Mundo Sem Fim

Mundo Sem Fim Juliana Martins




Resenhas - Mundo Sem Fim


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@juliusverse 24/04/2023

Eu poderia dizer que Mundo Sem Fim é um livro distópico, pós apocalíptico, com elementos de steampunk, zumbis, criaturas fantásticas, superpoderes, tretas políticas e religiosas em um universo complexo e muito bem amarrado, cheio de ação, com personagens cativantes, falhos e, alguns, loucos.

Poderia, também, dizer que é um livro melancólico e poético sobre a forma que olhamos para o passado, sobre como contamos histórias, sobre legados, sobre raízes, sobre família. Um livro sobre acolhimento ao diferente, um livro sobre amor. Um livro sobre luto.

E em nenhum dos dois casos eu estaria errado.
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A garota Cenozóica 06/08/2023

Entre fragmentos do passado, a luta do presente e a esperança por um futuro melhor, uma épica história de aventura acontece
Mundo Sem Fim é uma aventura épica que se passa num futuro distópico e que no centro de sua trama, discute a sobrevivência do povo Sem Nome e a sua instalação numa terra onde poderão prosperar.

A narração que emprega o head-hopping, ora passado com os Fragmentos e ora presente com o desenrolar da história, nos permite ter compreensão do mundo, dos personagens e de como tudo está interligado.

As pessoas que apreciam uma narrativa cativante, com certeza deleitar-se-ão com a linda e apaixonante narrativa dos Fragmentos.

Embora a história seja uma aventura épica, com grandes desafios e riscos, sobre a vida e a existência de uma nação, acho que o microcosmo desta luta é a parte mais linda deste livro. A história gira em torno de Zoe e Ghost, e depois de outros personagens (Joy, Rooney, etc) que vêm a se tornar centrais na trama e nos mostrar como tudo está conectado. Desde o início, somos levados a nos simpatizar com as lutas diárias de Zoe e Ghost, que são personagens underdogs apenas lutando para sobreviver, mas que estão destinados a mudar o destino do Mundo sem fim, e se embarcam numa aventura maior que suas vidas, mas apenas para salvar suas próprias vidas (pelo menos, no início).

Gostei muito de toda história, dos elementos fantásticos e do worldbuilding, da maneira como a trama se desenrolou. Mas o que gostei mais mesmo foram os personagens, as suas motivações claras e legítimas, os seus dilemas e os seus conflitos. É uma história em que pessoas boas fazem escolhas ruins e pessoas ruins fazem coisas boas. É uma história sobre a humanidade em cada um de nós e como esta humanidade é imperfeita, confusa, caótica e linda (apesar dos pesares).

Spoiler: Como não se pode amar tudo numa história, a única coisa que não gostei muito foi a necessidade que os autores sentiram de criar pares românticos entre os personagens principais. Alguns fizeram sentido pois houve construção durante a história toda levando a isto, mas outros, como é o caso do Ghost e Alex, não fizeram muito sentido. E todo o mundo não precisa de terminar num relacionamento para que o final seja feliz. Nem todo o mundo quer um relacionamento e nem todos relacionamentos fazem sentido. Claro, este é apenas um ponto de vista meu que em nada tira a beleza da história. Acho que somos todos levados pela nossa sociedade a pensar que finais felizes têm de acabar com casais formados. Mas pessoas sozinhas também constituem finais felizes.
Ah, outra coisa que é o meu pet peeve, a pequena cena do makeover da Zoe (quando uma personagem mal-arrumada e maltrapilha, toma um banho e se arruma e pronto, o homem fica todo impressionado e se apercebe que ela não é criança, tipo, qual é né).

Não obstante, eu recomendo tanto esta história. Você vai se apaixonar pelas diversas paisagens pós-apocalípticas, pelos elementos fantásticos, pela historia dos juízes contadas no fragmento e acima de tudo pelos personagens que te farão torcer por um final feliz.
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