Memória de ninguém

Memória de ninguém Helena Machado




Resenhas - Memória de ninguém


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acidadeguarda0 25/06/2024

Memórias
"Memória de ninguém" conseguiu transportar minha mente para outra paisagem de uma maneira que nada conseguia fazia tempo.
Acompanhar os pensamentos incessantes da nossa narradora, com os parágrafos longuíssimos e quase sem pontuações, com a linguagem cheia de analogias difíceis, a ansiedade e o desamparo... tudo isso me deixou imersa na história e causou uma empatia danada por essa protagonista cuja única constância é tentar entender o que deu errado, e porquê.
Durante a doença de seu pai e sua mãe, que resulta na morte do primeiro, a narradora começa a cutucar-se para entender o que trouxe ela e toda sua família até ali, porque ela nunca parece ter conseguido sair do lugar. Enreda por uma mata densa de traumas, de dúvidas familiares, de omissões.
E o final foi lindo, um dos mais bonitos que já vi: trouxe esperança. Sutil e inicial, assim como a personagem que se descobre como si mesma, mas ainda esperança.
Quero ter o livro para poder entender esse final em todos os seus detalhes, quando quisesse.
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acsaguimaraes 13/05/2024

Arrebatador
Sem duvidas um dos meus favoritos da vida! me senti abraçada e entendida pela vida de alguém que pouco tenho em comum a não ser a ânsia de querer se saber alguém. Me apaixonei de tal forma que mandei mensagem para a Helena dizendo que se ela escrever em papel higiênico eu vou ler, me tornei fã! É eletrizante, é psicológico, é arrebatador e, principalmente, é feminino?
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MaLucchese 09/04/2024

Emocionante
Amei. Ri e me emocionei.
Personagem narradora forte e muito instável, mas que traz uma corrente de emoções pro texto. Amei.
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Priscila.Mastranto 24/03/2024

Mais que um livro, uma experiência.
O primeiro capítulo é muito tenso, a forma com que a autora escreve, com a personagem na primeira pessoa, relatando fatos que ocorrem durante o tratamento de saúde do pai até a morte dele, descreve perfeitamente a mente e o pensamento de uma pessoa muito ansiosa. Ao mesmo tempo que chega a cansar de ler não dá vontade de parar de ler. Acabou o primeiro capítulo e fechei o livro pra respirar.
Tenso, confuso mas muito bom.
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_Leticia_ 24/02/2024

Escrita maravilhosa!
Confesso que no primeiro dia em que comecei a ler esse livro eu achei um pouco cansativo, e por isso, eu não tinha conseguido sair do terceiro capítulo durante 3 dias (óbvio que também por motivos externos tipo barulho), porém, ontem eu resolvi rebobinar minha menta e voltar a lê-lo do começo e foi aí que a "mágica" aconteceu. Como eu já tinha lido os 2 primeiros capítulos e já havia pesquisado as palavras que eu não conhecia foi bem mais rápido minha leitura deles, e a partir do terceiro capítulo eu já estava super dentro do livro e queria continuar lendo mais e mais. Gostei demais das metáforas usadas pela autora pra relatar os sentimentos da personagem, gostei da maneira que ela foi tecendo os pensamentos da personagem e deixando alguns questionamentos no ar, como o porquê do Moacir agir da maneira que age e os últimos capítulos me deixaram com mais e mais vontade de chegar ao final do livro, que, pra mim, foi muito bom.
Antes de comprar o livro eu li várias reviews e fiquei um pouco receosa em comprar porquê as pessoas diziam que o livro foi escrito sem muita pontuação, e realmente é assim, tem diálogos sem travessão e frases longas sem vírgula, mas eu entendi o conceito, até porque quando estou triste ou brava e vou escrever no meu diário eu também não uso muita pontuação.

(Resenha escrita na data 24/02/2024).
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Klelber 20/02/2024

"O nada é memória de ninguém"
A história parte da morte do pai da narradora, que em vários fluxos de consciência puxa memórias da infância e do início da vida adulta, cheia de momentos engraçados e tristes, tem muita dor nesse livro, muitos conflitos. Não é um livro raso. Gostei muito!
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Clarissa220 31/01/2024

Memória do meu pai
?(?) porque é sempre difícil demarcar onde é o fim de uma coisa e o começo de outra, e talvez as coisas continuem continuando para sempre e não acabem nem mesmo com a morte.
Meu pai não acabou.?

Pesquisando livros novos pra comprar, me deparei com esse e senti uma urgência em ler após ver seu resumo. No livro, após o falecimento do pai, a personagem retoma à casa que viveu na infância e lida com diversos sentimentos e angústias que surgem desse processo singular que é o luto.
A autora consegue traduzir de forma bastante fiel esse processo, que talvez só possa ser compreendido de fato por quem já vivenciou a perda de alguém próximo. Repleta de saudades, ambivalência, culpa, medos, desconhecimentos e novas descobertas, sensação de se estar perdida e confusa, a narradora nos envolve em sua mente angustiada e acelerada, sendo, portanto, uma leitura difícil a maior parte do tempo.
Para mim, que também perdi meu pai há pouco, foi um livro duro, especialmente por algumas semelhanças no relato (bem mais que o esperado). Ao mesmo tempo, foi uma leitura acolhedora, uma vez que me senti acolhida na confusão de sentimentos que existe nesse processo, que não tem delimitação de tempo nem forma de agir e que, por isso mesmo, é tão escuro e distante da razão. No luto, achamos que podemos enlouquecer e, de fato, chegamos bem perto da insanidade. De toda forma, aprendemos a lidar?
Enfim, um livro muito bom!
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Thaísa 22/01/2024

Boa leitura
Comprei esse livro depois de assistir à uma roda de conversa com a autora na FLIMA, no ano passado. Fiquei curiosa por conta de alguns detalhes que foram tratados no dia e decidi que precisava ler a obra de que falavam ali. O livro é narrado por uma artista em tempos de bloqueio criativo e enfrentando o luto pela morte do pai e, em parte, pela morte de quem ela era aos olhos dele. A narrativa se passa, entre lembranças e devaneios, entre a mãe, a narradora e suas duas irmãs, que precisam enfrentar os passos mais práticos da morte do pai e acabam tendo que enfrentar suas próprias crises e faltas. Eu tenho medo de capítulos grandes, mas posso dizer que, nesse livro, foram as frases enormes que me assustaram rsrs algumas frases ocupavam mais de duas páginas até que se encontrasse um ponto final. Mas, antes que pense que era um erro de escrita ou de edição, acredito que a intenção era nos passar a sensação de agonia e desespero da narradora por colocar tanta coisa pra fora. Com escrita poética e, por conta de tanta complexidade de sentimentos, por vezes arrastada, Helena Machado consegue nos levar pra dentro da obra e nos fazer identificar com as personagens. Justamente por isso, apesar de ter achado o livro meio lento às vezes, posso dizer que estou satisfeita com a leitura.

?PS alerta de tema sensível: relacionamento abusivo, estupro, pedofilia, relação conturbada com a mãe
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Carol Gondo 26/12/2023

Intenso
Esse livro traz reflexões muito bonitas sobre a vida e como nossos laços familiares nos moldam e como a perda de alguém nos traz uma avalanche de sentimentos e memórias.
Foi uma leitura particularmente difícil pra mim, no sentido de serem palavras fortes que de alguma forma me deixavam um pouco cansada, não sei explicar direito. Acho que não estava na vibe de ler um livro como esse, mas no geral eu gostei!
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Kael.Paulino 11/12/2023

Nada é ser memória de ninguém
O livro é uma experiência. Alguns trechos são fortes e tocantes. Sensacional, parabéns Helena Machado.
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Helder 26/11/2023

O nada é ser memória de ninguém
Eu preciso dizer que este livro é muito bom, mas tem tanta coisa aqui que diversas vezes me perdi.
Talvez não fosse meu momento de leitura, pois tive muita dificuldade em tolerar a protagonista que após morte do seu pai, quando vai com suas irmãs e sua mãe visitar a casa deixada pelo pai e que fora a casa de infância da família antes dos pais se separarem e que agora elas precisam decidir o que fazer com aquele imóvel, passa a fazer uma reflexão sobre sua vida e percebe o quanto tomou decisões erradas a vida toda e agora com mais de 40 anos percebe que não fez nada da vida. Não se casou, não tem filhos, não tem casa, não tem carro, e principalmente, não tem uma profissão. Simplesmente ela não deixará nenhuma marca no universo.
Com o tempo percebemos o porquê de ela ser assim, pois existem traumas fortes que nem todos conhecem, mas mesmo assim, para mim, a personagem segue sendo o tipo de pessoa que eu detestaria conviver.
E digo que o livro é bom, porque a autora nos coloca na cabeça desta personagem e vamos conhecendo todas as complicações desta família e principalmente todas as atitudes inconsequentes que ela tomou na vida. E isso incomoda. Desde os terríveis homens que passaram pela sua vida até os eternos quadros em branco que seguem esperando uma inspiração para serem pintados.
E a maneira que a autora nos traz estas informações para mim chegou a ser claustrofóbico, pois não me sentia bem dentro da cabeça de uma pessoa que parece querer culpar a tudo por sua procrastinação.
Foi uma leitura extremamente fatigante, mas nem sei explicar profundamente o porquê, então por isso acho que recomendo a leitura para que cada um sinta como este livro lhe atinge.
“O nada é ser memória de ninguém”.
Bate forte né?




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Gi Gutierrez 31/07/2023

Memória de ninguém
"... e então quando desperto vem a ausência profunda, como se não existisse chão algum após o limite da cabeceira, como se eu fosse cair em queda livre..."
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Aline 08/07/2023

Humano, bonito e enorme.
Helena tem um jeito particular de escrever. Ela usa profundamente nosso português para tentar descrever cada sensação, cada angústia, cada dor, cada coisa que a gente encosta, toca, esbarra, aponta e olha. É como se com as palavras, ela tentasse fotografar tudo que imaginou, sabe? É um livro de muitas palavras, sentimentos avassaladores e dores comuns a todos nós.

Memória de Ninguém, pra mim, fala sobre a dificuldade que a gente tem em sermos nós como indivíduos autônomos, no sentido de nos desvincularmos dos nossos pais, da ideia que eles projetaram sobre nós, das culpas que carregamos por e para eles, dos grifos que fazemos ao longo da vida por sentirmos obrigação de suprir os desejos de quem fez o milagre de nos gerar. Como se a gente tivesse uma dívida por isso. Deve ser bastante difícil não projetar os sonhos e expectativas nos filhos, imagino, de fato, mas se a gente parar pra pensar nas dores e lutas que travamos por carregarmos esses pesos, de escolhas que nem são as nossas... uff! Passamos a vida digerindo isso? Vamos tentar consertar o que não tem remédio? Aí, na hora de cuidar do fim do outro, de entender as humanidades, de perdoar e de se despedir, que é inevitável, o mergulho pode ser mais profundo e doloroso do que se suponha. Memória de Ninguém fala sobre a gente e fala sobre despedidas, fala sobre ser e projetar ser, fala sobre sonhos e frustrações.
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Nani84 05/07/2023

Este livro foi um soco no meu estômago. Me vi descrita em muitas partes da história e lidar diretamente com essa constatação foi bem difícil. É pesado e realista. Recomendo muito a leitura.
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luisa302 21/06/2023

"O nada é ser memória de ninguém."

gostei muito, traz muitos assuntos interessantes.
o luto do pai, as semelhanças de mãe e filha, a dor, a solidão.
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