Viagem ao redor do meu quarto

Viagem ao redor do meu quarto Xavier de Maistre




Resenhas - Viagem ao Redor do meu Quarto


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Pr.Thiago 20/01/2024

VIAGEM AO REDOR DO MEU QUARTO
Um militar condenado à reclusão após matar um oponente de duelo escreve estas memórias, que figuram entre as obras mais queridas por Machado de Assis. Acostumado aos combates e deslocamentos, o oficial do exército Xavier de Maistre se vê confinado em seu quarto ? e enxerga nessa pena uma oportunidade para mergulhar a pena da galhofa na tinta da melancolia. Mestre das linhas tortas, digressões e ziguezagues, De Maistre nos apresenta uma nova maneira de viajar: por meio de uma incursão no mundo das letras. Para cada dia preso em seu quarto, um capítulo. Assim é construída esta obra, que transita entre a narrativa memorialista, a autobiografia e o relato de viagem. Escrita em 1793, inaugura uma febre de narrativas que percorrem mundos sem sair do lugar. Lá fora, se desenrolam guerras revolucionárias, ao mesmo tempo que as ruas se agitam em um Carnaval. Do lado de dentro, de Maistre contempla o imobilismo dos móveis, mas abre uma janela para a imensidão.
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Nany 08/02/2023

Extraordinário
Durante a leitura de cada capítulo eu tirei reflexões que me vaziam voltar e ler mais uma ou duas vezes, e mesmo depois que colocava o livro de lado ainda pensava sobre seu conteúdo.

É assim que você sabe que o livro é bom, quando mesmo sem ler ele continua com você.

Como diria o autor, Xavier de Maistre: a outra continua seus a fazeres, ao passo que a minha alma continuava a leitura.
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Jullyan.Garcia 05/02/2023

Uma viagem da alma.
Os detalhes são o mais importante neste quarto, que não é bem um quarto, e sim uma vida. Xavier nos faz viajar por suas lembranças, medos, aventuras e assim nós leitores podemos enxergar com novidade nosso próprio quarto/vida. Embarque nesta viagem ao centro da alma.
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@vidaliterata 27/01/2023

Esse livro me chamou muita atenção pelo fato de ter servido de inspiração para Machado de Assis em sua obra, Memórias Póstumas de Brás Cubas (que ainda não li).

Ele é uma paródia de relato de viagem, escrito pelo francês, Xavier de Maistre. A história é dividida em 42 capítulos bem curtos, e narrada por um nobre militar, sem nome, que foi punido após um duelo que teve com outro militar. Ele então é obrigado a ficar em prisão domiciliar, isolado no próprio quarto.

Como ele está preso e não pode sair, a alternativa que ele encontra para vencer o tédio é "viajar" ao redor do quarto dele. Essa "viagem" basicamente consiste em observar cada objeto e cada parte do quarto e divagar sobre eles, nos quais despertam muitas lembranças e reflexões sobre sua vida. Para vcs terem uma ideia: até a cama dele vira alvo de divagações filosóficas rs

A narrativa não é linear. Portanto, o narrador vai e volta sobre diversos assuntos, inclusive faz referências a algumas obras de literatura, autores e artistas importantes da época.

A premissa é interessante. O personagem divaga e dialoga bastante conosco no texto e nos incentiva a exercitar a imaginação. No entanto, muitas digressões dele não me interessaram e não me prenderam. Mas algumas partes que mais curti foi quando ele fala sobre sua cachorrinha, Rosine, e sobre a relação dele com o empregado.

Os textos de apoio e as videoaulas (no QR code do livro) foram bem esclarecedores. Neles temos uma análise profunda de vários pontos da história e conhecemos mais sobre a vida do autor, suas referências de criação e o contexto histórico da época.

Apesar de não ter adorado, ainda sim recomendo para aqueles que tem curiosidade em "viajar" sem sair do lugar e conhecer esse livro que inspirou Machado de Assis.
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Livro que livra 21/01/2023

Zigue-zague
Narrativa primorosa em primeira pessoa; um diálogo com o leitor, são capítulos breves onde Xavier de Maistre descreve seu confinamento de 42 dias por matar um adversário em um duelo - comum na época.
No interior do quarto uma viagem para lidar com o confinamento: ?a quarenta e cinco graus de latitude, que vai do nascente ao poente, com trinta e seis passos de perímetro, e onde se cruzam os caminhos do Universo inteiro.?

O livro é curto mas há inúmeras referências de personagens e lugares históricos, com notas de rodapé pontuais. Cada capítulo representa um dia.

A tradução é bem cuidadosa, fiel à época (1794) porém sem muita suntuosidade, nem tão contemporâneo, há equilíbrio.

Há quatro ótimos posfácios; agregam e são complementares à leitura.
Livro que livra 21/01/2023minha estante
Perdoem os pontos de interrogação, tablet em pane ??




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