Thalyta Vidal 10/07/2023
O apagamento do outro.
Inicialmente, cabe destacar a importância do estilo linguístico de Chul-Han - embora passe pelo processo de tradução- a fluidez e facilidade de compreensão do discurso acadêmico em seus textos é algo extremamente relevante para que tenhamos maior democracia nesse acesso. De Habermans à Arend, das fake News às bolhas informacionais, o sociólogo aqui debate como o apagamento do outro, oriundo do contexto pós-internet/redes sociais promove uma ameaça à democracia. Estamos cada vez mais envoltos por nossas verdades que se tornam únicas e esvaziadas de reflexão crítica. Em seu livro, o estudioso ressalta como a verdade individual se tornou raza e esvaziada de qualquer conhecimento mais aprofundado, tudo isso sustentado pelos algoritmos que determinam o que consumimos e nos conhece mais do que nós mesmos. O texto é um pouco repetitivo, mas compara o surgimento da televisão e da indústria cultural que promoveu a massificação do pensamento, assim como a bigdata, o olho que tudo vê, com o conteúdo determinado pelas redes para os usuários, colocando-os em espaços que apagam vozes discrepantes daquela pelo indivíduo professada. O "penso, logo existo", segundo essa nova ótica, se transforma em "penso, logo estou certo". Leitura necessária demais!