Memória de ninguém

Memória de ninguém Helena Machado




Resenhas - Memória de ninguém


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Carla Verçoza 31/12/2022

Helena Machado tem uma escrita bem particular e interessante.
O livro inicia com a morte do pai da protagonista, uma mulher sem nome de quase 40 anos. Acompanhamos uma torrente de pensamentos, lembranças e questões familiares e de relacionamentos, onde ela tenta lidar com a morte do pai, ao mesmo tempo em que procurar entender seu papel na vida.
Teve um capítulo específico em que ela escreve de um fôlego só, sobre culpas e arrependimentos, que me emocionou bastante.
Com alguns parágrafos enormes e quase sem pontuação e outros mais curtos, o livro me prendeu e foi uma óitma leitura, recomendo bastante.
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Matheus656 22/01/2023

uma carga emocional imensa.
no decorrer da leitura, acompanhamos uma enxurrada de pensamentos, memórias e questões familiares e de relacionamentos, onde a protagonista tenta lidar com a morte do pai, ao mesmo tempo em que busca compreender o seu ?papel? na vida.

para nos contar essa história, a autora valeu-se de uma escrita sofisticada, muito estruturada, salpicando, durante a trama, passagens que são em alguns momentos bem humoradas e em outros tristíssimas, que suavizam a sufocante agonia que é o tema central do texto.

eu particularmente gosto muito de livros que não entregam um objetivo totalmente específico, ou que não seguem qualquer padrão de linearidade, entregando para o leitor a função de desvendar e de descobrir a história.

helena machado tem uma escrita bem particular e interessante.

uma narrativa que se monta em forma de retalhos e de sinuosidades: ?memória de ninguém? é um assim. um desenrolar às vezes lento, às vezes rápido, às vezes acrônico. é um texto que sacode as nossas ponderações e observações.

bem escrito e com reflexões interessantes. gostoso de ler.
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DaniM 22/03/2023

Terminei de ler há alguns dias e desde então tento elaborar o que gostaria de escrever sobre esse livro. Acho que a palavra “tsunami” cabe bem.
O livro é resultado do fluxo de pensamentos da narradora, diante da morte e luto pelo pai. Mas o pai é somente o fio condutor da história. Através da digestão da dor, a personagem vai ao passado – seu e de seus pais – sofre pelo presente e pelo futuro.
Helena Machado escreve muito bem, ela vai e vem, fala de mil assuntos densos ao mesmo tempo, muitas das vezes sem vírgulas e sem pontos finais, mas você segue com ela, não solta sua mão, não consegue parar de ler. Li vorazmente, me reconheci nesse cérebro que não dá trégua, nesses pensamentos torturantes, no sofrer por não ser e mais ainda por ser. Amei esse livro.
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Faluz 20/06/2023

Memória de Ninguém - Helena Machado
Um fluxo de pensamento.
Esse livro é um fluxo de pensamento escrito com palavras intensas e pontuação exígua que não nos deixa abandoná-lo.
Segue um frenesi de leitura apresentando dilemas existenciais e corriqueiros problemas do dia-a-dia que nos impulsiona para essa leitura frenética.
Muito boa a leitura.
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MaLucchese 09/04/2024

Emocionante
Amei. Ri e me emocionei.
Personagem narradora forte e muito instável, mas que traz uma corrente de emoções pro texto. Amei.
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@buenos_livros 03/02/2023

?Nesse sobe e desce danado, começo a achar que a memória é feito filme de câmera antiga, com vários pedaços estourados pela luz dos traumas ou esquecimentos, restando apenas alguns quadros que fatalmente vão se alterando no decorrer do tempo. Jamais uma lembrança é a mesma lembrança.?
-
. 10/2023
. Memória de Ninguém (2022)
. Helena Machado ??
. Romance | 270p. | Livro
. @editoranosbr
-
. Uma narrativa poderosa, recriando relações amorosas e familiares conflituosas, a protagonista constrói através da memória um painel de lembranças, traumas, amores e desamores em um fluxo constante, uma tempestade que por vezes arrasta, por vezes dá nó, mas que cria empatia com a protagonista e por vezes nos faz pensar quando sofremos ou exercemos alguns dos comportamentos de diversos personagens. Um livro denso, que vale a pena ser lido de uma das novas vozes da literatura brasileira.
. ????????
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Carolina1059 02/04/2023

O autora nos leva a mergulhar na história da narradora, uma mulher de quase 40 anos, vivendo o luto pela perda de seu pai e sua imersão na crise profunda da vida que passa, a memória do passado, o silêncio das palavras, sua relação com a mãe e suas irmãs gêmeas.
É um livro denso, com uma escrita não linear e muito interessante.
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luisa302 21/06/2023

"O nada é ser memória de ninguém."

gostei muito, traz muitos assuntos interessantes.
o luto do pai, as semelhanças de mãe e filha, a dor, a solidão.
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acidadeguarda0 25/06/2024

Memórias
"Memória de ninguém" conseguiu transportar minha mente para outra paisagem de uma maneira que nada conseguia fazia tempo.
Acompanhar os pensamentos incessantes da nossa narradora, com os parágrafos longuíssimos e quase sem pontuações, com a linguagem cheia de analogias difíceis, a ansiedade e o desamparo... tudo isso me deixou imersa na história e causou uma empatia danada por essa protagonista cuja única constância é tentar entender o que deu errado, e porquê.
Durante a doença de seu pai e sua mãe, que resulta na morte do primeiro, a narradora começa a cutucar-se para entender o que trouxe ela e toda sua família até ali, porque ela nunca parece ter conseguido sair do lugar. Enreda por uma mata densa de traumas, de dúvidas familiares, de omissões.
E o final foi lindo, um dos mais bonitos que já vi: trouxe esperança. Sutil e inicial, assim como a personagem que se descobre como si mesma, mas ainda esperança.
Quero ter o livro para poder entender esse final em todos os seus detalhes, quando quisesse.
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Thaísa 22/01/2024

Boa leitura
Comprei esse livro depois de assistir à uma roda de conversa com a autora na FLIMA, no ano passado. Fiquei curiosa por conta de alguns detalhes que foram tratados no dia e decidi que precisava ler a obra de que falavam ali. O livro é narrado por uma artista em tempos de bloqueio criativo e enfrentando o luto pela morte do pai e, em parte, pela morte de quem ela era aos olhos dele. A narrativa se passa, entre lembranças e devaneios, entre a mãe, a narradora e suas duas irmãs, que precisam enfrentar os passos mais práticos da morte do pai e acabam tendo que enfrentar suas próprias crises e faltas. Eu tenho medo de capítulos grandes, mas posso dizer que, nesse livro, foram as frases enormes que me assustaram rsrs algumas frases ocupavam mais de duas páginas até que se encontrasse um ponto final. Mas, antes que pense que era um erro de escrita ou de edição, acredito que a intenção era nos passar a sensação de agonia e desespero da narradora por colocar tanta coisa pra fora. Com escrita poética e, por conta de tanta complexidade de sentimentos, por vezes arrastada, Helena Machado consegue nos levar pra dentro da obra e nos fazer identificar com as personagens. Justamente por isso, apesar de ter achado o livro meio lento às vezes, posso dizer que estou satisfeita com a leitura.

?PS alerta de tema sensível: relacionamento abusivo, estupro, pedofilia, relação conturbada com a mãe
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Aline 08/07/2023

Humano, bonito e enorme.
Helena tem um jeito particular de escrever. Ela usa profundamente nosso português para tentar descrever cada sensação, cada angústia, cada dor, cada coisa que a gente encosta, toca, esbarra, aponta e olha. É como se com as palavras, ela tentasse fotografar tudo que imaginou, sabe? É um livro de muitas palavras, sentimentos avassaladores e dores comuns a todos nós.

Memória de Ninguém, pra mim, fala sobre a dificuldade que a gente tem em sermos nós como indivíduos autônomos, no sentido de nos desvincularmos dos nossos pais, da ideia que eles projetaram sobre nós, das culpas que carregamos por e para eles, dos grifos que fazemos ao longo da vida por sentirmos obrigação de suprir os desejos de quem fez o milagre de nos gerar. Como se a gente tivesse uma dívida por isso. Deve ser bastante difícil não projetar os sonhos e expectativas nos filhos, imagino, de fato, mas se a gente parar pra pensar nas dores e lutas que travamos por carregarmos esses pesos, de escolhas que nem são as nossas... uff! Passamos a vida digerindo isso? Vamos tentar consertar o que não tem remédio? Aí, na hora de cuidar do fim do outro, de entender as humanidades, de perdoar e de se despedir, que é inevitável, o mergulho pode ser mais profundo e doloroso do que se suponha. Memória de Ninguém fala sobre a gente e fala sobre despedidas, fala sobre ser e projetar ser, fala sobre sonhos e frustrações.
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Helder 26/11/2023

O nada é ser memória de ninguém
Eu preciso dizer que este livro é muito bom, mas tem tanta coisa aqui que diversas vezes me perdi.
Talvez não fosse meu momento de leitura, pois tive muita dificuldade em tolerar a protagonista que após morte do seu pai, quando vai com suas irmãs e sua mãe visitar a casa deixada pelo pai e que fora a casa de infância da família antes dos pais se separarem e que agora elas precisam decidir o que fazer com aquele imóvel, passa a fazer uma reflexão sobre sua vida e percebe o quanto tomou decisões erradas a vida toda e agora com mais de 40 anos percebe que não fez nada da vida. Não se casou, não tem filhos, não tem casa, não tem carro, e principalmente, não tem uma profissão. Simplesmente ela não deixará nenhuma marca no universo.
Com o tempo percebemos o porquê de ela ser assim, pois existem traumas fortes que nem todos conhecem, mas mesmo assim, para mim, a personagem segue sendo o tipo de pessoa que eu detestaria conviver.
E digo que o livro é bom, porque a autora nos coloca na cabeça desta personagem e vamos conhecendo todas as complicações desta família e principalmente todas as atitudes inconsequentes que ela tomou na vida. E isso incomoda. Desde os terríveis homens que passaram pela sua vida até os eternos quadros em branco que seguem esperando uma inspiração para serem pintados.
E a maneira que a autora nos traz estas informações para mim chegou a ser claustrofóbico, pois não me sentia bem dentro da cabeça de uma pessoa que parece querer culpar a tudo por sua procrastinação.
Foi uma leitura extremamente fatigante, mas nem sei explicar profundamente o porquê, então por isso acho que recomendo a leitura para que cada um sinta como este livro lhe atinge.
“O nada é ser memória de ninguém”.
Bate forte né?




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Kael.Paulino 11/12/2023

Nada é ser memória de ninguém
O livro é uma experiência. Alguns trechos são fortes e tocantes. Sensacional, parabéns Helena Machado.
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_Leticia_ 24/02/2024

Escrita maravilhosa!
Confesso que no primeiro dia em que comecei a ler esse livro eu achei um pouco cansativo, e por isso, eu não tinha conseguido sair do terceiro capítulo durante 3 dias (óbvio que também por motivos externos tipo barulho), porém, ontem eu resolvi rebobinar minha menta e voltar a lê-lo do começo e foi aí que a "mágica" aconteceu. Como eu já tinha lido os 2 primeiros capítulos e já havia pesquisado as palavras que eu não conhecia foi bem mais rápido minha leitura deles, e a partir do terceiro capítulo eu já estava super dentro do livro e queria continuar lendo mais e mais. Gostei demais das metáforas usadas pela autora pra relatar os sentimentos da personagem, gostei da maneira que ela foi tecendo os pensamentos da personagem e deixando alguns questionamentos no ar, como o porquê do Moacir agir da maneira que age e os últimos capítulos me deixaram com mais e mais vontade de chegar ao final do livro, que, pra mim, foi muito bom.
Antes de comprar o livro eu li várias reviews e fiquei um pouco receosa em comprar porquê as pessoas diziam que o livro foi escrito sem muita pontuação, e realmente é assim, tem diálogos sem travessão e frases longas sem vírgula, mas eu entendi o conceito, até porque quando estou triste ou brava e vou escrever no meu diário eu também não uso muita pontuação.

(Resenha escrita na data 24/02/2024).
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Priscila.Mastranto 24/03/2024

Mais que um livro, uma experiência.
O primeiro capítulo é muito tenso, a forma com que a autora escreve, com a personagem na primeira pessoa, relatando fatos que ocorrem durante o tratamento de saúde do pai até a morte dele, descreve perfeitamente a mente e o pensamento de uma pessoa muito ansiosa. Ao mesmo tempo que chega a cansar de ler não dá vontade de parar de ler. Acabou o primeiro capítulo e fechei o livro pra respirar.
Tenso, confuso mas muito bom.
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