@_paralivreando_ 18/08/2023
Tão complexo quanto empinar pipas
?Empinamos pipas, senhorita. Empinamos pipas no Afeganistão e chutamos a poeira, senhorita. Chutamos a poeira para ver em que direção o vento sopra.?
Lendo esse trecho assim, não faz muito sentido, mas foi o trecho que quando li meu emocional se desestabilizou totalmente.
Esse livro não é apenas um romance entre Liam e Billy, mas uma grande coletânea de ensinamentos culturais, emocionais e comportamentais.
Nesse livro acompanhamos Liam, um ex-soldado que luta para superar o passado e que tenta seguir em frente mesmo com os gatilhos que lhe causam a ansiedade.
A pintura parece ser a salvação não só para Liam, mas também para Yared e Nadir, refugiados em uma terra que é a esperança para eles, suas esposas e filhos. Porém, o preconceito e o olhar torto não parecem afetar a vontade que eles tem em vencer e viver uma vida feliz, a qual foram privados no passado.
Assim como a arte uniu Liam, Yared e Nadir, também irá unir o ex-soldado e Billy. Billy também é uma refugiada, e assim como os outros, não perde a esperança de viver uma vida a qual valha a pena.
Mas para o amor de Liam e Billy sobreviver, terão que vencer o passado trágico de Billy e o passado traumatizado de Liam.
Quem já conhece a escrita da Rhonda espera por algum tema mais forte, porém, acredito que não tem como superar os traumas e consequências da guerra, rebeliões e conflitos internos. Principalmente quando há crianças que ainda terão que superar muitas coisas para talvez conseguirem conquistar uma vida digna!
Um livro onde o amor, a amizade, a família, um cachorro e muitas telas para pintar, levam o leitor a viver grandes emoções, um pouco de raiva e frustração, mas muito calor humano!