Cisquinhole 24/09/2022
Talvez, eu não te ame.
O livro de início me fez duvidar sobre o que seria tratado, jurei que seria apenas algo bem cliché, mas me surpreendi totalmente, fomos entregues a personagens totalmente diferentes, mas com um mesmo propósito, ser quem são.
Pietra foi a personagem com quem mais me apeguei e que em nenhum momento senti um pingo de ranço, uma mulher incrível e com uma história que a torna uma guerreira, não romantizando o que ela passou, seria muito melhor se ela não tivesse passado pelo que passou. O desenvolvimento de Pietra traz visibilidade trans à obra e seu relacionamento com Gustavo pode fazer muitos leitores refletirem sobre uma questão que ocorrerá na obra(sem spoilers aqui).
Mateus e Robin trazem uma relação totalmente fluída, com alguns altos e baixos e temperamentos bem montanha russa. O casal traz um fio de esperança e aquece nosso coração.
A mãe de Mateus é uma mulher incrível e que, em uma continuação da obra, merece ser a pessoa mais feliz do mundo!!
Senti falta de uma profundidade no diálogo entre alguns personagens que se conheciam há anos, como o Mateus e Gustavo, na caracterização do ambiente, em uma aprofundada nos persongens com o ambiente em si.
A obra é algo que traz uma mensagem importante e nos faz refletir muito com toda a visibilidade que ela traz, uma cena muito marcante é a da notícia e que Mateus faz um comentário inapropriado e preconceituoso, o que quer passar o preconceito dentro da própria comunidade LGBTQIAP+.
No fim, deixa muito claro que pode ter uma continuação e ainda há muito chão para trilhar com nossos personagens, muitas coisas que podemos acompanhar na vida deles.
É uma obra que tem seu pah, com carisma e tudo para se tornar um estouro. ;)