Um amor de filha

Um amor de filha Hanaide Kalaigian




Resenhas - Um amor de filha


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Suzana 13/05/2024

Um excelente conflito de gerações. Meliné está tão acostumada com os padrões que sua comunidade exige que não nota o abandono do marido até que Aline, sua filha, mostre para ela. Por sua vez, Aline ama a mãe e tenta protegê-la, mas não quer ser como ela. Gostei da leitura, embora tenha achado alguns trechos repetitivos. Gostei de conhecer a comunidade armênia. Recomendo muito a leitura.
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Gláucia 01/05/2024

Uma mulher em conflito entre a tradição e a individualidade
Mais do que um livro sobre a relação entre mãe e filha, "Um amor de filha" conta a trajetória de Meliné, uma senhora descendente de armênios, que, diante de uma mudança inesperada, encontra-se em conflito entre se manter ligada as tradições da sua comunidade e se libertar, respeitando a própria individualidade e da sua filha Aline. O livro também traz informações sobre a história e a cultura armênia, que proporcionam uma importante reflexão sobre o papel da mulher e a maternidade.
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Helder 28/03/2024

Cultura e dor
Projeto Volta ao Mundo – Armênia. Um amor de filha é um livro brasileiro escrito por uma autora descendente de armênios, o que torna a leitura muito interessante, pois a cultura armênia é quase um personagem do livro. Costumes familiares e culinários vão moldando a história de Meliné, uma mulher com 57 anos que acredita levar uma vida tranquila e realizada com sua filha de 28 anos e seu marido até que algo completamente inesperado leva embora toda a certeza de vida que ela tinha.
Meliné cai em negação e sua filha tenta tira-la deste estado, mas ela vai se afundando cada vez mais na sua solidão, o que a leva até a se adoentar.
Tentando entender o que aconteceu, ela passa a avaliar quais os itens da cultura armênia que a fizeram chegar até ali sendo aquela mulher tão submissa, sem sonhos e sem desejos?
E assim, neste processo de autoconhecimento da personagem, conhecemos muitos dos hábitos dos migrantes armênios moradores da cidade de SP. Ela volta ao passado onde conheceu seu marido e ao dia do seu casamento, organizado por sua mãe, participante de uma colônia forte e fechada, onde casamentos devem ser realizados sempre dentro do próprio grupo.
Ela também passa a ter acesso a informações sobre o genocídio armênio e percebe que viveu anos em uma vida de conto de fadas.
Outro ponto que vemos também é o patriarcalismo nesta colônia onde heranças são passadas somente para os filhos homens, já que mulheres não foram feitas para isso.
E aí o que acontece quando um destes casamentos acaba? Como ficam estas mulheres que foram treinadas somente para casar? E qual o preço para aquelas que ousam se libertar das amarras culturais?
No fim, o livro atendeu a minha vontade de ler um livro que me trouxesse algo da cultura Armênia no Brasil. Em alguns capítulos tive fome e precisei ir ao Google pelo menos ver a cara dos pratos. Também adorei a descrição de todo os costumes relacionados a festa de casamento, mas infelizmente acho que a autora perdeu a chance de voar mais alto, pois parece que no final ela se cansou da história que estava contando e simplesmente parou de escrever. Ela deixa tantas pontas soltas que no fim o que vinha sendo uma leitura muito gostosa ficou algo sem fim e sem explicação.
Torço sinceramente para que Aline a tenha perdoado e que elas possam ter vivido felizes para sempre. Ambas mereciam algo de bom.

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Marcia 24/03/2024

Minhas impressões sobre o livro
Gostei muito desse livro.
O livro vai nos contar a história de Meliné, uma mulher descendente dr armênios. Ela mora em São Paulo e segue toda a tradição da cultura armenia e está integrada a comunidade armenia. Casada com um homem que tem, junto com irmão, uma fabrica de sapatos. Eles tem uma filha, Aline, que trabalha com ele na fábrica.
Um dia Meliné recebe uma notícia e toda sua vida será afetada. Junto com Meliné iremos receber essa notícia e através dela também conheceremos bastante da cultura armênia.
Uma história forte e me marcou como leitora.
Valeu!!
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Gislaine 17/03/2024

Mais diversidade cultural
Foi muito legal conhecer um pouco da cultura armênia.
Entre os devaneios e projeções entusiastas dessa mãe armênia conseguimos compreender melhor as relações familiares e tradições desse povo!
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tiadodudu 06/01/2024

Tragédias nunca devem ser esquecidas para que não se repitam
Lido no APP BIBLION, escritora brasileira com descendência armênia com foco na relação de uma mãe com sua filha e suas diferentes visão de vida e papel da mulher, tradição familiares versus modernidade. Destaque para a cultura e o genocídio do seu povo armênio entre 1915 a 1923 pelo governo do Império Otomano( atual Turquia).
anaartnic 06/01/2024minha estante
Biblion só tem livro bom




Thais.Carvalho 27/12/2023

Meliné é descente de armênios e faz parte da grande comunidade armênia da cidade de São Paulo. A narrativa traz um pouco de conhecimento sobre essa rica cultura, sua história de luta e do extermínio de grande parte de sua população durante a primeira guerra mundial, sua complexidade e o papel histórico da mulher nesse contexto. Gostei muito da leitura.
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ClAudia 01/12/2023

Um pouco dos armênios paulistanos
Uma leitura muito gostosa. Para os brasileiros armênios (e especialmente, paulistanos) é muito bom ler e se reconhecer nos costumes, comidas, língua e família. De uma forma reflexiva, a personagem passa pela importância da família e pelas mulheres fortes que sempre a cercaram.
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Luana1208 13/09/2023

Um livro forte que merece ser lido

Ao longo no livro extrapolei um pouco das coisas pra minha própria história, como filha de família muito religiosa cristã e que rompeu com o ciclo de tradições. Claro que a situação do livro é muito mais complexa por envolver não só religião mais a cultura de todo um povo que foi dizimado. Comecei esse livro esperando identificar um pouco da minha vivência com a da protagonista e me deparei com o ponto de vista de uma geração mais velha nessa história toda de costumes e tradições, que seria a visão da minha mãe na minha própria história, em alguns trechos vi minha mãe escancarada na protagonista e foi bom pra entender comportamentos e ter mais empatia.

Vou fazer alguns comentários sobre a minha percepção em relação a temas do livro que me tocaram: ARTE, ESCRITA, RELAÇÃO MÃE-FILHA e TRADIÇÕES.

ARTE: Meliné (um nome que me encantou) é artista e não acredita que é, acha que só imita o que outros artistas fazem, mas em meio a um caos emocional que é jogada ela deixa brotar a arte mais profunda de si mesma e que a protege e acolhe, como um ninho, rodeada de lembranças de uma vida toda pautada nas tradições armênias. Fiquei tão curiosa pra ver esse ateliê e animada com amostra que ela participaria com essa instalação. Apesar do fim que o ateliê leva (e ai não falo mais pra evitar spoilers) fiquei esperando o momento que ela se veria como artista, ou que a instalação seria reproduzida, que fim deu o convite para que ela expusesse seu trabalho? Claro, por outro lado ela tava em ruínas, não tinha condição de fazer nada disso, mas ao mesmo tempo foi nesse estado em que ela produziu sua arte em forma de ninho – porque precisava.

ESCRITA: É muito interessante como a autora descreve a ruína gradativa do emocional de Meliné ao mesmo tempo que o corpo caí em ruína também. É desesperador as cenas de dor e crises de Meliné, tanto como as cenas de confusão mental e de autodepreciação. Um ponto genial e totalmente realista: o marido é o primeiro a chamar ela de louca e ela ouve como se fosse um adjetivo que a caracteriza dali em diante, sempre questionando sua própria sanidade. Apesar de muito pontos ótimos, pra mim a linha temporal perdida me dificultou a entender melhor a narrativa e como a protagonista se sentia em cada evento.

RELAÇÃO MÃE-FILHA: Ouvir sobre a avó de Meliné me deu um aperto no coração, já a mãe dela me deu uma raiva que mulher antipática e controladora, e ai vem ela, tentando construir uma relação diferente com a filha, mais saudável e mais livre das tradições. Só que em meio ao caos emocional e físico que ela se encontra a única coisa que ela tem é a filha e quando a filha começa a trilhar seu caminho (que é um caminho em desacordo com o que a mãe esperava) ela surta. A raiva que Meliné sente da filha durante a briga é palpável, e a que a filha sente também, atiram verdades e maldades uma na outra e dói nas duas. Nesse momento de abandono do que é mais dela do mundo, Meliné age exatamente como a mãe e dali em diante força uma vida muito mais presa e disciplinada pra filha, pra quê? Nem ela sabe... Porque tem que ser assim, porque me criaram assim e deu certo. No fundo é pra ter a filha de volta sendo só dela, no fundo é por amar muito e não querer ficar sozinha, de novo.

TRADIÇÕES: é engraçado a alternância do apego as tradições nas gerações de mulheres. A mãe de Meliné é a própria defensora das tradições armênias na Terra, já Meliné se abstém apesar de participar o mínimo mas não em profundidade de presença nem de conhecimento ou sentimento, só vai porque é tradição. E ai vem a Aline (filha da Meliné), totalmente distante das tradições armênias até se envolver com elas de maneira política, entendendo o genocídio do seu povo e o poder que o resgate das tradições tem, ao mesmo tempo entendendo a prisão que são essas tradições as mulheres da família, fadadas a sempre resgatar, forçar aos filhos a segui-la e repetir, repetir, repetir, carregando o grande fardo de manter a história de seu povo viva.

Meliné não entende muito bem toda essa abordagem política da cultura armênia nem o porquê ela precisa saber disso. Mas o inconsciente dela entende, ela fica profundamente abalada quando vê as histórias das mulheres armênias sem entender muito porque, ela vê o documentário das mulheres armênias que foram escravizadas em loop sem entender porque não consegue sair da cadeira, ela sonha com a avó com as tatuagens que viu nas mulheres escravizadas, ela houve em lampejos frases inteiras do documentário. O corpo dela entendeu, quanto mais ela entende mais degradado ele vai ficando, mais as crises e dores e confusões mentais aumentam. É angustiante. A cena final é sublime. Chega o momento que finalmente a consciência dela também entende tudo o que seu povo já passou e as mulheres da sua família passam e ela mesma passa. É muito forte!


Fica minha recomendação para ler esse livro de coração aberto. Primeiro pra conhecer sobre o povo armênio e segundo para nós, mulheres mais jovens, entendermos um pouco do que as gerações das nossas mães (se imersas em contextos conservadores) podem ter enfrentado.
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Mari Mirandinha 24/08/2023

Mães e filhas
Curioso como relações familiares sempre são meio cagadas em algum nível, principalmente entre mãe e filha. Gostei do livro, embora tenha me perdido algumas vezes nas idas e vindas. Chegando na metade eu achei um pouco chato, mas depois fiquei mais interessada pelos acontecimentos. Eu não consegui me relacionar em absolutamente nada com a Meliné, mas em vários momentos me relacionei com a Aline. Foi ótimo ter um gostinho de uma cultura diferente e aprender sobre a imigração armênia e o desenvolvimento da comunidade em São Paulo. Ainda estou refletindo sobre essa questão da ancestralidade e cultura poderem ser ao mesmo tempo acolhedoras e opressoras.
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Fabi 26/07/2023

Narrativa sobre relação mãe-filha, decepção no casamento, pressão da tradição familiar e o sentimento de uma pessoa doente.
Aprendi mais sobre cultura e história armênia, sem dúvida.
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Guynaciria 24/07/2023

Um amor de filha/ Hanaide Kalaigian / @editoraautentica / Pág. 144

Maliné é uma mulher de meia-idade, descendente de armênios, que se depara com uma separação repentina, e ela passam a processar a ideia de que apesar de ter cumprido tudo o que se esperava dela, no momento de sua maior necessidade seu marido a trocou por outra.

Imagine a seguinte situação: um belo dia seu marido lhe informa que tem outra família, mulher e filhos e que a está abandonando, você não tem emprego, a pensão que ele resolve lhe pagar e ínfima, e mesmo assim só paga porque sua filha lutou para manter a casa dá família em seu nome após a separação e porque brigou com o pai por seus diretos.

Para piorar, ela se descobre com câncer, agora tem que lutar por sua vida, condições financeiras e com a ideia de se libertar ou não das suas tradições que oprimem as mulheres como ela, que se submetem a viver as custas dos maridos e a merce deles.

Sua filha, por outro lado, é uma mulher empoderada, que fez faculdade, trabalha fora, tem um relacionamento amoroso fora da comunidade e das tradições de seu povo.

Elas aos poucos vão trocando experiências e descobrindo que podem se ajudar a melhorar como pessoas e como mulheres, evoluindo, se abandonar de todo a sua cultura.

#armenia #hanaidekalaigian #editoraautentica #parceria2023 #livros2023
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Léa Diógenes 11/07/2023

Primeiro favorito do ano 2023
Iniciei a leitura de 'Um Amor de Filha' sem expectativas, mas a cada página meu interesse crescia de forma irresistível. A história e as personagens me cativaram muito, foi difícil me despedir.

Mesmo despertando memórias desconfortáveis devido um acontecimento, continuei a leitura ansiosa para descobrir o desfecho. A escrita envolvente da autora manteve minha atenção ao longo de toda a narrativa, principalmente devido os dramas constantes.

A obra também trouxe curiosidades da cultura armênia, o que enriqueceu a história. A relação mãe-filha refletiu minha própria experiência, trazendo semelhanças assustadoras. O livro despertou diversos sentimentos e me proporcionou conhecimento sobre outra cultura, algo que amo.

A angústia foi intensa durante a abordagem da doença da protagonista. O final abrupto deixou questões em aberto, levando-me a uma reflexão profunda. Apesar de algumas ressalvas sobre a diagramação, a capa encantadora me atraiu desde o início. Essa leitura foi uma verdadeira viagem emocional, que ficará em minha memória por muito tempo.

Resenha completa em sonhoseaventurasdeamor.blogspot.com
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Matheus656 29/06/2023

Meliné, uma descendente de armênios, viveu de acordo com as expectativas culturais: casou-se, cuidou da casa e da filha, aline, e participou ativamente da família e tradições. no entanto, uma notícia impactante a faz buscar refúgio em suas raízes armênias, relembrando costumes, língua e culinária. durante esse processo, ela enfrenta a tensão entre se submeter ou se libertar de uma tradição que tanto oprime quanto acolhe, amarra e afaga, protege e limita.

em ?um amor de filha?, a autora hanaide kalaigian me levou para um relato, por certo, bem incômodo.

a narrativa em primeira pessoa aborda de forma densa a complexa relação entre mãe e filha, um tema que desperta - e que sempre despertou - o meu interesse imediato. além disso, o texto aborda de maneira significativa assuntos relevantes, evitando a romantização das relações familiares.

no meu ponto de vista, o grande destaque da obra é a jornada da família da narradora, que é apresentada através de memórias entrelaçadas, enquanto também aprendemos sobre as tradições da comunidade armênia. nesse sentido, o texto é extremamente rico e envolvente.

a prosa é ágil e, sem dúvida, inquietante, a autora utiliza uma abordagem única, com idas e vindas, para explorar a intricada - e quiçá melindrosa - relação entre mãe e filha ao longo de várias gerações.

atual e excruciante.
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