Sophia Loren 23/05/2022
A queda e o retorno de Marc Spector
O encadernado "Cavaleiro da Lua: O Fundo do Poço", contém as edições de 1-13 do volume publicado do herói em 2007. Abraça dois arcos, o que dá o nome da edição "O Fundo do Poço" e "O Sol da Meia-noite."
Contextualizando, o período em que a história é contada, está ocorrendo uma diversidade de problemas no universo Marvel, como Guerra Civil e Aniquilação.
Marc Spector está preso a uma cadeira de rodas, há dois anos, por um acidente em uma de suas lutas. Sinceramente, ele está vivo e com os joelhos costurados, por si só já é um milagre. Viciado, alcoólatra, violento e mais perturbado que nunca, ele se encontra sem seus amigos, namorada e seu querido deus Khonshu, que possivelmente o abandonou.
Mas com uma sucessão de eventos, Marc quer voltar a ser o herói que acreditava ser, pedindo devotamente glórias e sua antiga vida de volta a Khonshu. (Nem um pouco egoísta, né, Marc?).
Esta como qualquer outra história do Cavaleiro da Lua, nada é o que parece ser. Especialmente quando Khonshu está completamente envolvido.
Quando cheguei a uma parte da leitura e percebi que a história estava rumando para onde pensava, fiquei impressionada! O senhor Khonshu é muito ardiloso, hahaha!
Aqui é bizarro como a deidade está assustadora, sádica e cruel(?). Que não poupa ações para ter o que quer e na hora que quer.
Sempre esqueço de comentar, acho impressionante a reinterpretação (egiptomania) da Marvel para Khonshu, que no Egito Antigo, era um dos deuses mais amado e respeitado entre a população.
Em resumo, eu amei esse quadrinho, passei muito pano em algumas ações dos personagens, fiquei pela centésima vez esse ano com muita raiva da Guerra Civil.
Eu particularmente amo quando a Marvel aborda a psicologia, os vícios, traumas e erros dos seus personagens. Não só focando no "vilão da semana" e o super-heroísmo e glórias. Marc e qualquer outro anti-herói/ ou super-herói é um humano. Uma pessoa como qualquer outra (só que terrivelmente perturbada), que passa por períodos bons e ruins.
Eu recomendo bastante! (E essa edição da Panini está lindíssima!).