Sônia Gregoski 10/06/2024
Hannah e Christopher sonham em ser pais,mas depois de várias tentativas frustradas de engravidar, o casal cogita a adoção e é quando conhecem a pequena Janie.
Janie é uma criança que dá entrada no hospital em que o casal trabalha,vítima de abuso infantil.
Comovidos pela situação em que a menina encontra-se,o casal apega-se a criança e decidem adotá-la.
Janie não é vítima apenas de abuso infantil, a menina tem um comportamento que tornará a vida da família um verdadeiro inferno,em especial a vida de Hannah,que verá a vida da família entrar em uma verdadeira espiral de destruição com a chegada da menina.
A escrita é envolvente do começo ao fim.
Possui capítulos curtos,o que torna leitura rápida e frenética.
Embora tenha gostado da escrita,essa leitura deixou muitas perguntas e poucas respostas.
O problema aqui não é a adoção,jamais,mas a forma absurdamente errada como foi feita,na minha opinião todos cometeram erros.
O casal estava desesperado para serem pais, mesmo a menina dando indícios ainda no hospital em relação ao seu psicológico,eles insistiram com a adoção.
Christopher despertou em mim um ranço enorme,justificar o erro de um filho,não é prova de amor incondicional.
Dar amor é ensinar o que é certo e correto,e sim,ele é responsável pelos atos da menina,tendo em vista que ele apoiava as atitudes dela,fazendo vista grossa para as atrocidades que ela cometia.
A própria terapeuta temia pela vida de Hannah e ele faz pouco caso.
Ele não conseguiu nem perceber o desgaste emocional da esposa e a depressão pós-parto,um verdadeiro babaca,para não dizer algo pior.
A assistente social é uma verdadeira incógnita,não consegui estabelecer a relação dela com Christopher,ela não dá a mínima para ninguém, para o que aconteceu,sua única e verdadeira preocupação é Christopher.
É uma leitura perturbadora e não indico de forma alguma para quem está grávida.
Nascemos maus ou nos tornamos?