José Vitor - @zetalendo 04/04/2024O primeiro favorito de 2024!Elsie Hannaway é uma grande "people pleaser", que sempre se molda para agradar uma pessoa, nunca se mostrando de verdade.
Elsie é uma física teórica, que trabalha como professo adjunta, mas tem altas expectativas de ainda conseguir um emprego melhor para que possa ter mais dinheiro e conseguir desenvolver sua pesquisa. Mas também tem outro emprego, ela participa de um aplicativo onde as pessoas pagam para terem namoradas de mentira. Ela acabou fazendo amizade com uma dessas pessoas, Greg, então está sempre ajudando ele com esse lance de namorada falsa. Hannaway tem uma regra: nunca falar sobre a sua vida pessoal, então acabou mentindo sobre a profissão oficial.
Elsie recebe uma proposta de emprego maravilhosa, mas precisa disputar com outro candidato para essa vaga. O problema é que, na noite da primeira entrevista, ela descobre que o irmão desse amigo (que ela supostamente namora), Jack, é a pessoa que fez a proposta de trabalha para o outro candidato. Ele não sabia que a profissão dela era de física teórica, então acha que ela está mentindo para o irmão, e a partir disso que a trama desenrola.
Eu fiquei extremamente surpreso com esse livro. Confesso que estava esperando um grande CTRL+C-CTRL+V de "A Hipótese do Amor", por mais que tenham alguns elementos parecidos, "Amor, Teoricamente" acaba tendo suas originalidades e sendo bem melhor.
Esse foi um livro super divertido, os personagens e as situações que eles se metem são bem engraçadas, toda hora me pegava dando uma risada.
Ali Hazelwood consegue escrever coisas que não me interessaria de uma forma prática. Toda a parte acadêmica do livro é super de boa de ler, não tem aquele momento em que você não entende nada e fica entediado. É fácil de compreender toda a treta que está rolando.
O romance é bem 8 ou 80. Ele tem seus momentos fofos e divertidos, mas o drama entre os personagens não é algo que me encantou.
A autora criou uma situação que ficou bem óbvia para mim, desde o começo, o motivo de tudo aquilo. Para eles se resolverem, bastava conversar, pois eu não sentia que aquele ódio era crível. Ali fez de tudo para criar um "enemies" que acabou não tendo muito sentido.
Eu não gosto, e não ligo, para os momentos de hot no livro, e até uns 70% não acontece nada assim. Mas quando aconteceu, senti que a autora se estendeu demais nas explicações e nos detalhes. Mas isso já é uma questão pessoal, sei que tem gente que adora isso.
A personagem principal também me incomodou bastante. Ela é retratada como uma pessoa extremamente esperta, mas as atitudes dela são muito burras. Ela não consegue formular uma frase direito quando está perto do Jack, tudo ela fica "I...", "Well... No, but...", esses "..." estavam me irritando muito. Também teve um background da família dela que não foi muito explorado e não fez sentido estar ali.
Mas tiveram muitos momentos fofos, tanto do casal, quanto de amizades. Amei a Cece, dava muitas risadas com as loucuras dela. Teve bastante representatividade aqui, tem personagens sáficas e um personagem ace/aro, mas não é o foco da história. E também fala um pouco sobre diabetes, e as dificuldades de uma pessoa que tem, já que a Elsie é diabética.
É um livro super rápido de ler, a história te prende, tem diversos momentos divertidos e os personagens são bem desenvolvidos. Apesar dos pontos negativos, eu aproveitei demais, acabou sendo bem melhor que "A Hipótese do Amor", pra mim.