Anatomia de um quase corpo

Anatomia de um quase corpo Yara Fers




Resenhas - Anatomia de um quase corpo


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Ana Claudia 02/09/2022

Barbara é uma jovem lésbica que perdeu a mão e o antebraço no local de trabalho e conta a angústia que é viver sem seu membro e, ainda assim, senti-lo. Relata sobre as ausências que sente, seu ambiente de trabalho, as feridas que estão abertas e a morte que veio antes.

Bárbara conta como começou o seu trabalho na metalurgia, a sua relação com Letícia, dia conexão com a música e a importância dela em sua vida.
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juliaverse 30/12/2022

Um conto pesado, poético, triste e, ao mesmo tempo, com um toque de esperança. A história em si é incrível, com uma bela escrita, fazendo com que o leitor imerse em agonia e compaixão, visto que embarcamos nos sentimentos e processo da personagem rumo a aceitação de seu corpo e acontecimentos perante a vida. A personagem principal que, antes marcada pela dor e pelo dilema, reencontra-se após os infortúnios que a vida lhe trouxe, trazendo um final gratificante para uma leitura pesada e reflexiva. Sinto que necessitava aviso de gatilhos na leitura, já que o conto aborda assuntos delicados.
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Corrida Literária 20/07/2022

Aquele silêncio dentro da gente, que grita cortante!
Sou apaixonada pela escrita poética de Yara Fers, que por sinal está muito presente em sua prosa romântica, a iniciar pelo sumário. Seu romance de estreia é muito envolvente. A dor de Barbara corta na gente e a angústia de cada falta que compõe sua vivência arde em nosso no peito.
Os capítulos curtos trazem dinamismo para o ritmo da leitura, exigindo de nós leitores a sinestesia para mergulhar nesta leitura aflorada em sentimentos.
A temática foi muito pertinente, por trazer essa invisibilidade do trabalhador metalúrgico, considerando principalmente o corpo feminino e lésbico, nesse contexto, tão machista, tão desumano e tão bruto.
O atravessar com outras situações como o abandono paterno, a violência familiar, a falta de políticas públicas, falta de estrutura médica, a alienação religiosa (que foram trazidas com sutileza), foram elementos importantes na construção desta narrativa. A analogia com o corpo humano e o corpo máquina é muito intensa.
A estrutura da narrativa tão harmônica, a começar pelo Sumário que é uma poesia entrelaçada a prosa. É um texto delicioso de ser lido. Aguça os sentimentos (raiva, compaixão, amor).
Essa analogia com o corpo humano e o corpo máquina é muito intensa.
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deniferreira 19/03/2023

Uma leitura leve e fluida apesar de ser uma história carregada de tristeza. Mas também poesia e música. Há vida no chão de fábrica!
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@quixotandocomadani 12/01/2024

Lendo esse livro da Yara Fers, dá para perceber como ela consegue ter um olhar poético e especial sobre a vida. Há o tempo todo associações de coisas corriqueiras do dia-a-dia, como comer uma tangerina, com a vida. Do nosso corpo com as máquinas da fábrica. Do braço amputado com o galho de uma árvore. Do pai ausente com a mão que lhe falta. Até o nascer do sol Yara consegue associar com a mecânica da fábrica. É demais.

O livro é narrado por Bárbara que trabalha numa fábrica metalúrgica e num acidente, tem a mão e meio braço amputados. Fala sobre a raiva, a culpa, a importância dos ritos para marcar inícios e fins de ciclos, como essa tragédia afetou sua relação com Letícia, como aceitar o fim e refazer seus planos e sonhos. Além de como Barbara vai morrendo um pouco por dia com a rotina insalubre de trabalho em uma metalúrgica.
Mas a vida é repleta de coisas boas que também são temas no livro: o bem-estar que a música (e a arte) é capaz de nos trazer, a amizade, a coletividade e união, e a reconexão consigo mesma. Aliás, que final! Não podia ter sido melhor.


site: https://www.instagram.com/quixotandocomadani/
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moacircaetano 15/11/2022

Tenso. Pesado. Angustiante.
Dolorosamemte belo, como só as coisas tristes podem ser. Poeticamente triste, como só a vida pode ser.
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Cibele Laurentino 17/10/2022

Uma prosa poética que traz uma temática que nunca minha sensibilidade alcançou. Super indico. Parabéns a autora!
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Clarispectiana 17/12/2023

E um livro bom, daqueles que é bom dar de presente, principalmente para quem não costuma ler muito.
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Letícia 04/08/2022

Anatomia de um quase corpo é um romance recentemente publicado por Yara Fers de forma independente na Amazon KDP e concorre ao Prêmio Amazon de Literatura.

Um romance bastante curto e escrito em primeira pessoa, se utiliza de uma mistura de linguagem oral e informal e da ênfase imagética e dos recursos linguísticos que tendem a ser encontrados na poesia para contar a história de uma jovem em meio a várias pequenas mortes... E a vida que há entre todas elas.

Yara divide o livro em capítulos igualmente curtos que vão e v0ltam no passado, cada um focando num aspecto especial da rotina e de acontecimentos relevantes na vida da protagonista Bárbara conforme ela reflete sobre os antecedentes e consequências do acidente que a faz perder um membro do corpo.

Os títulos dos capítulos parecem algo aleatório e estranho a princípio, mas nada mais são do que a indicação do foco do capítulo e um adendo ao aspecto poético do romance, cada um como um verso do poema resultante da beleza e aspereza encontrada ao longo da jornada.

É justamente a perda do braço durante um dia de trabalho que faz com que a protagonista se veja notando e questionando a vida que levava até ali, bem como aprendendo a apreciar nasceres de sol, cervejas e notas de música (e talvez se obrigando a fazê-lo).

Com a deficiência vem o olhar distorcido sobre si mesma e aquele vindo das outras pessoas, a raiva pelo que se perdeu e talvez nunca acontecerá, o lidar com a culpa que não se sabe em quem colocar, o afastar-se daquilo que nos fazia bem por achar que aquilo não mais nos pertence... Até entendermos o que fica.

Yara aborda essas questões de modo muito realista e delicado, sem o sensacionalismo da superação de obstáculos que costumo ver na televisão e detesto tanto como mulher quanto como portadora de deficiência. O foco aqui está na cura de n outras coisas que a amputação apenas amplificou. A busca por paz interior e pertencimento dentro de si e do todo através do banal.

Acredito que esse livro possa agradar quem queira ler histórias escritas por mulheres sobre o ser mulher; a quem tão frequentemente parece que algo falta por causa das escolhas que fazemos. Que quer ler histórias sobre pessoas comuns, de vida comum, e que amem a vida (ainda que não amem a vida que tinham). Isso foi o que mais gostei no livro... Porque corpo é sempre corpo.

site: http://leticiabolzonsilva.blogspot.com/
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Tathi (@Doidosporserieselivros) 25/09/2022

Olá queridos amigos leitores! Depois de muitas indicações em vários IGs que sigo, finalmente me rendi a leitura de Anatomia de um Quase Corpo de @yara.fers , que está concorrendo ao prêmio Kindle esse ano, e agora venho super recomendar ele para vocês.

?? ?eu tinha uma dor de prego enfiada na palma da mão e da alma, tinha ferimentos pintados em todas as minhas partes, mas não tinha um deus que me ressuscitasse.?

Nesta leitura conhecemos Bárbara , uma mulher como qualquer uma de nós com sonhos e desejos e que vê boa parte deles ser arrancado dela quando em um acidente na produção ela perde sua mão direita e parte do braço.
Agora ela precisa lidar com essa mulher nova que não se reconhece no espelho, e que sente dores em um membro que não está mais lá, além é claro das torturantes dores da alma.

?? ?as pausas podem durar poucos minutos e, ainda assim, alterar a vida de forma irreversível.?

Uma leitura impactante, sobre padrões, produtos e pessoas descartáveis, e sobre como amar a si próprio, quando você já não está mais ali.

Gastei bons momentos pensando sobre os paralelos que a autora traça entre as peças defeituosas de uma máquina, e uma pessoa que está incompleta para o trabalho, ambas descartadas sem o menor remorso por quem manda mais.

Além disso, a trama fala de assédio sexual, sexualidade, depressão, suicídio e a melhora psicológica e alívio da dor que pode trazer fazer algo que se gosta, no caso de Bárbara a música.

Anatomia de um Quase Corpo é aquela leitura angustiante e dolorosa, mas que absolutamente todos deveriam fazer.
Recomendo demais!

Este e outros livros da autora estão disponíveis em formato digital pela Amazon e Kindle Unlimited.

#anatomiadeumquasecorpo #yarafers #mutilação #dornomembrofantasma #premiokindle #premiokindledeliteratura
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Emanuela 10/08/2022

Uma história de dor e cura
Um ambiente hostil onde pausas não são permitidas, onde não se pode ser nada além de um corpo máquina. Repetições que viram ritmo e poesia nas palavras tecidas por Yara Fers em seu romance de estreia ?Anatomia de um quase corpo?.

SINOPSE - Na história, Bárbara sofre uma amputação em seu trabalho na fábrica e busca na escrita encontrar a completude que esse corpo não tem mais. Ela procura por si mesma, pela música que morava em seus dedos e pela magia de seu amor com Letícia.

Narrado em primeira pessoa, vamos percorrendo o trajeto de autoconhecimento de Bárbara. A mão que morre, a dor que nasce. Quantos lutos arrastados pela vida. Abandonos, faltas, ausências. Do pai, de amor, de equidade.

?é preciso despejar no papel esse acúmulo de pequenas mortes diárias que levaram à morte da mão e de alguns sonhos?.

Mais do que a mão amputada, ela percebe que já era incompleta, muitas peças faltavam. Ela já tinha morrido ou começado a morrer. Então Bárbara despeja e se despedaça e se reencontra e se recoloca como um corpo-humano-mulher.

Mas o romance de Yara apesar de duro não é pessimista. Ele é dor e também cura.
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Bah 29/11/2022

Impactante
Um conto com uma escrita poética e envolvente sobre um assunto pesado. Achei a história incrível, os cortes no texto, os sentimentos e o processo da personagem de começar a aceitar o que aconteceu com ela.

É um conto que deveria ser lido por todos.

site: https://www.instagram.com/literaturaepijama
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Elineuza.Crescencio 27/03/2023

Uma relaidade de exploração
Leituras de Março - 10 – 2023 – 35
Título: Anatomia de um quase corpo
Autor: Yara Fers
País: Brasil - SP
Páginas: 71
Editora Independente – SP - 2020
Avaliação: 4/5
Término da leitura: 27/03/2023

A autora
Yara Fernandes Souza nasceu em Ribeirão Preto – SP.
Atualmente vive no Ceará.
Contrariando o que todos os escritores dizem, vive de sua escrita, da venda de livros, ministrando oficinas poéticas e prestando alguns serviços como “ghost writer de não-ficção” e leitura crítica de poesia.
Recebeu diversos prêmios por suas publicações e pelas participações em concursos de poesias e slan.
https://www.instagram.com/yara.fers/


O Livro

Trabalhando em uma fábrica, operando uma máquina, jovem mulher sofre um acidente e perde a mão.
Por bastante tempo sente a dor da perda do membro e enquanto segue entre os médicos e consultórios relembra o convívio entre os companheiros de trabalho e a sua própria vivência enquanto trabalhadora.
A história é carregada de emoção.
É carregada de vida.
A autora mostra com sensibilidade a experiência de viver sem um membro dentro de uma sociedade onde se espera que as mulheres e demais seres sejam perfeitos.
Gostei e recomendo.


site: https://entremeadaselivros.blogspot.com/2023/03/2023-marco10-leitura-anual35-anatomia.html
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Ana Ceci 18/09/2022

Simplesmente incrível
Só posso dizer que me senti extremamente feliz com a oportunidade de ler essa obra! A escrita da autora é incrível, maravilhosamente poética e cheia de metáforas! Durante as 71 páginas que compõem o livro, é possível fazer várias reflexões, como a relação que a gente constrói com o nosso próprio corpo! Além disso, foi incrível refletir sobre quem somos no mundo e na missão que temos nele, principalmente quando a autora escreve sobre as relações de/no trabalho. Quem vale mais? O que está em jogo? O que pode ser considerado abuso?

Achei ótima também a reflexão que a autora fez sobre as formas de escape que a Bárbara encontrou, envolvendo o amor e a música, e a forma como elas a salvaram aos poucos, pois, da mesma forma que, em vários momentos, a gente sente que morre um pouquinho por dentro, também é possível achar, em atitudes cotidianas, momentos de paz!

Por fim, destaco a grande metáfora da obra: o fato de Bárbara ter perdido sua mão, uma parte de seu corpo, se sentir incompleta, mas buscar sua completude em experiências e novas possibilidades!

O mais incrível é que o livro está concorrendo ao 7º prêmio Kindle! Já estou torcendo muito para que ele ganhe, mais que merecido!

>>> Vejam mais resenhas no Instagram de @Territoriodoslivros!

site: https://www.instagram.com/territoriodoslivros/
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