Resenhas - The Song of Roland

Marcos606 25/07/2023

La Chanson de Roland é um poema épico em francês antigo, provavelmente a mais antiga (c. 1100) chanson de geste e é considerada a obra-prima do gênero. O provável autor do poema foi um poeta normando, Turold, cujo nome é introduzido em sua última linha.

O tema é a histórica Batalha de Roncesvalles em 778. Embora esse encontro tenha sido na verdade uma escaramuça insignificante entre o exército de Carlos Magno e as forças bascas, o poema transforma Roncesvalles em uma batalha contra os sarracenos e a amplia à estatura heroica da defesa grega das Termópilas contra os persas no século V a.C.

O poema começa quando Carlos Magno, tendo conquistado toda a Espanha, exceto Saragoça, recebe propostas do rei sarraceno e envia o cavaleiro Ganelon, padrasto de Roland, para negociar os termos de paz. Irritado porque Roland o propôs para a perigosa tarefa, Ganelon trama com os sarracenos para conseguir a destruição de seu enteado e, em seu retorno, garante que Roland comandará a retaguarda do exército quando este se retirar da Espanha. Enquanto o exército cruza os Pirineus, a retaguarda é cercada na passagem de Roncesvalles por uma força sarracena avassaladora. Preso contra probabilidades esmagadoras, o herói Roland é o modelo do guerreiro inflexível vitorioso na derrota.

De composição firme e coerente, o estilo direto, sóbrio e, às vezes, austero. Em primeiro plano está o choque de personalidade entre o corajoso Roland e seu amigo mais prudente Oliver, que é também um conflito entre concepções divergentes de lealdade feudal. Roland, cujo julgamento é obscurecido por sua preocupação pessoal com a fama, rejeita o conselho de Oliver de tocar sua trompa e pedir a ajuda de Carlos Magno. Com a recusa de Roland, a batalha sem esperança é travada, e a flor da cavalaria franca é reduzida a um punhado de homens. A buzina finalmente soou, tarde demais para salvar Oliver ou Roland, mas a tempo de Carlos Magno vingar seus vassalos heroicos. Voltando à França, o imperador dá a notícia a Aude, noiva de Roland e irmã de Oliver. O poema termina com o julgamento e execução de Ganelon.