Para Ana, com amor

Para Ana, com amor Larissa Siriani




Resenhas - Para Ana, com amor


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Caroliny 31/05/2024

Para todas as Anas que existem, espero que busquem ajuda. Transtornos mentais são horríveis, mas a gente sobrevive com eles e as vozes param em algum momento. Seja na depressão, no transtorno de ansiedade, seja no alimentar...
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Ana.Ansani 31/05/2024

Alerta de gatilhos
Um livro intenso, forte e cheio de dor.

Com uma escrita simples e direta, a autora nos leva ao mundo dos transtornos alimentares.

Todo e qualquer transtorno alimentar é causado por um trauma emocional profundo? no caso de Ana a rejeição paterna. E isso leva a nos mutilarmos, cada um a sua maneira?

Nossa mente pode nos levar ao sucesso, quanto ao declínio.

Procurar ajuda é o início para conseguirmos nos olhar com mais carinho e amor!
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Yejjjz53 29/05/2024

Para alguém
Um misto de tristeza e orgulho
Triste por todos os pontos sensíveis que esta leitura cutucou, pontos que eu achava que tinha superado, pontos que eu fingi que não existiram. Orgulho por tentar, dia após dia.
Ao contrário da Duda, a protagonista, eu não segui. Mas, assim como ela, minha visão sobre mim mesme é foi turva, por muitos anos. Eu cogitei. Sabia que não era capaz de parar de comer por conta da compulsão alimentar, mas eu cogitei, conscientemente, em desenvolver bulimia nervosa. Toda vez que penso nisso meu estômago se revira.
Parece idiota falar isso em voz alta, ou em carta aberta, como alguém cogita desenvolver um transtorno?
A verdade é que eu já tinha um, mas achava que era capaz de controlar, eu conseguiria parar assim que perdesse peso o suficiente.
O que me impediu de continuar nessa loucura foi o medo. Medo de vomitar. Medo de ficar >ainda mais< doente. As coisas já estavam ruins, como é que eu poderia fazer a escolha de piorar ainda mais?
Então eu fugi, fugi da balança, dos espelhos, dos números. Eu nunca pesquisei sobre as calorias ou tentei entendê-las, tudo por medo de não saber o que eu poderia fazer com aquela informação. Não aguentava mais sentir culpa, não queria ser ainda mais obcecade.
E, talvez, isso tenha me salvado. O meu outro transtorno me impediu de entrar em mais um.
Tenho compulsão alimentar desde que me entendo por gente, criança introvertida, sem amigos, sem saber como agir, sem saber o que falar, como falar, como me comportar, então eu comia. Com a boca cheia, não tinha por que falar, a ação era só uma e eu gostava de doces, eles sempre me confortaram. Nas festinhas, enquanto as outras crianças brincavam, eu comia. Nos almoços em família, enquanto todos conversavam, eu comia. Enquanto todos viviam outros momentos, eu comia. Até passar mal.
Até que começaram os comentários. Os apelidos.
As crianças me chamavam de "buraco negro".
Minha familia sempre enfatizou como eu era enorme. Como eu comia sem parar, como sempre estava comendo.
"Isso não pode ser fome"
"Você vai explodir se continuar desse jeito"
"Daqui a pouco vai estar que nem a Dona Redonda"
"Nossa como seus seios são enormes"
"Cara de trakinas"
Doía, cada mísero comentário doía porque nunca controlei meu apetite, nunca nem percebi que comia tanto, quando eu me dava conta já estava mastigando algo. E aí surgiu veio a culpa. Culpa por comer demais, culpa por engordar, culpa por não ser bonita, culpa por não perceber que estavs comendo, culpa por sentir fome, culpa por terminar o dia no banheiro, morrendo de dor, por não ter conseguido parar.
Essa foi a minha vida, por toda infância, por toda puberdade e pela metade da adolescência. E, em todos esses momentos, eu COGITEI botar tudo pra fora, mas eu ficava tão nervosa que o dedo nunca atingiu a garganta, tudo se fechava antes que eu pudesse fazer algo. Então eu parava. E me odiava por ter tentado. Me xingava até que pudesse esquecer daquele momento. Me xingava por ter comido tudo que vi pela frente e me sentia um lixo quando comentavam do meu peso.
O tratamento pra ansiedade e depressão começou aos 14. Pula de psiquiatra em psiquiatra. Pula de psicólogo em psicólogo. Descobre que tinha um nome para o que deu origem a todos esses pensamentos: fobia social.
Terapia. Meses. Anos.
A ansiedade tá controlada, à base de remédios. É claro que aparência não foi a única coisa que me levou pro fundo do poço, os outros pontos da minha vida se sobressaíram nesse quesito. Tinha coisas maiores do que a balança, mas ela estava lá. Ela ainda está.
Ainda sinto medo, angústia e ansiedade toda vez que preciso me pesar. Continuo evitando. Tento não pensar no número como um digito para calcular IMC. Tento lembrar que IMC não é um índice de saúde e há anos está sendo questionado na medicina. Saúde não é linear. Tento ignorar todos os comentários sobre meu peso, seja os que dizem que emagreci, seja os que dizem que engordei, nenhum deles realmente me ajuda. Eu ainda não estou saudável.
Ler os pensamentos da Duda após tantos anos me esquecendo disso teve um impacto muito forte em mim, me fez revisitar o passado traumático. Podia ser eu. E se eu tivesse cedido?
Me perguntei isso algumas vezes durante a leitura. O transtorno vem antes de um cabo de escova na goela, vem dos pensamentos acerca de si mesmo, o vômito é consequência. As horas sem comer também são.
Posso olhar pra trás e sentir o mínimo de orgulho sobre mim, algumas das vozes que tanto me atormetaram se calaram. Posso olhar com o mínimo de carinho pra mim mesme, encarar o espelho sem ódio. Às vezes frustração, raivinha, mas não ódio. Não mais.
Não é uma tarefa simples, são sete anos tentando, foram sete anos até conseguir encarar meu próprio reflexo. Se curar nunca é o caminho mais fácil. Mas um dia chega.
Não posso dizer que estou curada. Mas estou melhorando. Eu estou tentando. Dia após dia.  Desejo sorte a todes vocês. Desejo sorte a mim.

Com amor,

Lia.
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vallopess 26/05/2024

"Mastigo uma vez.Gorda.Duas.Balofa.Três.Baleia.Quatro.Porca"
Aviso de gatilho?t.a
Precisei de muito tempo pensando pra escrever sobre esse livro, os relatos são fortes e fidedignos, bem na medida do prometido.
É preciso ir com cuidado na leitura antes que a Duda te invada e te chame junto para seguir os dez mandamentos da magreza. De fato, todos nós temos problemas com comida, alguns em maior intensidade e outros com menor, mesmo assim, foi uma reflexão emocionante.
A trama começa com a Duda tendo o seu primeiro episódio: o desmaio na academia pela desnutrição acompanhada da falta de ingestão de alimento nos últimos dias.
"Eu não estou doente, estou perfeitamente bem" "Olho os meus braços flácidos, a minha cara gorda, ocupando todo o lugar".
Acredito ser um livro bom pra quem já conseguiu lidar com o t.a, porque assim a história serve de exemplo pra algo que a pessoa já superou e agora vê com outros olhos, sem a neblina da deformação. Enfim, é uma boa indicação pra ler num final de semana!
Obrigada a todos os envolvidos nesse livro?
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julia 25/05/2024

Difícil de ler, mas bom
Já fazem alguns dias que terminei esse livro e estava absorvendo tudo o que ele me trouxe. eu nunca me identifiquei tanto com um livro como me identifiquei com esse. todos os pensamentos eram idênticos aos que eu tinha quando era adolescente. até mesmo o jeito dela era igual ao meu em relação aos parentes da minha mãe com os da mãe dela, inclusive vi muito a minha mãe na mãe dela. apesar disso, esse livro não foi nada fácil de ser lido. em vários momentos, por causa das ?dicas? que ela dava, eu me perguntava ?e se??, mas no final eu não fiz nada parecido e consegui terminar o livro bem. o livro é fluido, mas não é leve, nunca conheci ninguém que passou por algo parecido, então me fez bem lê-lo e perceber que eu não sou a única que já passou por isso. algumas partes foram bem difíceis de ler, a ponto de me fazer chorar ou ficar muito agoniada, mas, no final das contas, é um livro que eu recomendo.
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Daniella.Portela 20/05/2024

"Prefiro Morrer do que ser gorda"
"Prefiro morrer do que ser gorda, já disse uma vez. Hoje, eu assino a sentença."

Que livro forte e que livro necessário. Em muito momentos me identifiquei com a Duda por ver que também aceito meu corpo e quando me olho no espelho, me vejo 100vezes maior do que realmente sou. Em outros momentos eu queria agarra-la e levá-la o mais rápido possível a um médico, pois sim, ela estava doente. Mas a entendia, mesmo se sentindo sozinha, tinha muitos ali para lhe estender a mão assim que ela percebesse que precisava de ajuda. Pensar que existe sim muitos casos de pessoas como ela e que não pedem ajuda pois não se veem como pessoas doentes me doe.

Só não foi estrelas pois esperava um desfecho mais devagar da história dela, faltou falar um pouco mais sobre Kátia.
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anaramous 15/04/2024

Esse livro dói muito, principalmente porque consigo me enxergar em cada palavra escrita pela autora
Ele possui muitos gatilhos, mas também é necessário ler e entender que nós precisamos de cura
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palomavisconti 15/04/2024

Para a anorexia, com amor
Um relato intenso e doloroso em forma de narrativa ficcional de uma adolescente que cresce com uma relação de nojo e sofrimento com seu corpo e com a comida. Se esse tema for sensível para você, vá com calma, pois pode gerar gatilhos. Um livro real e transparente sobre todo processo de reconhecimento da doença e aceitação do tratamento. Triste, sensível e acolhedor, Para Ana, com amor é um abraço aos que precisam e um alerta também. Nunca deixe de buscar ajuda!
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hafronita 26/03/2024

Da imagem deturpada à aceitação de um novo recomeço
Essa passagem pode ser metaforicamente descrita como uma jornada repetitiva através de um labirinto de pensamentos, onde a personagem Duda se encontra presa em um ciclo incessante de busca pela magreza, uma obsessão que a mantém cativa, mesmo diante de diferentes eventos e reflexões ao longo da narrativa. Ela precisa ser tudo, menos gorda. O impasse cíclico-psicólogo da trama está nessa afirmação anterior: a negação de um corpo fora dos padrões e a falta de autoconhecimento por influências de comentários do seu entorno. Duda é uma alma vagando em um corpo estranho, como se Duda estivesse aprisionada em uma pele que não é sua, em uma narrativa que não a representa. Ela se perdeu de si mesma e está lentamente se esvaindo. As pessoas ao seu redor, sejam amigos, parceiros ou família, estão perplexas e impotentes diante das batalhas mentais que consomem-.

E ela não entende.
Ela não entende eles.
Ela não se entende.
Ninguém a entende, se ela não se entender primeiro.

O leitor se encontra imerso na história ao lado da personagem, tentando entender suas motivações e desafios. No entanto, quanto mais nos esforçamos para compreender, mais percebemos a complexidade e dificuldade da situação de Duda. A narrativa é uma jornada marcada por luta, persistência e uma quantidade imensa de coragem necessária para enfrentar os desafios apresentados. Não há de se negar a compaixão, mesmo que complexa, em entender todos os meios, cenários e interligações do passado-presente-futuro em que, em nenhum, Duda está vivendo.

Não, Duda perdeu a vida.
Perdeu a vida junto das calorias que queria perder.
Perdeu a vida junto das pessoas que perdeu.
Ela apenas não podia se perder, não se novo.

Ana Eduarda é diagnosticada com anorexia atípica, e a medida que ela passa a se escolher, ao invés de dar nomes e cores aos personagens que estão na sua vida, Duda encara a si própria em sua jornada ? deixando de canto tudo aquilo que ela fez, de si, um pedaço de carapaça sem vida.
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Melry.Carla 18/03/2024

Para Ana, com amor.
Eu nem consigo descrever o que senti ao terminar de ler esse livro. Só sei dizer que é necessário lê-lo.
Larissa foi profunda, mas também objetiva. Não fez rodeios, não fantasiou os fatos. Eles estão lá, puros e reais.
Transtorno Alimentar é sério, é algo que precisa ser observado e precisa de cuidado.
A autora, trouxe características reais e acima de tudo, ela trouxe possibilidades reais para o tratamento.
A rede de apoio de profissionais, amigos e família é o passo que levará ao tratamento, mas mostra também que é preciso a pessoa entender, perceber e querer essa ajuda.

Enfim, amei o livro.
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dudarlly 17/03/2024

Para Duda, com amor
Fui ler o livro e saí refletindo sobre ele todo, é um livro que não te dá um tapa... ele te espanca.
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Berry 05/03/2024

Com amor, ana
Eu amei o livro, o jeito que ele retrata o transtorno alimentar de forma realista e não estereotipada me deixou bem feliz. Conseguimos ver como a Duda se sente, pensa e como se vê, basicamente como é o mundinho dela. É um livro ótimo, leitura rápida, fluida, que prende muito a atenção, além dos capítulos pequenos!
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RaquelTerezani 10/02/2024

Muito bom
Não, o tema não é leve, mas não fiquei com uma sensação ruim como outros livros com temas fortes que já tentei ler (e abandonei). O relato me atingiu de tal forma que senti fome lendo, cada vez que a protagonista falava há quanto tempo estava sem comer ou descrevia o que estava no prato, os cheiros, etc., meu estômago era afetado. Bom destacar que não senti repulsa em nenhum momento.

Gostei também que não há romance.

A leitura me prendeu como não acontecia há tempos. Daquele tipo "tenho que dormir cedo hoje, vou ler só dois capítulos" e acabar lendo dez.

Dos quatro livros que eu já li da autora, esse é meu preferido. É também o mais recente, então acredito que a escrita dela está evoluindo, reli vários parágrafos pensando "que foda, quero escrever assim quando eu crescer".


Para ler, refletir, torcer, solidarizar, enfim, recomendo demais!
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Ana B 07/02/2024

Tô procurando ler mais livros nacionais. Encontrei esse livro e me interessei sobre o tema. Achei que a escritora soube descrever mto bem os sentimentos de uma pessoa com distúrbio alimentar. Durante a leitura nada me abalou, mas possui umas cenas gatilho, os pensamentos da protagonista com o próprio corpo também.

Achei legal
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