A menina e a Praça

A menina e a Praça Filipe Salomão




Resenhas - A menina e a Praça


6 encontrados | exibindo 1 a 6


spoiler visualizar
comentários(0)comente



Roberta Pereira 07/04/2023

Fala sobre preconceito
O livro conta a história de Laura (negra e filha de mãe solo) que, involuntariamente, vai passar um ano sabático com sua avó, que mora em uma pequena cidade do interior. Aquele tipo de cidadezinha onde todos se conhecem, e que tem uma única praça central. De imediato ela cria uma relação com esta praça, que fica em frente a casa de sua avó.

Porém, nesse tipo de cidadezinha também costuma ter muito preconceito, fofocas e racismo. E com o passar dos dias, coisas do passado de sua família vão sendo revividas e por ela vão sendo descobertas.
Ela descobre o principal motivo de sua mãe ter saído da cidade e nunca mais ter voltado.

Mas, nem só de maldade vive uma cidade. Ela também encontra uma grande rede de apoio mútua nas amizades que faz. Assim percebe-se uma troca de carinho e aprendizado, onde cada um acaba ajudando o outro com suas inseguranças. Até o momento de ampliar está ajuda e aos poucos "curar" esta cidade de tanto preconceito.

Enfim, é um livro tranquilo, sem grandes acontecimentos, mas que toca em pontos importantes, e deixa o coração quentinho no final.
comentários(0)comente



@o_jardim_das_palavras 18/02/2023

A menina e a praça - Filipe Salomão
Laura viaja para passar um ano sabático com sua avó em uma nova cidade. Nessa estadia, ela passa a conhecer mais sobre sua avó, sua mãe e sobre sua própria história, afinal, o passado que atormentou sua mãe volta para atormentá-la também.
Deixando longe algumas amigas e trazendo para perto novos amigos, Laura ganha além de tudo a companhia de uma encantadora Praça. Laura verá a força das mulheres de sua família, aprendendo mais do que esperava.

Eu simplesmente amei esse livro.
Laura chega à Grande Lagoa do Norte trazendo na bagagem mais do que apenas suas malas: um passado, que ela nem mesmo conhece totalmente, com segredos e mágoas que ela quer descobrir.
É ali, nessa pequena cidade que Laura conhece novos grandes amigos, que lhe dão a força necessária para lidar com o preconceito e com as fofocas de pessoas que sequer a conhecem, e também a coragem e determinação para tentar mudar as mentes tão fechadas desse lugar.
É na praça que a maior parte da história se passa, o que faz com que o lugar se torne praticamente um personagem, que quando não aparece nos faz falta, pois é ali que acontecem diálogos e momentos importantes com Laura e seus amigos.
É nítido o crescimento e amadurecimento dos personagens, que aos poucos vão superando visões errôneas tão enraizadas que nem mesmo as pessoas que acreditam nelas realmente entendem.
Apesar dos temas retratados e da realidade exposta, o livro é de certa forma leve, indo direto ao ponto e mostrando o poder que o amor e a amizade das pessoas que amamos tem de nos transformar e transformar tudo ao nosso redor.
É uma leitura que todos deveriam fazer. Como sempre, o autor está de parabéns por suas histórias diferenciadas e sua escrita única!
comentários(0)comente



Fat212 24/01/2023

Precisa virar filme
Se você procura um livro gostoso de ler, envolvente e cheio de mensagens para transformar o mundo em algo melhor, ACHOU!
comentários(0)comente



Danielle 25/10/2022

" E se sentir impotente é uma das piores coisas do mundo. Principalmente em assuntos tão pessoais."
Apresento uma leitura que me deu nó na garganta. Não do tipo quando a história é ruim, mas sim ao tratar de temas que mexem muito comigo tanto no caráter pessoal como no caráter de uma pessoa que vive em sociedade, e que acredita que o respeito deve ser uma base primordial para qualquer relação. Em A menina e a praça conhecemos Laura, uma menina de 17 anos, que vai morar com a avó em uma cidade pequena onde sua mãe foi criada - mas que saiu quando tinha praticamente a idade que ela tem agora - e nunca mais voltou. Nos momentos iniciais, nós vamos nos inteirando sobre a cidade e as pessoas que vivem nela junto com a Laura, e descobrindo como tudo funciona. A população da cidade - pequena- fica instigada com a menina nova que chegou, ao mesmo tempo que vão ligando os pontos com acontecimentos do passado, e a própria Laura vai descobrindo mais sobre o seu próprio e o de sua família. A narrativa desse livro traz muito forte o tema do racismo. Em alguns momentos podemos ver que a protagonista tem atitudes- eu diria até reflexos- racistas consigo mesma, mesmo não percebendo. Isso me tocou muito porque eu tinha esses mesmos tipos de atitude comigo, e me doeu ver o quanto isso abala uma pessoa, especialmente jovem, e o quanto carregamos desses preconceitos enraizados conosco, ainda que inconscientemente. Também temos a retratação que nem sempre ambientes familiares são saudáveis, que pais também podem ser tóxicos, que pessoas escondem segredos que podem fazer mal à outras, questões sobre o abandono paternal, e que é muito fácil julgar sem saber de todos os fatos (ou achando que sabe) e o quanto isso pode prejudicar - e até destruir - a vida de alguém. Acredito que o que mais me deixou desestabilizada com essa leitura, foi constatar que tudo o que acontece nessa narrativa infelizmente ainda é muito real nos dias de hoje. Ressalto novamente a observação que fiz enquanto o estava lendo: fazia tempo que um livro não me fazia chorar.
comentários(0)comente



Lua Katherine 02/09/2022

O preconceito sempre existiu, e dizer que ele não existe mais, principalmente no Brazil, é um erro gravíssimos de pessoas cegas, ou que só olham para seus próprios umbigos... E vemos isso nessa história.

Laura, adolescente, preta, criada por mãe solo, visita a cidade natal da mesma, para passar um tempo com a avó. Ela tem seus traumas, e tem uma noção bem vaga do que sua mãe passou, quando engravidou dela, para ter saído da cidade, sem querer retornar nela novamente.

Ela tem seus traumas, mas pouco é comentado sobre eles, embora possamos ter noção pelas manias que ela carrega, mas, numa cidade que nunca conheceu, com pessoas que nunca viu, seu laço instantâneo é com a praça da cidade, onde ela passa os melhores momentos de seus dias.

Apesar de saber que foi muito bem criada e que não precisava de um pai, a curiosidade só aumenta ao saber que estava na mesma cidade que ele.

Logo ela faz novos amigos, só que como jovens de famílias mais antigas, com cabeças ainda fechadas, ela se vê mostrando pra eles o quando algumas de suas palavras e atitudes são ruins, moldando assim uma nova juventude.

Mas claro que problemas virão, e ela descobrirá que o preconceito, o racismo, e a sua história, estão entrelaçadas desde que foi gerada, e que pessoas são cruéis e mentirosas!

Mas também descobrirá que existem amigos verdadeiros, que as pessoas podem sim mudar seu jeito de pensar, e que podemos ser fortes quando achamos que tudo está contra nós.

Descobrirá, principalmente, que não está sozinha!

?????????

Não há muito mais o que falar que não tenha sido colocado na resenha.

Que as pessoas são cruéis, já sabemos.
Que o ravismo e preconceito existe, é óbvio.
Que algumas pessoas lutam diarimamte pelo direito de ser quem é... É tão verdade que dói.
Que pessoas mentem para se fazer passar por certas, doa a quem doer. Não preciso nem comentar.

A história não falta nada, apesar de não falar tudo.

Somos hipócritas em tantos sentidos, e sinceramente, não sei se há alguém que não seja, por mais "pequena" que pareça a hipocrisia.

Uma palavra mal colocada em que dizemos "é só uma frase".
Ou a frase favorita do "eu não sou preconceituoso", mas ri das piadas, ou não fazer nada para dizer ou mostrar que as ações e palavras são erradas.
É o querer o melhor em algumas situações, mas esperar que os outros lutem sem o seu apoio. Afinal uma pessoa não fará diferença, mas ó, eu super apoio.

Somos hipócritas!

E esse livro curto, só dá mais um tapa na nossa cara, mostrando isso.

Tem instagram? Me segue lá! @lua.kms
comentários(0)comente



6 encontrados | exibindo 1 a 6


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR