Cris 20/12/2022Música, negros e rock“Jimi afirmava a pessoas próximas que ele tocava cores, não notas, e que ele ‘via’ a música em sua cabeça enquanto a tocava.” Pág. 173
Neste livro, o autor nos traz a biografia de um dos maiores guitarristas de todos os tempos: o norte americano Jimi Hendrix.
Jimi morreu em 1970 aos 27 anos, e estava em plena ascensão na música: já tinha álbuns gravados com músicas de sucesso, e já era conhecido e admirado nos EUA e na Europa, tendo feito turnês em diversos lugares.
O autor nos apresenta uma biografia muito completa, ele reuniu entrevistas com várias pessoas que tiveram contato com Jimi ao longo de vários anos. Ele nos conta desde as origens familiares de Jimi por parte de seus avós paternos e maternos, até a união bastante conturbada de seus pais.
A história da infância do artista é muito triste: sua família era muito pobre, eles passavam fome, ele teve que se separar de seus irmãos e enfrentaram as diversas brigas e separações entre seus pais.
Até que Jimi conheceu o poder da música em sua vida e aí as coisas começaram a mudar. Aquele rapaz humilde começou a ter fama, a viajar para outros países e a ostentar o luxo. O livro nos traz vários artistas famosos que conviveram com Jimi, alguns que ainda continuam fazendo sucesso nos dias atuais.
A história do artista impressiona por sua persistência, que beirava a obsessão em se tornar um grande músico, tem até um quê de misticismo em torno de seu sucesso. Após a morte de Jimi, que diga-se de passagem é muito misteriosa também, acompanhamos o que houve com o resto da família, e como não poderia deixar de ser, as disputas judiciais.
Eu não conhecia muito bem a história do Jimi e fiquei muito feliz por ter tido acesso a este livro. Jimi foi um artista talentosíssimo, genial mas com uma personalidade muito explosiva e eclética, que infelizmente, partiu muito cedo. O fato de Jimy ser um homem negro em meio a tantos artistas brancos do rock também representou um momento muito importante para a música. Hoje temos acessos a alguns vídeos dele tocando na década de 1960 e eu fiquei fascinada por seu talento. Tem um filme que conta a história dele que eu pretendo assistir em breve também.
“Ele ‘curvava’ a música e, ao fazer isso, tornava seu o que quer que tocasse.” Pág. 179
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