Numa e a Ninfa

Numa e a Ninfa Lima Barreto




Resenhas - Numa e a Ninfa


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Diego 15/03/2021

Ácido crítico social
A ter-se por verdadeiras as práticas políticas descritas por Lima Barreto, chegamos à conclusão de que melhoramos no Brasil, sim, mas muito pouco para cem anos...
O livro nos faz rir em determinados momentos e lamentar, em boa parte...
Faloni 06/11/2021minha estante
A mais pura verdade. Continuam mascateando cargos.


Faloni 06/11/2021minha estante
E vendendo favores.




Rebeca.Laila 22/05/2021

Mais atual do que parece.
O livro é uma sátira da política brasileira. Embora seja situado em uma época logo após a proclamação da república, faz refletir sobre o que a política ainda é?
Porém, a leitura não conseguiu prender tanto minha atenção e acabei ficando meio perdida na história.
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Gladston Mamede 14/03/2022

Fantástico. Um retrato do que foi e é o Brasil. Amei. Irônico, cínico, verdade. A grande dificuldade é que o personagem principal da história é o país e, justo por isso, as histórias dos demais personagens são acessórias. Lembrou-me - e muito! - "100 anos de Solidão". Lima Barreto é genial.
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maria clara 30/07/2023

Numa e a ninfa
Finalmente acabei esse livro

é um bom livro, a cada página existe uma crítica diferente do Brasil, de sua política, de sua sociedade, sua ideologia e hipocrisia. apesar de ser uma obra pré-modernista, há a presença gritante do realismo (afinal, onde não há o realismo na sociedade brasileirakkkkk). um livro que expõe as situações desse Brasil do século passado que ainda não é tão diferente do Brasil atual, essa república oligárquica com fatores tão semelhantes aos dias atuais.
eu, que sou leiga em discussões políticas, sofri pra terminar esse livro, ainda mais por ser leitura obrigatória. contudo, me fez refletir em presença dessa sociedade que ainda vivemos.
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pedrosg 19/08/2021

Decepção
Achei o livro com algumas falhas, como por exemplo: introduzindo personagens e fatos do nada e perdendo tem com coisas inúteis (maior exemplo um desfile que toma um capítulo inteiro e não é retomado depois, coisa que fiquei esperando acontecer pra ver se aquilo serviu de algo). O livro de quase 300 páginas não tem quase nenhuma ação e apenas narra o acontecimento de fatos sem devidamente explorá-los. Dou 3 estrelas pela crítica à política, muito bem feita.
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paulapereirar 13/10/2021

QUE LIVRO CHATO. Só não abandonei ele pq ele é leitura obrigatória no vestibular, se não fosse isso eu teria largado ele no primeiro capítulo. A escrita do Lima Barreto não é para mim, nem a jeito que ele conta a história, nem a história em si KKKKKKK. Dei uma estrela por causa da crítica ( eu nem entendi ela toda kkkkk, preciso estudar mais história, mas pelo que eu entendi foi uma crítica legal kkkkk).
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Alessandro @possati.ale 04/09/2022

Política por Lima
Em uma trama sobre a falta de fé na política nacional, Lima entrega uma literatura um tanto confusa e que está longe de ser das melhores que ele já fez. O ponto forte pode ser sentido nas partes onde justamente o político e humano Numa se vê na posição de confrontar a sua Ninfa, a esposa que tudo faz.
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Caio 21/02/2020

Uma obra necessária e atual
?A hipocrisia é a homenagem que o vício presta à virtude?

Essa epígrafe escolhida por Lima Barreto sintetiza a obra.
Um retrato da política, dos políticos, apoiadores e da imprensa na primeira república que ainda perpétua em nossa sociedade.

Passei a leitura toda procurando a Ninfa e sua relação com o político Numa... foi interessante e ao mesmo tempo frustrante.

O mito da tutelar militar sobre a república é uma sombra assustara que Póvoa ainda o senso moral e político das pessoas.
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João 06/09/2020

Numa e a Ninfa - Lima Barreto.

Tal como observou Goethe em suas conversações com Eckerman, parece ser experiência comum que na juventude cada pessoa leve consigo a vaga impressão de que o mundo começou a partir do instante em que ela nascera, sendo o passado uma névoa incolor carente de qualquer importância em face da modernidade na qual o nosso "eu" se insere.

Essa sensação irrefletida e algo individualista impede que a humanidade seja visualizada como uma unidade temporal tendente ao aperfeiçoamento espiritual (ou civilizacional, vá lá). Há uma inclinação mais ou menos explícita em cada um de nós no sentido de olharmos com desdém para as épocas passadas, como se vivendo na ingenuidade dos antigos nossos antepassados não pudessem oferecer soluções para os "sofisticados" problemas de nossa arrojada modernidade.

E é nesse ponto que entra a literatura como mecanismo de memória capaz de comunicar dois mundos separados pelo tempo. A literatura frequentemente nos mostra que ainda compartilhamos os mesmo problemas éticos e culturais experimentados por gerações que nos precederam há um século, ou mesmo há um milênio. E mais, que nossas angústias ainda são substancialmente as mesmas; que os problemas culturais que impedem o alcance do bem-estar geral de nosso povo já eram sentidos há um século, sem que nada tenha sido melhorado quanto a isso. De modo que o único “progresso” que verdadeiramente pode ser proclamado aos quatro ventos é o tecnológico.

A ingenuidade do sujeito contemporâneo logo cai por terra quando a literatura o faz tomar consciência de que os problemas e desafios candentes na contemporaneidade são os mesmos enfrentados há um século; que muitas vezes não há novidades, que as grandes questões morais e culturais de um povo já provocavam o pensamento dos antepassados; e que, de fato, o mundo é muito mais velho do que supõe a visão juvenil do sujeito contemporâneo.

Trazendo essa reflexão para a curta dimensão temporal da República brasileira, é possível verificar que nos últimos dois séculos não houve substancial aperfeiçoamento na cultura político-administrativa do Brasil. É isso que atesta o testemunho dado pelas obras de Lima Barreto. Em “Numa e a Ninfa” o leitor contemporâneo experimenta a triste impressão de que ainda estamos inseridos na viciosa atmosfera política que grassou a primeira República de Lima Barreto.

Embora escrito há mais de um século, o romance faz ver que a “República” e a “democracia” brasileiras passam ao largo das premissas nas quais se fundamentam. Os valores da liberdade, do voto secreto e independente, da transparência político-administrativa e da honestidade intelectual que devem pautar o debate público são escamoteados pelos interesses das classes e corporações dominantes.

Uma das idiossincrasias brasileiras presente no romance é a presença marcante da classe militar na vida política do país. Com isso fica evidenciando que desde a primeira República os militares sempre se arvoraram na condição de “salvadores da pátria” ou de agentes “infalíveis” na correção moral da vida público-administrativa do país. Em nome da “República”, da “Democracia” e da “Moral” a classe militar é frequentemente tida como um trunfo das classes dominantes vocacionado a socorrer o país da oposição de grupos políticos indesejados. Em “Numa e a Ninfa”, Lima Barreto retrata especificamente a vida política do período de governo do Marechal Hermes da Fonseca, cuja atuação teria ganhado eco através do personagem “Bentes”.

Hoje, como foi há um século, não é raro o eleitorado funcionar como massa de manobra pela classe política e pela imprensa nacional. Aliás, o papel da imprensa na condição de “quarto poder” fica patente na crítica de Lima Barreto. E aqui o problema da impressa não se resume à propalada falta de imparcialidade no trato da notícia pública, mas na desonestidade intelectual com que muitos jornalistas e críticos tratam das grandes questões político-sociais trazidas à baila. A importante função de comunicar e de sediar o debate que se espera da imprensa também é maculada pela influência do poder econômico e político exercido pelas classes e corporações dominantes que não raramente “encomendam” a divulgação das matérias jornalísticas, conforme retratado na obra do escritor carioca.

Em “Numa e a Ninfa” Lima Barreto denuncia o “político profissional”. O nobre múnus público que deveria competir apenas aos sujeitos desinteressados e vocacionados a promover o bem-estar geral é sistematicamente ocupado por deputados, senadores e governadores “profissionais” que não visam senão o próprio umbigo.

Desse “fazer política” decorrem todas as deturpações do aparato político-administrativo ainda sentidas nos dias atuais. Assim é que a polícia estatal comumente é dirigida como instrumento de perseguição política. Naturalmente daí deriva também a promiscuidade entre o espaço público e o privado (entre o “jardim” e a “praça pública”), com a utilização do serviço e do patrimônio público em favor dos interesses pessoais.

Para além desse panorama político-administrativo, Lima Barreto ainda traduz o espírito cultural subjacente ao “fazer política” no Brasil. É assim que mais uma vez evoca em sua obra a questão do “bacharelismo” e do “pedantismo universitário” que denunciam a falsa erudição e a falta de talento das classes “intelectualizadas” do Brasil. Essa “República de bacharéis” onde o título de doutor é capaz de atribuir o que substancialmente não existe na administração pública brasileira: inteligência e honestidade intelectual.

Também está presente na sátira de Lima Barreto o sentimento de “vira-lata” supostamente experimentado pelo brasileiro. Derivando daí a supervalorização do sujeito europeu ou norte-americano, bem como de sua cultura, em detrimento das riquezas naturais e culturais do Brasil.

Rigorosamente, não há nada de novo em tudo isso. Certamente todos nós em algum momento da vida tomamos conhecimento desse estado de coisas. O que espanta é saber que os vícios então denunciados pelo escritor não são próprios dessa ou daquela geração, desse ou daquele governo, mas que estão presentes desde o início da República brasileira, sendo ainda praticados sem maiores cerimônias na vida pública que nos cerca.

E essa percepção pode ser obtida com vivacidade graças ao poder da literatura, que, ao entrelaçar realidade e ficção no fio da criatividade narrativa, faculta ao leitor a possibilidade de situar-se no curso da história, reconhecendo-se como integrante de um projeto geracional que necessariamente não começou com ele e nem terminará em sua época.

Por fim, vale ter presente que a sátira de Lima Barreto leva o título de “Numa e a Ninfa” devido ao tom debochado com que o autor narra a história de Numa, um deputado federal sem brilho e destituído de inteligência que depende inteiramente da ajuda da esposa para redigir seus discursos e assim granjear destaque na vida política do país. Isto é, a fama de Numa no meio político se deve fundamentalmente à inteligência de sua mulher que lhe redige os discursos. E assim a história desse personagem é inspirada na lenda de Numa Pompílio. Numa Pompílio foi o segundo rei de Roma e somente teria levado a efeito as reformas político-religiosas de seu tempo graças à sabedoria da ninfa Egéria que sobre ele exercia influência determinante.

“Numa e Ninfa” foi publicado em folhetim nos idos de 1915.
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Falangola 02/06/2021

A perpetuação dos métodos políticos
O livro inteiro é uma clara alegoria sobre métodos utilizados no meio político, com críticas desde o "jeitinho brasileiro" até métodos mais truculentos de persuasão, passando também pela crítica à burguesia.

A leitura é bem arrastada devido ao período histórico em que foi escrito, tem características machadianas bem interessantes.

Então, se você gosta desse tipo de leitura será ótimo. Se você prefere algo mais atual, pule esse livro.
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R. Gomes 02/07/2023

Achei que nunca fosse acabar esse livro.

Como todo livro de Lima Barreto, ele tem seu pontos interessantes, mas esse exagero de personagens e descrições estragam tudo pra mim. E para piorar esse livro tem vários trechos repetidos de As aventuras do dr. Bogoloff.

Mas eu ri com o final, não nego.
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Maleno Maia 03/05/2016

Mágico e esplendoroso
LIma Barreto é o artista célebre que descreve a vida social e política do século passado. Mesmo escrito a um século, continua atual. Entoa magnitude em detalhes sólidos dos costumes da burguesia. A briga politica descrita pode servir como paralelo a qualquer situação da história.
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Thiago662 13/08/2023

Ah, Brasil!
Lima Barreto é um grande leitor do Brasil, um crítico social. Quer conhecer o Brasil da Primeira República (quiçá Brasil atual)? Leia Lima Barreto! Com sua ironia, consegue criticar vários aspectos que vão dá economia a política, passando pela sociedade brasileira. Cada um dos seus personagens representa um aspecto do Brasil, que teima em não mudar! Se tirassem a capa e nos dessem a ler os livros de Barreto, sem dúvidas, pensaríamos estar lendo sobre o Brasil de hoje.

Implica mesmo com o lema positivista da nossa bandeira (a tal "ordem e progresso"): "a bem dizer é o contrário, todo o progresso tem sido feito com desordens". E não é isso? Um país sem revoluções, onde tudo permanece igual...

Numa e a ninfa surgiu primeiro como um conto, por isso seu plot final já é conhecido pelos leitores. Das obras de Lima Barreto, que li, essa parece ser a mais confusa. Uma profusão de personagens, alguns sem sentido outro que não o de apresentar as máculas do nosso país. Pudera, feito nos momentos finais de Barreto.

Clientelismo, fome de poder das oligarquias, exército metido em política, fraudes, corrupções, tudo isso é descrito com tonalidades fortes. Entende-se porque Lima Barreto nunca foi aceito na elitista Academia Brasileira de Letras. Ele não perdeu muito, já a Academia....
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