Êxtase & outros contos

Êxtase & outros contos Katherine Mansfield




Resenhas - Êxtase & Outros Contos


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Ju_allencar 06/03/2024

Que livro bom ???
Um livro de contos sobre mulheres comuns, enfrentando seus medos, angústias, dores e desejos. A escrita da Katherine, tão amada por Virgínia Wolf e Clarice Lispector é maravilhosa, ela consegue nos envolver de tal forma que não conseguimos parar de ler. Amei de mais ?
Bruno236 07/03/2024minha estante
Baixei no kindle e não sabia do que se tratava. Será minha próxima leitura!! ??


Ju_allencar 07/03/2024minha estante
Esse livro é bem gostosinho de ler. Você vai gostar ???


Pazibonum 27/03/2024minha estante
Mulheres comuns enfrentando dramas comuns, já me interessou




Amos.Alves 11/02/2024

A escrita dos contos é marcada pela simplicidade, fluidez e uma pitada de crítica social oculta. Os contos abordam temas muitos interessantes como diferenças de classes sociais, a diferença entre homens e mulheres quanto o poder se expressar, a morte, o amor, a arte, alegria e tristeza, tudo trabalhado de forma muito sutil. Os contos são expressos pela visão e pensamento feminino onde diferentes mulhes de idades diferentes e personalidades e ânimos diferentes precisam lidar com situações do dia dia. Por ser um clássico modernista inglês a leitura é super indicada, mas não trata-se de contos cativantes, o leitor precisa ser analítico e sensível ao mesmo tempo para poder aproveitar o máximo a leitura.
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Jorlaíne 19/04/2023

Uma linda construção da linguagem!
A autora escreve a partir de uma relação do conteúdo com o ritmo, com a musicalidade. É como se as obras fosses escritas com o intuito de recitação.
O enredo dos contos aborda as experiências femininas, os segredos e os sentimentos dessas personagens.
Lembra muito Virgínia Woolf e Jane Austen.
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Vilela 04/05/2024

"Êxtase e outros contos" de Katherine Mansfield:
"Um conto de Katherine Mansfield começa com a simplicidade absoluta. Prossegue com uma situação comezinha, que enaltece a trivialidade até parecer que sairemos da leitura ilesos. Porém, é precisamente com a sofisticação que só os que escrevem de forma forma simples têm que ela nos conduz a uma espécie de passeio no parque onde, em dado momento, uma abelha irá ferroar nosso pescoço e sairmos dali mais doídos, mais melancólicos, mais comovidos, modificados, enfim. Como se as lentes cor-de-rosa dos nossos óculos fossem repentinamente, quebrados por um soco." (NARA VIDAL)

Sendo assim, segue um resumo destacando cada conto do livro "Êxtase e outros contos" de Katherine Mansfield:

1. Êxtase"
- Um conto que retrata a vida de uma mulher casada que reflete sobre sua existência e busca por paixão e significado.
- Explora temas de insatisfação conjugal, desejo e a busca por uma conexão mais profunda.

2. "A Aula de Canto"
- Narra a história de Miss Meadows, uma professora de canto que se vê confrontada com a realidade de sua idade e solidão durante uma aula.
- Destaca a solidão e os sonhos não realizados, além da fragilidade das aparências sociais.

3. "Festa no Jardim"
- Foca nas tensões sociais e nos conflitos familiares durante uma festa no jardim de uma casa de classe média.
- Explora as nuances das relações sociais e os dramas pessoais que ocorrem por trás das fachadas sociais.

4. "A Vida de Ma Parker"
- Conta a história de Ma Parker, uma mulher pobre e solitária que trabalha como faxineira, e sua luta diária para sobreviver.
- Destaca a compaixão e a humanidade em meio à pobreza e à adversidade.

5. "As Filhas do Falecido Coronel"
- Narra o encontro entre as filhas do falecido coronel Pinner, que refletem sobre seu passado e sua relação com o pai.
- Explora temas de memória, perda e a complexidade das relações familiares.

Cada conto em "Êxtase e outros contos" oferece uma visão perspicaz das emoções humanas, dos relacionamentos e das tensões sociais, através da prosa habilidosa e sensível de Katherine Mansfield.
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Helena1004 25/11/2023

O silêncio feminino, ou a female rage.
Toda arte depende de um fator essencial: o não dito, o psicologismo oculto, aquele que o comportamento social disfarça, que é sobreposto sobre os fatos materiais. Essa talvez seja uma das maiores marcas do artista, criar um efeito de tal profundidade que dê margem a diversos conceitos, ideias e interpretações. Essa ausência do dito é a força motriz da prosa de Katherine Mansfield.

Um elemento que se destaca muito é o estilo de sua escrita. Para Katherine, o estilo era mais importante do que beleza, e por isso, treinava constantemente a técnica. Obsessivamente. Até ter o tom, o comprimento e o som perfeitos, tudo cuidadosamente e sistematicamente executado com grande apuro.

Sua escrita é um pouco similar à de outra deusa de nossa literatura, Lygia Fagundes Telles. Apesar de ambas serem eméritas em certos aspectos, não seria exagero afirmar que a sutileza, o olhar de gato, a simplicidade e ao mesmo tempo, a potência de Katherine se reflete na de Lygia como as várias faces de um espelho.

Além de Lygia, a escrita de Katherine trouxe à tona a admiração de outras escritoras muito especias: Virginia Woolf e Clarice Lispector. Katherine manteve uma relação conflituosa com a primeira, lembrando ainda a amizade de Lila e Lenú - com grande afeto e competitividade das duas partes -, da tetralogia de Elena Ferrante. Entretanto, ambas mantiveram uma mútua conexão literária, e isso refletiu em suas respectivas obras.

Ao contrário de Woolf, sua influência sobre Clarice foi à distância, tendo em vista que Mansfield morreu - jovem, aos 34 anos - pouco depois de Lispector nascer. Mas isso não foi um problema. Clarice conta que, aos quinze anos, logo após ganhar seu primeiro dinheiro fruto de seu trabalho, entrou em uma livraria:

[...] Folheei quase todos os livros dos balcões, lia algumas linhas e passava para outro. E de repente, um dos livros que abri continha frases tão diferentes que fiquei lendo, presa, ali mesmo. Emocionada, eu pensava: mas esse livro sou eu! E, contendo um estremecimento de profunda emoção, comprei-o. Só depois vim a saber que a autora não era anônima, sendo, ao contrário, considerada uma das melhores escritoras de sua época: Katherine Mansfield. (LISPECTOR, A Descoberta do Mundo)

As protagonistas dos 5 contos (em ordem, Êxtase, A aula de canto, A festa no jardim, A vida de Ma Parker e As filhas do falecido coronel) são mulheres comuns, aparentemente simples, mas por dentro movidas por uma forte onda de emoções, desejo, tristeza, angústia, liberdade, que sentem, e que o fazem intensamente. Ainda que as personagens sejam apresentadas em oposição, as divergências ocorrem num só e mesmo plano, nas voltas entre conflitos existenciais e a essência feminina de ver o mundo.

A tendência para as emoções é prova evidente não só do intenso desejo de realidade característico da era atual, do anseio de estar bem informado acerca da condição humana, mas também daquela recusa em aceitar os propósitos artísticos do século XIX, que se expressa no abandono da história e do protagonista individual. Essa disposição se intensifica principalmente se for parar para pensar no determinismo social voltado às mulheres de sua época, onde suas únicas designações eram definidas por seus relacionamentos familiares.

Êxtase, considerada a obra mais "feminina" de Katherine, traz à tona um questionamento já no nome. O que seria a êxtase? A ideia pode ser caracterizada como uma incontida sensação que invade o corpo, uma felicidade desgovernada, que transborda do prazer de perder-se:

Embora Bertha Young tivesse 30 anos, ela ainda vivia momentos em que sentia vontade de correr em vez de caminhar, de dançar pequenas coreografias subindo e descendo a calçada, de girar um aro, de jogar coisas pelos ares só para pegar de volta ou de ficar imóvel e rir de nada, simplesmente de coisa nenhuma. (MANSFIELD, pág. 15)

Como podemos intuir, o eu feminino construído por Mansfield é levado a indagar acerca de sua liberdade, de sua vontade de se expressar verdadeiramente sem parecer uma afronta a ordem pré-estabelecida socialmente, sendo ela uma adulta. Bertha é uma personagem que eu pessoalmente gostei muito, pois acredito que ela representa todas as mulheres dessa coletânea, que sentem cada pequena coisa com paixão ou desilusão, mas nunca indiferença.

Outro recurso usado na prosa de Katherine é o encontro com o fatídico. A morte está presente em 3 dos 5 contos reunidos, e esse encontro se dá com o desejo de um grito de mulher. Não literalmente, mas a ideia do grito, é interessante perceber, se dá como a libertação das amarras a qual estão inseridas, o que lembra um termo muito recorrente da era atual, a tal da "female rage", que, em tradução livre, seria "raiva feminina". Entretanto, na literatura de Mansfield, não é exatamente raiva, e sim uma tristeza profunda, sem outro caminho senão a resignação aos fatos, sem dissolver a ordem à qual estão estavelmente inseridas.

Um exemplo é o conto "A vida de Ma Parker", onde a protagonista se vê diante da morte de seu único neto, depois de levar uma vida de tormento e tristezas, e não vê outro jeito senão chorar todos os anos de sofrimento. O que é interessante perceber nesse conto é que ela não derrama uma única lágrima. Esse silêncio, e não apenas o melancólico, é vital na construção de linguagem de Katherine, como pode-se conferir nos seguintes exemplos:

Ela queria apenas falar com ele por um momento. Não podia gritar de forma insensata: "Não é um dia magnífico?". (MANSFIELD, pág. 19)

? Não posso falar o que ia dizer, Jug, porque eu esqueci o que era? Era isso que eu ia dizer. (MANSFIELD, pág. 180)

Outras pessoas podem não gostar dos contos, mas eu, uma menina que é sensível demais a tudo, não pude deixar de me deslumbrar com a beleza da literatura de Katherine Mansfield. Depois de lê-los, tenho que concordar com Clarice: ela foi uma das melhores escritoras de sua época.
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Perdida_nas_Estrelas 01/01/2024

Uma mulher extraordinária.
Katherine Mansfield me conquistou antes mesmo de eu ler qualquer coisa dela: foi quando soube que Virginia Woolf revelou ter inveja dela. A partir daí eu já sabia que a leitura seria prazerosa. Não estava errada. A cada conto eu ficava extasiada pela escrita dela, e a cada conto podia compreender a inveja de Virginia, mas também me questionei o motivo dela não ser tão popular. O que faltou nesta obra: mais contos haha cinco são insuficientes, eu fiquei querendo muito mais.
Mansfield me conquistou e entrou para a lista das melhores leituras de 2023! Ela tem senso crítico, era uma mulher estrangeira que estava sobrevivendo aos ataques da elite de escritores e críticos britânicos. E a qualidade de seus contos a coloca em um patamar elevadíssimo!
Quero mais e mais dela!
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Sofia.Eternal 03/01/2024

Perfeito!
Este é o meu primeiro contato com Katherine Mansfield! Fiquei encantada com os seus contos, a forma como trabalha as personagens e o uso ?magistral? das palavras. As histórias dela parece simples pela forma em que descreve situações da vida cotidiana, mas nessa simplicidade aparente há visão profunda sobre a vida.
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NathaliaEira 28/05/2023

Desejo feminino
Me interessei pelos contos da Mansfield porque Clarice Lispector, Ana Cristina Cesar e Virginia Woolf foram atravessadas por ela; sejam nas suas próprias produções, nas pesquisas acadêmicas ou na vida pessoal. Assim, eu desejei também o ser e não poderia ter sido diferente.

A forma como Mansfield constrói o desejo feminino nos seus contos é avassalador; te deixa em estado de confusão mental. “Ela deseja de forma subversiva, porém, o desejo dela é também o desejo do marido?”. “O pai delas morreram, o que é isso tudo que pode acontecer?”. Mansfield é daquelas autoras que iluminam novos caminhos e horizontes; te mostra novas possibilidades de desejo.

Comparando as traduções da Nara Vidal e Ana Cristina Cesar de “Êxtase”, pude ver a complexidade das camadas criadas pela Mansfield, começando já pelo título do conto. Recomendo fortemente a dissertação da Ana Cristina Cesar, disponível no livro “Crítica e Tradução” da Companhia das Letras. As oitenta notas de tradução mostram que Mansfield não brinca em serviço, muito menos a Ana C. na sua tradução-criação.

“Como a civilização é tola! Por que ter um corpo se é preciso trancá-lo numa caixa, como um violino muito, muito raro?”
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Ju 27/08/2023

Inesquecível
Katherine Mansfield me arrebatou, suas palavras intrincadas de tantos sentimentos e sagacidade despertaram minha curiosidade e minha admiração.

Ela brinca com momentos cotidianos tão simples e traz um peso gigantesco a essas questões que passam despercebidas pela vida. Ela governou sua própria arte e arrisco dizer ( pelo menos eu considero ) que superou Virgínia Woolf, que por tanto tempo foi sua rival na escrita.

Fiquei tão aturdida com Êxtase que durante meses não consegui ler mais nada, foi maravilhoso e se tornou impossível outra leitura chegar aos pés dessa. Me esqueci até de escrever a resenha quando terminei.

Agora enquanto escrevo olhando para o livro, me sinto encantada. É bom saber que existem histórias que ainda não descobri, e quando encontro alguma que arrepia minha alma é um momento sublime.
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Sandra 18/04/2023

Melhor leitura do ano até o momento. Katherine se tornou, junto com a Lygia Fagundes Telles, a minha contista preferida.
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Gabriela3420 18/12/2023

Êxtase e outros contos
Neste livro temos 5 contos, muito bem selecionados, da neozelandesa Katherine Mansfield. Com uma escrita primorosa, a autora capta os detalhes mais íntimos e psicológicos de acontecimentos cotidianos, como um jantar entre amigos, uma festa no jardim e até mesmo o luto. Todos os contos têm protagonismo feminino e nas entrelinhas uma crítica à burguesia inglesa do século 19.
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Katherine colocou nos detalhes a grandiosidade dos seus textos, demonstrando seu grande domínio em narrativas curtas. Esta edição conta com textos de apoio que foram imprescindíveis para minha compreensão com mais profundidade da obra e também com ilustrações de algumas cenas chave dos contos.
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Destaco o conto que dá título ao livro, ?Êxtase? que me envolveu desde o primeiro parágrafo e me arrebatou com o final. Outro conto que me chamou bastante atenção foi ?A vida de Ma Parker? por toda a carga emocional que contém.
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Katherine Mansfield era admirada por outras grandes autoras como Virginia Woolf, Ana Cristina César e Clarice Lispector, portanto recomendo a leitura para quem gosta desse estilo de escrita intimista, poético e com fluxo de consciência.
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leiturasdaursula 08/01/2024

Impactante
O primeiro conto é o que eu mais gostei e faz jus ao título da obra, mas os outros são muito bons também! Todos os contos me impactaram e me deixaram reflexiva! Foi meu primeiro contato com a autora e gostei bastante!
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Cris Marques 01/03/2024

Eu criei muita expectativa com este livro, por ouvir pessoas elogiando ele, mas não achei ele tão legal assim.
Mas olhando pelo lado literário, para a época em que foi escrito, realmente, ele tem seu valor.
A construção das pequenas histórias e seus personagens, talvez pra quando foi escrito, é surpreendente.
E talvez por estar sempre buscando livros que me impactem, acabo não aproveitando uma leitura como poderia.
Mas isso com certeza, vai mudar a minha percepção para as próximas histórias que vão cair na minha mão.
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Hamilton* 07/05/2023

Um violino muito raro
Eu nunca tinha ouvido falar sobre a Katherine Mansfield até a antofágica anunciar essa edição, e assim como aconteceu com Xavier de Maistre foi uma grata surpresa.
A autora tem uma escrita realmente maravilhosa, não sei se consigo descrever exatamente, então farei uma comparação: é chocolate quente. É chocolate quente, não por que é doce, mas por que é confortante (não traz exatamente conforto mas sim um alento) como um chocolate quente numa noite de frio. E além disso a escrita dela também te preenche de maneira que quando você está lendo os contos, se sente como lendo um algo a mais.
Sobre o conteúdo em si, ela apresenta vários cenários de classe alta e média do início de 1900 com bons personagens em poucas páginas. Senti também várias vezes um humor irônico na maneira como ela abordava as situações dos personagens, muitas vezes tirando sarro total da posição social deles.
As ilustrações de Giulia Bianchi são fantásticas e completam muito a obra, e a tradução de Nara Vidal me transmitiu muitas emoções.
Dos cinco contos gostei mais do segundo "Aula de canto" que com tão poucas páginas me transmitiu um zilhão de sentimentos.
P.s. Ainda vou ler os textos adicionais, mas precisava escrever sobre, somente com minha opinião.
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Carla Verçoza 19/05/2023

Gostei muito de conhecer a escrita dessa ótima contista. O conto Êxtase foi meu favorito, muito bem escrito.
Os contos tratam de visões femininas, classes sociais. Bonitas as ilustrações da edição da Antofágica.
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