Depois que as luzes se apagam

Depois que as luzes se apagam Tadeu Rodrigues




Resenhas - Depois Que as Luzes Se Apagam


7 encontrados | exibindo 1 a 7


Cris.Aguiar 31/03/2024

Eu não tinha expectativa alguma com esse livro, e talvez por isso tenha gostado dele mais do que uma visão crítica gostaria.
De um modo geral, a maneira lúdica com que ele trata a finitude, seja pela velhice seja pela doença e em etárias tão diferentes, foi uma abordagem dura e ao mesmo tempo poética.
Poética quanto à uma amizade tão inusitada em circunstâncias tão imprevisíveis. Dura, porque são duas histórias fechadas em si, a da velhice e invisibilidade e a da mocidade e doença (morte em vida).

Em paralelo, ir conhecendo a história dos personagens por traz de si mesmos ... a mãe, a família circense.... tudo montou um escopo de angústia, felicidade, drama... contexto. E ao contrário de alguns, eu gostei do final...

Porém, alguns pontos me incomodaram bastante e um deles foi a linguagem. Ela não combinava em nada com o personagem-narrador, por melhor leitor que tivesse sido. Tanto é, que quem é advogado se identificou bastante e eu achei muito aquém do personagem o que tornou a história de uma certa maneira inverossímil para mim e muitas vezes parei a leitura por desgosto.

Mas assim, mesmo considerando os pontos forçosos do livro, eu achei que foi uma leitura bem válida e recomendo conhecer esse escritor.

CLUBE DE LEITURA SLV: março 2024

site: https://sociedadedosleitoresvivos.wordpress.com/
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@wesleisalgado 10/04/2024

DESCONHECIDO AUTOR [ATÉ ENTÃO] FAZ A LITERATURA NACIONAL VIVER [EM MIM]
Eu vou ficar com esse livro permanentemente na minha cabeça, geralmente finais surpreendentes não me pegam mas eu não estava preparado para esse.

A amizade entre um ex-palhaço idoso e uma criança, dentro de um prédio, meio diário, meio narrador onisciente. Solidão, envelhecimento, finitude. Da mesma maneira que os filmes WHISKY e EU ESTOU PENSANDO EM ACABAR com tudo, ressoam na minha mente volta e meia , por anos há fio, esse livro vai fazer a mesma coisa.

E que tesão pra quem gosta de livros, um autor aparentemente não publicado até então, um livro de 125 páginas, mas que me tocou de uma maneira permanente. E que felicidade esbarrar com um livro nacional desses, onde tanta coisas rasa por vender ganha status de bom, sendo que não tem nada ali.

Favoritado pra vida!
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26/12/2023

Arrebatador
Uma narrativa que nos faz sonhar, nos emociona e por fim nos surpreende. Para uma mini-resenha completa, acesse o link.

site: https://diarioquaseescritora.blogspot.com/2023/12/resenha-depois-que-as-luzes-se-apagam.html
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Laura.Zaine 07/03/2024

Bom livro
Fácil de ler, a leitura é envolvente e a história bem estruturada é narrada com um rico vocabulário. Ri e emocionei-me em igual medida. O final, contudo, deixou um pouco a desejar. Ainda assim, vale a pena!
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Thiessa1 02/04/2024

Chato
Achei bem chata a escrita, não me prendeu. Uma parte ou outra mais interessante. O final me surpreendeu, mas não recomendo
Mikael45 15/04/2024minha estante
pra gente ver que existem pessoas e pessoas, esse livro definitivamente virou um dos meus preferidos, me prendeu do começo ao fim e martelando durante meses na cabeça




maria.e.sousa.7 29/03/2024

Encanto e enfado
Tadeu Rodrigues me encantou com a sua prosa fluida, diferente, criativa? com a sua semântica muito original. A princípio.

Contudo, conforme a narrativa avançava, fui ficando cansada: uma sensação de repetição, de mais do mesmo, indefinidamente. Como alguém que descobre um novo recurso e para nele, quando tem todo um mar de novas possibilidades à sua disposição.

Sobre a estória em si: houve momentos em que me exasperei terrivelmente com a irresponsabilidade da personagem principal, o velho palhaço, na sua conduta com o menino debilitado - se eu fosse a mãe também o baniria do convívio!

Houve outros momentos em que tive uma sensação parecida com a que tive ao ler Deuses caídos de Gabriel Tennyson: a sensação do abuso das metáforas estranhas. ?

No geral, é uma boa leitura, porém achei o fim muito apressado, um arremate que não faz justiça ao restante da história.

Leitura de março/2024 da SLV

3/5
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Natasmi Cortez 20/05/2024

O que acontece no picadeiro depois que as luzes se apagam? Quando os animais voltam às jaulas, e os artistas aos trailers e o público às suas casas, e o palhaço enfim lava o rosto e tira a maquiagem, o que fica para trás? O mesmo apagar de luzes que representa o fim da encenação, pode representar o início da realidade, o reinício da vida.
Onde alguns veem lágrimas, outro veem motivos para fazer sorrir. Um homem não perde sua capacidade de trazer felicidade quando envelhece. Um palhaço ainda é um palhaço, mesmo que tenha 80 anos ao invés de 18.
A obra de Tadeu Rodrigues é um respiro em um mundo repleto de desastres, ódio e angústia. A esperança do porvir se traduz por meio de uma amizade sincera e delicada entre um senhor de 80 anos e um menino. Se a grande diferença de idade os separa, também coloca entre eles um personagem único e necessário, o viver. Esse viver tão relembrado por Inácio e tão desejado por Estevão, une duas vidas em uma trajetória de trocas e carinho.
Inácio que enfrenta as dores da velhice e os julgamentos de uma sociedade classista e etarista, encontra em Estevão um ouvinte atencioso. Estevão, por sua vez, preso no próprio corpo pela doença que o acomete, encontra nas histórias mágicas de Inácio uma aventura possível.
O texto de Tadeu é lindo, poético e até mesmo engraçado. Na voz do porteiro e ex palhaço Inácio, o leitor chora, se emociona e ri. Viver requer um certo jogo de cintura, e é na valsa dos encontros e desencontros que a felicidade aflora, e a dor ensina. Acompanhar a vida de Inácio por meio de suas reminiscências é agridoce. É como chegar ao fim de um livro muito bom, é como se despedir de um personagem querido.
Quando a luz do circo se apagou, Inácio pensou ter chegado ao seu fim. Foi na portaria de um prédio, ao conversar com um menino adoentado, que ele descobriu que a vida ainda pode conter risos, aplausos e bem querer.
Uma história triste, belamente construída, que nos relembra que ainda há esperança no amanhã e no depois.
O desfecho, no entanto, caminha na contramão. Juro por deus, queria que minhas lágrimas voltassem aos olhos. Acho que Inácio não era o único palhaço nessa experiência. Parece que Tadeu tinha um número especial para nos apresentar depois que o espetáculo por fim terminou.
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