The Night Hunt

The Night Hunt Alexandra Christo




Resenhas - The Night Hunt


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rekizone 18/10/2023

Não é nenhum To Kill a Kingdom, mas é interessante
The Night Hunt nos traz a história de Atia, um monstro que se alimenta do medo de suas vítimas, e Silas, um arauto da morte punido com a tarefa de guiar as almas dos mortos até o outro lado. Todavia, quando Atia é amaldiçoada pelos deuses e começa a perder seus poderes, Silas decide oferecer um trato a garota: ele a ajudaria a recuperar seus poderes se ela, em troca, quebrasse a própria maldição que o afligia naquele eterno tormento de guiar os mortos. E a garota, sem visualizar outra alternativa para o seu problema, diz sim.

É aí onde a nossa história de fato começa.

The Night Hunt é uma leitura rápida, fluida e agradável, com parágrafos curtos permeados majoritariamente por diálogos e capítulos que não se estendem muito. Alexandra Christo não perde muito tempo com descrições ou cenas desnecessárias, optando por uma escrita mais dinâmica e sem floreios, o que por um lado torna a leitura mais ágil e, por outro, peca ao entregar um universo pouco elaborado.

Quanto aos seus protagonistas, Atia e Silas são personagens cativantes à sua própria maneira e, em que pese eu não tenha conseguido shippá-los no começo da leitura por não ter sentido qualquer química entre os dois (parecia muito forçado, preciso ser sincera), admito que lá para o final do livro já estava me amolecendo mais pela ideia dos dois juntos.

No mais, os vilões não causaram muita reação em mim além do típico ?eles são os vilões e devemos derrotar eles? e os personagens secundários foram pouco desenvolvidos, o que fez muita falta para mim, já que teria sido muito interessante ter um bom elenco de apoio. Tenho certeza que teria me importado muito mais com aquela tentativa de found family e com a adição de Tristan e Cillian ao grupo se eles não fossem apenas caricaturas de personagens que existiam pelo propósito único de serem partes-chave para desvendar os caminhos da aventura dos principais. Contudo, atribuo isso ao fato de que Alexandra Christo escreveu o livro visualizando-o como um volume único ao invés de uma duologia/trilogia/etc, o que talvez tenha tornado tudo um pouco mais apressado do que deveria ser.

Outra crítica minha repousa no fato de que, vez ou outra, as consciências de Silas e Atia se misturavam, fazendo com que ambos conseguissem literalmente /sentir/ toda a dor, medo e pesar que o outro já passou, o que me parece algo extremamente conveniente (e preguiçoso) de se fazer, vez que os personagens poderiam simplesmente compreender tudo do outro sem jamais precisar conversar e sentir muita empatia; bastava que se ?misturassem? para tudo estar resolvido. Nesse ponto, sinto que a história careceu de um melhor desenvolvimento.

De toda forma, foi uma leitura divertida para passar o tempo. Nada muito grandioso como eu esperava que fosse (afinal de contas, Alexandra Christo é a autora de nada menos do que ?To Kill a Kingdom?, um ótimo enemies to lovers), mas ainda assim fiel no que se propôs a entregar. O ?plot twist? foi na verdade bem óbvio desde as primeiras páginas, mas não tirou nenhum prazer da leitura por causa disso, e o único motivo de ter me feito dar 3.5 estrelas reside em meros critérios subjetivos meus, vez que se tratava de uma autora que eu tinha grandes expectativas.
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