Leonardo 15/02/2020
Pequeno ponto azul
Pálido Ponto Azul é um livro cientifico (porém para um público mais leigo nessas questões), mais especificamente de astronomia, do famoso astrônomo Carl Sagan, lançado em 1994. É inspirada na famosa foto que foi cunhada com o mesmo nome, que foi tirada em 14 de fevereiro de 1990 pela sonda Voyager 1, que mostra um ponto minúsculo do local em que a Terra está em relação ao fundo cósmico.
O principal argumento desse livro é a nossa insignificância em relação ao tamanho do cosmo, e também a importância de estudar os nossos arredores para conhecer e se possível evitar possíveis catástrofes climáticos. Mesmo que estamos avançando bastante em vários aspectos, como por exemplo, no campo da ciência, Sagan nos mostra que diante da imensidão do cosmo e de seus segredos, são conquistas pequena (pelo menos pequena em relação ao valor que damos para essas conquistas)
Nos mostrando algumas conquistas da astronomia, e da ciência em um modo geral, o que aumentou muito o nosso entendimento dos outros planetas Sistema Solar, Sagan nos mostra que é muito importante conhecer o que está ocorrendo nesses planetas em questão, e também o que ocorreu no passado ou o que pode ocorrer no futuro, pois assim podemos prever desastres que de alguma forma pode ocorrer também no nosso planeta, e assim estar mais preparado para lidar com a situação.
Abordando questões como exploração espacial, não só para questões cientificas, mas também por motivos comerciais, já que em outros planetas e asteroides existem muitas riquezas, povoação do sistema solar pelas potencias mundiais, como EUA e China, vida extraterrestre entre outros diversos assuntos, ele nos mostra que para a manutenção da vida humana, é muito importante saber o que está ocorrendo e o que pode ocorrer nos outros planetas do Sistema Solar, pois tendo esse conhecimento, temos um "leque" maior de alternativas de solução. Uma delas é a “terraformação”, onde alteramos o clima de um planeta para atender as nossas necessidades. Mas ainda não temos essa tecnologia (pelo menos para alterar em nosso benefício, mas sim contra nós, mesmo que sem intenção, que é o que está ocorrendo hoje, intitulado de “aquecimento global”).
Outra informação curiosa é o que ele fala em relação ao telescópio, que, segundo ele, é uma “máquina do tempo”, pois através dele estamos vendo, na verdade, o passado, já que a luz viaja a uma velocidade finita, sendo assim, estamos vendo como essas estrelas eram no passado, sendo que muitas delas provavelmente nem existe mais, mas pelas imensas distancias a luz que provem delas ainda está chegando em nós. Também fala dos perigos do ser humano adquirir poder sem adquirir conhecimentos, pois podemos usar esse poder de uma forma que coloque não só a vida humana em risco, mas todas as vidas.
É um daqueles livros que abre um horizonte de possibilidades e de pensamentos, nos mostrando (usando não só argumentos científicos, mas também filosóficos) que mesmo levando em conta todo o nosso avanço nas áreas cientificas, ainda estamos "engatinhando" nessas áreas. Um livro que nos torna mais humilde, nos mostrando que, diferente do que foi o senso comum por muitos milênios, não somos tão importantes assim no trama cósmico, e muito menos que o universo foi feito para nós. Somos apenas uma "possibilidade" das trilhões que o nosso cosmo pode oferecer.