pordentrodaestoria 02/07/2023
?O Estranho Conto da Ilha Panorama?, lançado pela editora Pipoca & Nanquim, marca a reestreia, quase 20 anos depois, da publicação de obras do polêmico mangaká Suehiro Maruo.
Entre 2004 e 2006, a Conrad trouxe ?O Vampiro que Ri?, seguido por ?Ero-Guro? e ?Paraíso: O Sorriso do Vampiro?.
Este mangá, foi publicado, originalmente, entre 2007 e 2008 na revista Comic Beam. Em 2009, venceu o 13º Prêmio Cultural Osamu Tezuka na categoria de inovação nos mangás (um dos maiores prêmios no Japão).
O material de Suehiro é baseado na obra de Edogwa Ranpo (pseudônimo de Ryutaro Hirai, famoso autor de contos e romances) lançada em 1926. E embora Maruo seja conhecido pelo estilo de arte Muzan-ê (grotesco e com atrocidade), ?O Estranho Conto da Ilha Panorama? é uma obra bem mais leve do que aquelas anteriormente publicadas aqui no Brasil.
Sobre a história, Hirosuke Hitomi é um frustrado escritor que certo dia descobre que seu colega Genzaburo Komoda faleceu. Na época em que eram estudantes, os jovens eram facilmente confundidos em razão da sua semelhança. Se aproveitando que Komoda morreu e é herdeiro da família mais rica de uma província Japonesa, Hitomi resolve assumir a sua identidade e colocar seu plano em prática: construir um parque de diversões para adultos.
Fiquei muito surpresa com o anúncio do lançamento desta obra pela PN. Foram muitos anos até que uma editora voltasse a publicar Suehiro Maruo por aqui. Aliás, um mangaká com tanto potencial realmente merece que as suas histórias já lançadas sejam republicadas. Quem sabe, né? Porém, embora sabedora de todo hype que norteia esse artista eu confesso para vocês que a arte me agradou mais que o roteiro.
Na verdade, os traços de Maruo são lindíssimos! As paisagens, os detalhes, expressões faciais, enfim, tudo, é de se ficar admirando por horas e horas. O grande destaque fica para o tour da Ilha Panorama, belíssima! Quanto a proposta do enredo ela é muito boa, porém, na minha opinião mal executada nas últimas páginas. Todo aquele ritmo frenético para, de uma virada de página para outra, acabar. Um pouco frustrante, mas que não apaga, totalmente, o brilho desta publicação.