Alvo Humano vol. 1

Alvo Humano vol. 1 Greg Smallwood...




Resenhas - Alvo Humano


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Emerz 17/03/2024

O Tom King quando pega um personagem pouco explorado é isso que ele faz.

Eu não conhecia o Alvo humano, não lembro de ter lido nada que ele aparecesse, então acho que uma grande porcentagem também não devia conhecer ou se conhece é só por nome e não tem um lore estabelecida do personagem. Isso deu grande liberdade pro Tom King construir uma ótima obra.

É o primeiro noir em tons pastéis que leio, além dos grandes créditos para o King tem que o Greg Smallwood fazendo um trabalho surreal nas páginas, o traço, tudo é muito lindo e um destaque enorme para as cores, aqui as cores seguem uma narrativa a parte.
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JoaoBreder 17/01/2024

Uma história intrigante e com um final corajoso
Como disse nas minhas atualizações de leitura, o Tom King é o autor perfeito para pegar um personagem pouco desconhecido e destrinchá-lo em uma trama complexa e repleta de boas ideias e reviravoltas, e isso não é diferente no primeiro volume do Alvo Humano.

A gente acompanha o detetive conhecido como Alvo Humano, que tem o trabalho de se colocar no lugar de pessoas que estão sendo ameaçadas de morte e "morrer" no lugar delas. A coisa fica complicada quando ele é contratado pelo Lex Luthor e é envenenado, sendo sentenciado a viver apenas mais 12 dias. A suspeita é de que um integrante da Liga da Justiça Internacional é o culpado por seu envenenamento.

A gente vê o protagonista entrar de cabeça na investigação, enquanto conhecemos mais dele, sua personalidade e seus pensamentos, ao mesmo tempo que personagens cativantes aparecem. O grande destaque fica na interação dele com os membros da LJI, enquanto ele pensa mil coisas sobre a investigação, prevendo resultados e dissecando a intenção dos heróis. Mas como em uma boa história do Tom King, a parte principal é a trama complexa frente a humanidade dos personagens, e quais decisões eles deverão tomar. O final é extremamente corajoso devido a morte de um personagem icônico que não irei falar.

Alvo Humano é uma ótima história de investigação e mistério noir em um universo de super-heróis.

Nota: 4,5 ?
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avpedroso 10/01/2024

Roteiro e arte viciantes
Um Noir de herói escrito por um dos melhores escritores de quadrinhos da atualidade. E com uma arte maravilhosa que me hipnotizou em vários quadros. A trama te prende ao ponto de você não querer parar nunca.
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Paulo 26/12/2023

Tom King demonstra mais uma vez a sua incrível capacidade de contar histórias. E eu sei que existem muitos detratores do autor por causa da fase que ele teve no Batman. Minha teoria é a seguinte: King é melhor em histórias fechadas, sem as constrições impostas pelo editorial e sem se preocupar com continuidade. Todas as suas séries de sucesso eram nesse estilo: O Xerife da Babilônia, Visão, Estranhas Aventuras. Mesmo Batman Um Dia Ruim - Charada era uma história fechada. Gostaria que ele tivesse mais liberdade para fazer o que quisesse, mas não é isso o que ele vai receber na Marvel ou na DC. Me contento com esses pequenos petardos que aparecem dele de vez em quando. O Alvo Humano é mais uma HQ a entrar nos melhores do ano e esse ano vai ser bem complicado escolher. Ele consegue nos trazer uma história de mistério e romance em um clima bem noir. A escolha do Greg Smallwood como seu parceiro foi muita acertada. O que ele entrega aqui chega a ser covardia. Uma arte em aquarela lindíssima. Não conhece o Alvo Humano? Maravilha, não é preciso conhecer nada sobre o personagem para curtir a história. Gosta da Liga da Justiça Internacional dos anos 90? Vai revê-los aqui. Já te conto o motivo.


Lex Luthor contrata os serviços de Christopher Chance por conta de algumas ameaças que ele vem recebendo nos últimos tempos. Alguém querendo matar o Lex é o mesmo que perguntar a uma criança se ela quer um doce. O mundo inteiro é suspeito. Chance imagina ter conseguido frustrar o plano do assassino ao deter um homem-bomba, mas parece que a tentativa de assassinato envolvia veneno. Um veneno que estava no café ruim que ele bebeu de manhã e agora percorre sua corrente sanguínea. Um veneno que não tem cura. Ao investigar possíveis suspeitos desse envenenamento ele chega a doze prováveis suspeitos: os membros da Liga da Justiça Internacional. Um deles pode ter sido responsável por isso por conta do assassinato (e posterior ressurreição) de um dos membros mais queridos da equipe. E Lex Luthor teve uma mão direta nisso. Resta a Chance investigar o caso, mas durante suas investigações ele acaba desenvolvendo um romance com a Gelo.


Antes de entrar nos meandros da história, precisamos fazer uma salva de palmas em pé para o que Greg Smallwood faz nessa série. Que coisa maravilhosa ele faz aqui. Uma arte toda aquarelada em várias camadas de cor. Para uma história noir, você não imagina o emprego de cores mais brilhosas como o verde, o amarelo e o azul-claro. Apesar de empregar essas cores, a prevalência de sombras é bem grande na história. Demonstra o quanto o personagem está cercado de melancolia e desesperança. Sua quadrinização é bastante interessante com o emprego de quadros intimistas e até do esquema de nove quadros. Smallwood consegue alternar entre cenas que te entregam esse clima mais noir da história com momentos tipicamente heroicos e simples. Aliás... Smallwood faz parecer que fazer páginas como ele fez é algo fácil. Mas não é nem um pouco. O cuidado que o artista teve de escolher as cores adequadas (para constar: ele é o colorista também) para cada tipo de situação, o posicionamento dos personagens em tela, a escolha do ângulo certo, o sequenciamento. Mesmo com esse jeitão da narrativa, consigo imaginá-la sendo uma minissérie. Os quadros tem todo um cuidado com ângulos: abrindo ou fechando cenas, closes nos rostos dos personagens, foco em algum elemento de cenário, viradas de página dramáticas.



Mas, eu preciso ainda entrar no design de personagens. E como eu gostei disso. Tem uma combinação de uma arte mais fluida e livre com expressões detalhadas. Vejam na imagem acima, a preocupação do Smallwood com o tipo físico de cada personagem, as expressões faciais, os gestos. A gente percebe, por exemplo, que Chance é um personagem cujos movimentos são mais duros e calculados. Bem típicos de sua profissão com disfarces. As expressões faciais que ele faz são bem neutras, salvo em raros momentos em que ele se deixa estar vulnerável. Ou o jeito mais espalhafatoso do Guy Gardner, com aquele jeitão de "college jock", de bully da escola. Por outro lado, ele coloca menos preocupação com outros elementos como roupas ou objetos do fundo em que sua arte adota um tom maleável. Não há de se preocupar em detalhar essas coisas porque elas não são importantes para a história. Ele conseguiu pegar muito bem o design dos personagens da Liguinha. Me deu boas lembranças de quando lia essa fase com personagens como o Besouro Azul, o Gladiador, o Guy Gardner, a Fogo e a Gelo, o Caçador de Marte, a Canário Negro e o Batman. É a formação que eu mais me lembro. E, para mim, ele conseguiu criar uma Gelo magnífica. Vou falar dela mais abaixo. Mas... para mim, esse é o visual definitivo da Tora.


Vamos falar do roteiro porque há muito a ser dito. O gênero da história é um noir investigativo. A ideia é que Chance consiga descobrir quem o envenenou. King coloca grandes obstáculos porque o personagem se vê diante de uma equipe que é conhecida por ser espalhafatosa, heroica, divertida. Não é como a Liga da Justiça tradicional em que existem muitos problemas escondidos no meio. Se tem uma equipe que representa os valores tradicionais dos heróis é a LJA. Só que misturado a isso temos o tom atrapalhado de alguns personagens como o Gladiador Dourado, que é um bobão do futuro que sempre se mete em encrencas, ou o Besouro Azul, como um supercientista que inventa coisas bizarras. No meio de uma equipe em que os personagens são os menos prováveis de terem cometido um crime. Mas, à medida em que Chance começa a escavar os segredos da equipe, nem tudo é tão claro quanto parece. Personagens que eram simples de serem entendidos vão adotando tons menos claros. Claro que alguns são o que realmente parecem, mas pouco a pouco eles vão se tornando complexos. Seja uma pessoa violenta aqui, outra obcecada ali, outra traumatizada acolá. King consegue entregar um roteiro que não é óbvio e todos são suspeitos. Nessa primeira metade, King se focou em mostrar os problemas que Chance vai ter para desvendar o caso.


Ao longo da história vamos conhecendo um pouco mais sobre o personagem. King não se coloca na berlinda ao gastar tempo contando a origem do personagem. Ele usa alguns momentos para passar flashbacks que servem para mostrar como o personagem foi parar nessa vida de detetive e que ao mesmo tempo consegue avançar a história. O autor fornece vulnerabilidade ao personagem que se vê tendo pouco tempo de vida para resolver suas pendências. Sem uma família, ele teme terminar sua existência sem que seja lembrado. A motivação para ele se tornar um alvo humano é bem clara e King coloca isso tão naturalmente que nem precisa mais voltar ao assunto. O personagem atua também em uma zona bastante cinzenta do mundo da DC. Ele foi treinado por pessoas ligadas a Ra's al-Ghul, velho inimigo do Batman; protegeu o Lex. Quando Chance se envolve com a Gelo, Tora se torna quase como uma boia de salvação para ele. A forma como ele observa as pessoas, algo que faz parte de sua mecânica de se disfarçar, permite a ele compreender as engrenagens que movem cada um. Por exemplo, ele consegue ver numa boa como Ted Kord acabou envolvido no caso. Até que ponto ia a participação dele.



Adorei como ele forneceu mais elementos para entendermos alguns personagens. Citando o Caçador de Marte, por exemplo. Sabemos que ele teme o fogo por conta da forma como sua família foi assassinada. Os medos que ele possui são muito palpáveis e um cara como Chance, que chegou a treinar como uma marciana, consegue analisar o drama que é para ele precisar conviver com essa aflição. Principalmente quando alguém como a Fogo é colocada na equação. O capítulo do jantar é magnificamente roteirizado por King que deixa realidade e pensamento bastante nublados. É um momento até bastante abstrato da narrativa. Ou a maneira como Beatriz da Costa faz parte da história sem estar nela. Como uma das suspeitas, Chance acaba colocando-a entre os principais por conta de seu temperamento. Ela está ali nos limites do discurso de cada um sem realmente aparecer. King vai preparando o terreno para que quando o personagem for atrás dela vai ser algo grande. Ou o quanto Guy Gardner nos é apresentado como um homem abusivo e tóxico. Dava para prever o que iria acontecer eventualmente com Chance e Guy quando Gelo começa a sair com o protagonista. O que King coloca é o quanto o personagem não consegue aceitar que seu romance com a Tora não existe mais. Ele é colocado como um perseguidor que quer se envolver em todas as relações de sua ex. Até que esta se revolta contra ele e uma tragédia acontece. Era previsível, mas King coloca de um jeito magistral para o leitor.


E, precisamos falar de nossa deusa do gelo. Quando era menor gostava das interações entre Fogo e Gelo. Principalmente porque a Bea era uma a única personagem brasileira que eu me lembrava dos quadrinhos. Preciso dizer o quanto Greg Smallwood desenhou uma Gelo maravilhosa. O jeito doce e gentil escondendo uma malícia sutil no fundo. A menina mesclada a uma mulher tórrida. É curioso usar adjetivos quentes para se referir à Tora. Mas, ela é uma mulher acima de tudo. Chance a trata inicialmente como uma garota doce, mas aos poucos vai percebendo os pequenos lapsos de comportamento até vir o flerte. Roteiro e arte entregam alguns momentos deliciosamente sedutores ao longo da narrativa, com Gelo mostrando o seu lado desejoso. Talvez destruindo as infâncias de alguns leitores nostálgicos. A mim não me incomodou, muito pelo contrário. Nos mostra uma personagem que sabe o que quer, que não vacila para obter o que deseja. Ela não aprecia ser subestimada pelos outros. Diferente da Bea, a Tora tem uma personalidade que parece ser mais calma e estoica. A química entre ela e o Chance fica patente bem de cara. O que mais gostei foi que King não vacilou ao tratar do tema de relações tóxicas. Tora e Guy se separaram há muito tempo, mas o Guy sempre ficou próximo dela. Talvez desejando um eventual retorno "natural" que nunca aconteceu. Em várias histórias anteriores o comportamento do Gardner sempre me pareceu beirando o abusivo. Aqui King passa essa beira e Tora realmente fica incomodada com isso. No começo ela busca ser compreensiva, até porque eles viveram algo juntos. Mas, pouco a pouco as coisas escalam. Precisamos falar mais sobre esse tipo de assunto. Fica também uma outra questão que é como King inverte a visão de uma femme fatale. Gelo é a femme fatale para o detetive Chance. Só que ao mostrar uma personagem da qual não desconfiamos ter esse comportamento mais pró-ativo é o que surpreende o leitor a cada novo capítulo.


O Alvo Humano foi uma grata surpresa para mim, que não tinha obtido tantas informações sobre o título. Sabia que havia um burburinho sobre ele e vários elogios a respeito. Mas, como o Chance não é um personagem que costuma ter muito espaço na DC, não esperava nada demais. King conseguiu gerar muito mais interesse ao personagem, deu camadas a ele. O quadrinho é um bom material de mistério com elementos noir e uma das melhores artes que você vai encontrar esse ano. Para quem busca algo nostálgico, também tem muito aqui. E como não revisitar o crush que muitos marmanjos tiveram com a Gelo nos anos 90. No mais, uma daquelas HQs que você precisa ter contato.

site: https://www.ficcoeshumanas.com.br/post/resenha-o-alvo-humano-vol-1-de-tom-king-e-greg-smallwood
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LuAs.Megiolaro 21/10/2023

Leia !
Com toda a certeza uma das melhores HQ's que eu já li. Roteiro muito bem construído e a arte complementa com perfeição uma história de investigação e romance muito envolventes. Aguça o leitor a ler mais e mais. Ansioso para a parte 2.
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Leonardo1263 23/09/2023

Esse Guy Gardner (Lanterna Verde) é muito otário
A DC Comics tem uma pepita de ouro na mão e tem nome... Tom King! A edição que trago aqui se trata da primeira de duas, do personagem Christopher Chance, o Alvo Humano. O trabalho dele é se disfarçar de qualquer de seus clientes, para servir como isca e se arriscar em nome do contratante.

Logo de início, assistimos a uma palestra ministrada por Lex Luthor, filmada e exibida com sua tecnologia possibilitando a transmissão para todos os universos possíveis. Um pouco após se iniciar o discurso Luthor sofre um atentado e leva um tiro de um homem completamente descontrolado, que o acusa e jura fazer justiça contra tudo de mal que Lex já fez à humanidade. Esse Lex, porém, era o agente Chance disfarçado.

O que ele não sabia, é que o café oferecido a “Lex Luthor” antes de se iniciar a palestra, estava envenenado e agora ele está prestes a morrer, não sobrando mais que 12 dias de vida!

Agora a missão de Chance, não necessariamente é descobrir quem queria matar Luthor, mas tentar descobrir se há um antídoto para sua sobrevivência. Embora a ideia de morrer não o atormente tanto, ele está extremamente envolvido na questão.

Tom King é um autor fantástico, desenvolve a trama de forma segura e intrigante. Dá para perceber que os acontecimentos se desenrolam buscando uma meta, buscando um ponto, nada é por acaso. O jogo de influência e a tranquilidade transpassada pelo protagonista nos coloca no mesmo sentimento que o dele. As caixas de pensamento do protagonista nos ajuda a criar mais empatia e assistir tudo de dentro da cabeça de Chance. Foi puxada uma linha, e agora queremos muito como leitor, descobrir até onde nos levará. O antagonista de Chance pode ser qualquer um, a priori as desconfianças recaem sobre a Liga da Justiça Internacional, mas poderá ser qualquer um que odeie Lex Luthor.

Agora é aguardar o segundo volume e ficar na expectativa de outra grande edição assim como essa.
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