Nós nos espalhamos

Nós nos espalhamos Iain Reid




Resenhas - Nós nos espalhamos


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Aninha 08/05/2023

Angústia das Memórias Esquecidas
O livro é narrado pela personagem Penny, uma artista plástica viúva que morou no mesmo apartamento por mais de 50 anos. Atualmente Penny vive sozinha, não teve filhos e dificilmente recebe visitas.

Um dia, após um acidente doméstico que a deixou desacordada, Penny é levada para um lar de idosos chamado Six Cedars. Ela não quer estar ali, afinal ela se considera extremamente capaz de cuidar de si mesma no apartamento em que viveu praticamente toda sua vida. É naquele lugar que está sua história de vida e todas as lembranças. O que Penny não sabe ou não se lembra, é que antes de falecer, seu parceiro deixou tudo organizado para que ela fosse bem cuidada durante sua permanência em Six Cedars.

O novo lar de Penny permite a socialização com outros moradores, o que parece ser bom para ela. Contudo, como o livro é narrado pela própria Penny, o leitor consegue acompanhar seu desespero e angústia pelos lapsos de memória que Penny tanto se nega a acreditar. As vezes a sensação que dá é que Penny está num ambiente hostil e outras vezes parece perturbador ao ponto do leitor não saber o que é verdade ou imaginação. O livro é um suspense psicológico que gera desconforto e dor conforme vamos envelhecendo junto com a protagonista Penny.

?Eu tinha medo de ficar velha. Pavor. Acho que ainda tenho. Tinha tanto medo de perder partes de mim e meu tempo se esgotar. (...) - Medo de esquecer.?
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Mariana Dal Chico 12/04/2023

“Nós nos espalhamos” de Iain Reid chegou em casa de surpresa, uma cortesia da @editorarocco e ao ler a sinopse, fiquei muito interessada pois a protagonista é uma senhora, artista plástica que por causa de um acidente, precisa mudar-se para uma casa de repouso.

Esse foi meu primeiro contato com o autor, achei sua narrativa bastante envolvente, os capítulos são curtos, o que acaba por ajudar a dar mais dinamismo e acelerar o ritmo de leitura, que se encaixou perfeitamente com a proposta do enredo.

O livro é dividido em três parte a a cada página que passa, é perceptível o aumento da fragmentação dos pensamentos da protagonista, bem como sua real confusão mental e a perda da percepção da passagem do tempo.

O tema central do livro é o envelhecimento. Para mim, o título e a floresta cumprem bem a metáfora para como a sociedade trata todos os idosos da mesma forma, como se eles fossem uma coisa só, obrigados a agir da mesma forma como se não tivessem mais o direito de ter identidade própria. Olhando para a floresta à distância, às vezes nos esquecemos que ela é formada por muitas árvores diferentes uma das outras.

Outra questão abordada que me fez refletir bastante, e um tema que gosto muito, é sobre a finitude e eternidade. Se nossas vidas não tivessem fim, nós a acharíamos tão valiosa?

O final é aberto e ambíguo, minha primeira impressão foi: “Wow! Espera. O que aconteceu aqui? O autor não confirmar/refutar minha teoria?” Voltei para reler os últimos capítulos e os primeiros, percebi que não faz diferença entre uma teoria e outra, o mais doloroso/impactante é a forma como o envelhecimento foi retratado causando um medo real durante a leitura.

site: https://www.instagram.com/p/Cq8HCFfLRvW/
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Fran.Bombassaro 10/04/2023

Viciante
Assim como ?estou pensando em acabar com Tudo? é um livro intrigante, que te faz não querer parar de ler.

Retrata o envelhecimento e a importância de se ter um fim.

Será que valorizaríamos a vida se ela fosse infinita? Sera que teria graça?

É um livro bem viajado, bem perfil do Iain.
Mas eu gostei bastante!
Tem final aberto, só por isso nao dei 5, porque ainda tenho muitas dúvidas que eu queria que fosse esclarecida no livro ?????
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