O Canto da Sereia

O Canto da Sereia Júlio Dinis




Resenhas - O Canto da Sereia


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Brandi 29/04/2023

Um excelente conto fantástico que cativa o leitor e que trabalha a temática da sereia de uma forma cativante, invocando partes da tradição do mito da sereia que não são tão conhecidas pela maioria das pessoas.
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SadRato 27/04/2023

Sereias existem?
O conto abre com uma dúvida entre os personagens: sereias existem ou só conto de pescador? Um jovem marinheiro acredita... E até sai em busca.

Mas no final, existe ou não existe?
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Tiago 15/03/2023

Três contos de Júlio Dinis
A edição que li, da editora Book Cover, contém 3 contos de Júlio Dinis.

O primeiro, que dá nome ao livro, é uma recriação da história das sereias que encantam os homens. É passado na praia do Furadouro, em Ovar e nas proximidades (Esmoriz, Cortegaça, Espinho).


"Pedro escutava embevecido aquela música cuja toada lhe era estranha e de um estilo inteiramente diverso do das canções populares únicas que até então tinha conhecido.
Falava-lhe por isso poderosamente à imaginação esse canto cujas palavras a distância não permitia ainda perceber.
A invisível cantora aproximava-se; percebiam-se melhor as modulações sonoríssimas daquela voz potente e argentina que conseguia dominar o ruído das vagas e que se estendia ao longe pela praia como a procura de um eco que a repercutisse."


No segundo conto, "Neda", vemos claramente um conflito geracional a respeito do papel da mulher no casamento. Neda e sua mãe conversam a respeito de um recente desentendimento entre Neda e seu marido Saul.


"- Não tratarei de ocultar o sol com a mão. Já disse e é mesmo: um temperamento de foca. Só quer hibernar sobre os livros, diante dos quais se abespinha como o animal sobre o gelo. Eu porem quero muito sol, muita luz, muito calor, muita atividade... Mamã, o que vocês velhos veem no casamento é o interesse de colocar as filhas, porque ficando velhos receiam que nos tornemos muito sós no mundo. Por isso, acontecem destas, casamo-nos com a vontade dos papás encarnada na figura de um homem que não é a correspondência do nosso instinto."


O último conto, "De como o avarento morreu" conta exatamente os últimos momentos de um avarento.

"- É, creio que me vou mesmo! Nem sei como se morre assim quando muito dinheiro eu poderia acumular dentro do meu cofre. A vida é um pedaço de outro comprado com um milhão de moedas.... A morte é uma ladra que nos furta para esbanjar entre muitos o ouro que tanto custa reunir... Sou rico! Digo-o com um cordial prazer. Também trabalho como um alma possessa. Não houve domingo nem dia santo que me dessem descanso, à chuva e ao sol, alta madrugada e avançada noite.... "


As histórias são bem simples, nada para ficar gravado na memória. Eu daria 2 estrelas ao livro, mas o texto sempre agradável de ler de Júlio Dinis merece uma estrela de bônus.
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