Geovana Rodrigues 21/03/2023
Vocês sabem que sou completamente apaixonada pelo #srdarcy , ilustre personagem da escritora #janeausten E por mais que já tenha me apaixonado por outros personagens, nenhum tinha chegado perto do meu crush eterno. Até eu conhecer Aydan Durrance.
Já havia lido outra história da Ariane, e foi ela quem me fez voltar ao gênero #romance , li muito durante minha adolescência, mas parei por conta das desilusões. Me encantei com sua escrita e com seus personagens sensíveis e incríveis.
Então, quando soube do lançamento de #gopa, sabia que precisava ler. Sabia também, que ia gostar da história. Só não imaginava que iria entrar para os favoritos do ano rs.
Aydan é um jogador de futebol americano, que se esforça para sempre dar o melhor de si. O típico boyzinho mais cobiçado da faculdade. Porém, ele é muito mais que um carinha gostoso que todas querem. É um filho maravilhoso, um amigo companheiro e um homem sensível. Cresceu cercado de amor, e mantém isso nos seus ciclos de amizades.
Ele então conhece uma garota, a Maud, e fica praticamente hipnotizado por ela. Excessivamente reservada, jamais pensou em ficar com o quarterback que todos conhecem, porque automaticamente seria como jogar um refletor sobre ela. Mas o destino adora brincar com as pessoas, e uma chama incandescente os consomem.
O fruto disso? Um bebê! Sim, e não se preocupe, não é spoiler. Mas, após a adorável Jennie nascer, tudo que Maud represa dentro de si, irrompe com violência.
Ela abandona os dois, assim que Jennie vem ao mundo. Sim! O que essa história tem de polêmica, tem de maravilhosa. A forma como a autora explorou o tema de abandono parental foi totalmente novo para mim e a complexidade das camadas de traumas foram elaborados com maestria. Para falar tudo que a Maud me fez sentir e pensar, eu precisaria ter um número de caracteres ilimitado, que não é o caso aqui, infelizmente.
Mas para você ter uma ideia, ela aflorou meu lado amiga, mãe (que eu nem sabia que já o possuía dentro de mim), psicóloga e filha.
O que mais vemos por aí, principalmente nos ranks de mais vendidos da Amazon, são pais que abandonam filhos, mocinhas que precisam lutar pelos caras, com seus passados sombrios..., mas nunca tinha lido pelo lado da mãe. O que levaria uma mãe, uma pessoa que gerou uma vida, um verdadeiro milagre, dentro de si abandonar essa criança sem nem olhar para trás? Como a sociedade a julgaria pelo tremendo ato de covardia?
Posso até ser mal interpretada aqui, por quem não leu a história, mas eu compreendi a ação da Maud. A maneira como nosso inconsciente reprime ou nos faz sublimar as experiências traumáticas que vivenciamos é sempre da forma que o sujeito “dará conta” de passar pela vida. Como julgar tal ato se nosso percurso de experiências não foi o mesmo?
É tão complexo e delicado começar a falar sobre essa história, que eu deixo apenas a recomendação: leia. Sem pré-julgamentos, sem pensar: eu jamais faria isso ou aquilo... só se dispa de suas opiniões e leia, e se coloque empaticamente no lugar da Maud.
Emoções tomarão conta de você. Boas ou ruins, isso eu não sei. O que sei é que indiferente a essa história, os leitores não ficarão.
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