Jessica829 30/11/2022
Uma visão filosofica sobre amor e interações humanas.
?Das muitas perguntas que perseguem o ser humano, as que remetem arrependimento geralmente causam mais desconforto no ser humano porque as ações no passado pertencem a nós mesmo e a mais ninguém. ?
5/5 ?
O ser humano, apesar de estar em constante mudança, não muda um de seus traços marcantes: o ato de se privar de expurgar traumas, dando preferência a sangrar em cima de quem não foi seu algoz.
Quando amamos ou nos apaixonamos perdemos a racionalidade, abrindo espaço ao emocional e o amor em seu contexto mais amplo e profundo. Sentimento esse que tem o poder de tirar a coesão de quem o vivencia, levando-o a atos extremos na busca da aprovação do seu amado.. A humilhação em si passa a ser plausível, desde que o outro lado se proponha a cuidar do parceiro sem nenhuma obrigação ou pressão, somente como forma de declarar o seu verdadeiro afeto. Vibrando pela alegria, do outro, ao mesmo tempo em que coloca-se em seu lugar nas tristezas vividas, unindo todas as formas de amor em uma só.
Com uma narrativa machadiana a autora nos mostra nesse conto a exasperação humana em meio a sentimentos que inundam os dias e são deixados de lado, de modo que passamos a agir no automático ou sem que possamos pensar sobre, deixando imperceptíveis, porém dolorosas marcas em nossa alma.
Um romance entre uma aluna e um professor, despertando antigos traumas, até então adormecidos, que são desmembrados por meio de questionamentos filosóficos do belo e do perfeito. Trazendo de forma ampla questionamentos internos sobre passado, presente e futuro, e como de alguma forma todas essas questões estão interligadas.