esquerda independentista basca/vasca, Sevilla de esquerda, Bétis de direita, Espanyol de direita, Celta de esquerda nacionalista galega (assim como o meu Deportivo La Coruña) e etc. Tudo na Espanha é politizado, Franco não foi retirado como ocorreu em Portugal e sua Revolução dos Cravos, Franco apenas foi enterrado e já havia designado a volta dos Bourbon -Borbón- e da monarquia como tal, ninguém pagou por nada, tudo seguiu igual com Franco enterrado ao lado de suas vítimas no Valle de los caídos, e essas consequências se observam no país totalmente fragmentado e inimizado, onde usar uma bandeira -muitas vezes até ao ver uma Copa do Mundo- é de fascistas... A Espanha foi um país forçado a ser unido, cheio de particularidades e picuinhas entre os vários povos, cheio de nacionalismos em que predomina a divisão representada pela ódio e orgulho espanhol, ou ama-se ou odeia-se a Espanha, onde o galego nacionalista gostaria de ser português, o catalão olha a França com carinho e o País Basco/Vasco (Euskadi) quer formar sua grande pátria.

Sobre o texto, Aramburu é filólogo e traços culturais são vistos em vários de seus textos o que atrapalha e muiito a tradução, por detrás de uma escrita menos formal (e mais difícil para não nativos ou pessoas que não tiveram contato com o espanhol europeu) esconde-se a cultura e a contextualização social de seus personagens, como ocorreu em Pátria, tentei começar pelo meu livro em português mas acabei abandonando e recorrendo ao original para poder sentir nas palavras o que ele buscava passar-nos. Amei a leitura, já sinto um vazio por não acompanhá-los mais como fiz por vários dias e infelizmente ao devorar o livro tive que despedir-me de forma muito rápida!
Gleidson 10/11/2023minha estante
Que resenha primorosa, Camila! Quando vi sua postagem (antes da resenha) li a sinopse do livro e fiquei muito interessado. Achei a premissa sensacional! Agora que li sua resenha, fiquei pensando se tenho bagagem para lê-lo. Acho que ainda não. Mas como gosto de desafios, vou ler esse livro um dia. Sua resenha foi bem esclarecedora. Obrigado!


Fabio 10/11/2023minha estante
Belíssima resenha, como sempre, Camila!?
Parabéns, querida!!!


Camila Felicio 11/11/2023minha estante
Gleidson, a leitura é tranquila a linguagem na tradução é de boa, menos visceral que no original diria kkkkkkk o problema é conseguir não odiar os personagens kkkkkkkk tava lendo diario do subsolo do Dostô e peguei bastante referência (apesar de muuuitas ressalvas porque o Dostô é mais atemporal e mais global, qualquer um pode se ver nos textos dele, já neste o Aramburu parece que escreveu mais para espanhóis)!
Se quiser conhecer o Aramburu leia Pátria kkkk sempre panfleto porque amo demais, na minha edição espanhola tem prefácio do Llosa kkkk


Camila Felicio 11/11/2023minha estante
Obrigada Fábio!!!! ??? Amo resenhar livros que amei kkkk


Gleidson 11/11/2023minha estante
Eu vi justamente no seu perfil o Pátria e Comprei ontem. Esse autor espanhol me deixou bem interessado.


Camila Felicio 11/11/2023minha estante
Booooa!! Espero que goste!!! Tem drama familiar e uma explicação super neutral, pouco enviesada sobre a questão do país basco (por isso caíram matando o Aramburu por não tomar lado)


Gleidson 13/11/2023minha estante
Bom saber! Valeu, Camila! Esse ano tô batendo recordes em conhecer novos autores .


Camila Felicio 13/11/2023minha estante
Tou na mesma kkkk


Carol 09/01/2024minha estante
Amei sua resenha, Camila!




Khetlyn 28/05/2023

Acho que a verdadeira felicidade consiste na consciência de ter superado o infortúnio. Sem uma dose de sofrimento não existe nenhum tipo de felicidade. Ser feliz não é estar inerte sendo feliz, Não há uma felicidade absoluta. Não há felicidade em si. A felicidade é aqui e agora.
comentários(0)comente



Carolina2809 25/05/2023

Amei conhecer Aramburu!
Encontrei "Quando os pássaros voltarem" e lembro que me chamaram a atenção o número de páginas e o título.
Ao ler o resumo, a falta de perpectiva em que se encontrava Toni naquele momento inicial e que se estende durante todo o livro me atraiu. Tenho uma leve atração pela desesperança.
Comecei a ler por simples curiosidade, mas que leitura saborosa!
A escrita de Aramburu é cativante e foi me prendendo durante todo o trajeto.
As personagens são despretensiosas e cruas e de repente elas faziam parte do meu dia-a-dia.

Eu amei a leitura e recomendo o livro pra pessoas que gostam de profundidade e ao mesmo tempo de calmaria, de estabilidade e de finais comuns!
comentários(0)comente



Pedro3906 25/03/2023

Um livro que se propõe a ser desagradável
Como de costume em meus escritos, vou abster-me de rodear a temática da história e ir ao ponto da minha experiência de leitura. Em primeiro lugar, meu julgamento inicial: de que seria mais uma melancolia existencial sobre a desgraça e o horror da vida, em como a própria existência foi destruída. Talvez tenha acertado, mas não foi o que pensava.

Toni é um personagem de muitos meandros e de pontuais reflexões ? pontuais até demais ? que pode-se aproveitar, e creio que a distinção correta a dar-lhe seria a de pessoa comum. E que pessoas comuns fazem mais absurdos do que podemos pensar. A categorização, no entanto, não retira a natureza extremamente egoísta e arrogante, no decorrer das páginas escancara-se uma misoginia das grandes. O comportamento do próprio pai e a submissão que exigia e enxerga nas mulheres provocou fortes julgamentos, alguns deles que desconfio pela ausência de contraponto na narrativa.

Porém, é de se concordar que a maior parte do ciclo social de Toni era composto por pessoas um tanto desprezíveis. Queria saber o que acontece na Espanha, pois esse país não me traz boas recordações culturais, enfim. Da família, fico inclinado a ver com bons olhos pelo menos sua mãe que, como ele mesmo admite, viveu por servir e sem ser alguém de fato. Tive um tremendo ódio do Raúl (outro lixo) e do Toni por privarem-na de outro relacionamento.

Patamanca é um inseguro do cacete que se dispôs a proferir as maiores atrocidades pra alimentar o próprio ego e camuflar a insegurança, o desprezo de si mesmo com o acidente que sofreu, um estímulo de poder constante, fato é que resolveu se dar bem com Águeda muito por conta de não ligar para seus comentários, e nas vezes que foi contrariado, até pelo próprio Toni, foi birrento.

O progressimo dos personagens, particularmente de ambos os homens e de Gregorio, é um divertimento a parte. Um progressimo, um dito esquerdismo que se baseia em condições materiais rasas, com um caráter individualista e conservador tremendo. Confesso que soltei arzinho pelo nariz com algumas gostosas conversas que, no fim, só terminavam dizendo que a sociedade se corrompeu. Que progressismos são esses kkkkkkkkk

Águeda foi uma grata surpresa. Nem tenho muito o que falar, porque ela por si só é a mais tratada no meio desse bando de amargurados, e olha que a vida dela nunca foi fácil, talvez mais difícil que a de todos os outros (só por juízo de valor, sem querer comparar sofrimento, tá?).

Por fim, não sei que nota dar a esse livro. Foi um presente, agradeço a pessoa que comprou pra mim. Não consigo afirmar que é ruim ou monótono pois, diferentemente de O Homem Duplicado, não tive dificuldade em lê-lo; os capítulos são rápidos; a estruturação é boa; só que é isso mesmo. Os momentos de brilhantismo são poucos e, embora seja um relato de toda uma vida, é um tanto pedante e parado. Tive certas memórias sobre as péssimas semanas de caos psicológico enquanto lia um livro semanas atrás. Pretendo não mais ler, não tão cedo, outras obras com essa temática. E se for ler, que seja algo mais feliz.
comentários(0)comente



França 22/03/2023

Precisamos falar sobre o Kevin encontra Machado de Assis
O protagonista é uma espécie de Alex DeLarge, de Laranja Mecânica. Machista, tedioso e egoísta, não resta nada pro leitor além de tentar se apegar a outros personagens... Acontece que, pelo menos no meu caso, não aconteceu - somente me apeguei a Pepa, animal de estimação do protagonista e também narrador. O tempo inteiro ele destaca seu desprezo pelo filho e usa uma linguagem irônica e um pouco rebuscada (esse é o motivo do meu título pra essa resenha). Escrito em forma de diário, o livro é bastante lento e inclui pelo menos uns 100 capítulos totalmente dispensáveis (talvez ele sirvam pra uma construção de personagem que eu simplesmente não captei). O final é morno, mas não compensa as horas de leitura.
comentários(0)comente



@buenos_livros 22/01/2023

?Deus é a principal razão pela qual o homem não atingiu a maturidade. O homem, goste ou não, é um produto químico que está só. Eu estou sozinho, e existem estrelas, nebulosas e planetas. Nada disso vai me impedir de me comportar como um ser moral até o fim dos meus dias, nem que seja por um simples gesto de elegância.?
-
. 06/2023
. Quando os Pássaros Voltarem (2021)
. Fernando Aramburu ??
. Tradução: Paulina Wachholz / Ari Roitman
. Romance | 542p. | e-Book
. @intrinseca
-
. Uma leitura muito diferente do que eu esperava. Para os que, como eu, gostaram de ?Pátria?, preparem-se para uma leitura totalmente diferente. O protagonista decide acabar coma própria vida e, por isso, criavam diário do últimos meses da sua vida narrando suas interações e expectativas. O personagem principal oscila entre o misógino e o pedante, conta duas histórias em formato de diário e não esconde nada, fugindo da hipocrisia e trazendo o pensamento sem ação quase que como um personagem. A história é bem construída, nos mantém presos, mas receio que não vá agradar a todos. Essa leitura demanda um desprendimento do que acreditamos ser moralmente aceito para acessar um personagem real, que poderia ser qualquer um de nós ou um conhecido, mas que dispara contra tudo e todos, mas principalmente contra si mesmo. Eu gostei bastante da leitura, odiei o protagonista e me identifiquei em algumas partes, ele é humano, demasiadamente humano, vale a leitura, mas se preparem, não será um passeio no parque.
. ????????
Beto | @beto_anderson 23/01/2023minha estante
Interessante.


Emilly 01/03/2023minha estante
Eu terminei de ler e detestei com muita força ?


Carolina2809 22/03/2023minha estante
Eu tô adorando, mas é exatamente isso que você falou: é uma leitura crua, que não tem o objetivo de agradar a todos.




12 encontrados | exibindo 1 a 12


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR