Resenhas - Rússia vermelha

Vinícius 25/11/2022

Um relato histórico de folego! (meu texto presente na orelha do livro)
Rússia vermelha reúne as impressões do jornalista John Reed na Rússia revolucionária de setembro a novembro de 1917. Como quem testemunha a história sendo escrita, Reed traz a Revolução Russa de Outubro de 1917 vista por dentro, no calor dos acontecimentos, o que faz do correspondente do Metropolitan um tipo de Tucídides moderno.

Inédito no Brasil, a obra torna possível contextualizar esse momento histórico a partir de seus agentes. Por isso mesmo, o livro que o leitor tem em mãos é um registro único na história do século XX, fruto do trabalho jornalístico comprometido com os fatos e com a história.

John Reed (1887-1920), “primeiro jornalista moderno”, foi um homem de muitas faces. O “jornalista radical” foi também (e talvez principalmente) “soldado e escritor da revolução”. No seu ofício jornalístico, coube a Reed viver e narrar o espírito revolucionário de sua época. Nascido nos Estados Unidos numa família de proprietários, foi o “filho bastardo da burguesia”, e contou ao mundo a insurgência popular dos mexicanos e a revolução dos russos, sempre alinhado à causa dos povos oprimidos e explorados.

De volta aos EUA, divulgou os feitos dos trabalhadores revolucionários e foi duramente combatido e perseguido. No entanto, sua afinidade à causa foi maior que qualquer barreira imposta pelas potências capitalistas ocidentais. Foi um “cronista da revolução inacabada” que lutou por um mundo sem fronteiras. É conhecido principalmente pelo seu aclamado Dez dias que abalaram o mundo, que de igual maneira ajudou a abalar.

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