Kamacyan 11/11/2023
Nem amo nem odeio...
O livro é difícil de ler. Claro, foi escrito há 100 anos, porém, os dialogos são longuíssimos, alguns não acresentam na investigação em si (além de problemáticos conforme avisa o livro no começo, já que é um retrato do seu tempo). Isso fez eu dedicar todos os neurônios para a leitura e não conseguia pensar em quem era o assassino, ou os assassinos, afinal, porque 1 crime se eu posso ter 2?
Enfim, depois de me convencer que eu queria chegar ao fim da história, eu comecei a ver essa dificuldade como uma curiosidade, porque alguns dialogos entre 2 pessoas acontecem apenas com 1 falando (a fala da segunda pessoa é oculta) e como raios eu conseguia entender mesmo assim? E porque todo mundo tem criados que dormem em suas casas, trabalham 24h e fazem tudo pelos patrões, a ponto de começar a achar normal! É muito interessante olhar para o passado e perceber que os últimos 100 anos alterou muita coisa, mesmo assim alguns costumes permanessem na nossa sociedade. Para mim essa foi a parte do livro que mais me pegou.
Sobre o detetive, como o epílogo mesmo fala que é o motivo dos livros de crime serem tão aclamados, eu achei sem sal. Ver um riquinho, que tem traumas da guerra pouco explorados, resolver crimes por diversão, é até de dar raiva. Mas a autora reconhece isso, ele tem defeitos e não é um gênio como tenta demonstrar, além de ser um contraponto ao Sherlock tanto citado. É interessante ver que apenas o status social dele abre portas para investigações, e também como ele mesmo tem uma conversa com o oficial de polícia vendo suas falhas na motivação para resolução, e o Parker não passa pano e da um esporro nele hahahaha
Enfim, nem amei, nem odiei, ele tem momentos que me fizeram refletir bastante e outros que eu dormi lendo por não aguentar mais ver a duquesa elogiar alguma coisa em alguém.
Sobre o assinato em si, achei interessante e meticuloso, gostei do "vilão", mas só acompanhei a história mesmo, não fiquei teorizando como gosto de fazer.
Leitura feita pelo Clube da Rainha