O céu para os bastardos

O céu para os bastardos Lilia Guerra




Resenhas - O céu para os bastardos


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Carlabknho 01/05/2024

Salamandra da favela
A narrativa começa num velório. Esse evento social fatídico traz outras interações indiretas como reencontro de pessoas distantes, despertar de memórias e lembranças, papos, confissões, revelações? e essa descrição se dá sob o olhar de Sá Narinha. Uma mulher pobre, preta, empregada doméstica, moradora de um bairro periférico acertadamente chamado de FIM DO MUNDO.
Ela domina a arte de observar e reporta de forma sútil e bela as interações daquele lugar, as histórias de cada morador, as vivências, as mazelas daquele lugar.
Talentosa com as palavras, respeitada em sua comunidade por sua sabedoria de vida ela tem sua vida marcada por uma tragédia. Um crime que ela não cometeu, mas trouxe desdobramentos imensuráveis a sua vida e de todos a sua volta. Ela passa a viver com a culpa, com a dor, com a amargura?
Quando enfim encontra redenção, volta a se sentir respeitada e integrada a sua comunidade, passa então a ressignificar suas dores, a se perdoar, a se curar, a regenera-se como uma SALAMANDRA. Reencontrando prazer e propósito pra REVIVER!
Me tocou a forma como os terreiros foram descritos no livro, apesar de todo preconceito que enfrentam são locais de acolhimento, de ajuda e fortalecimento dos menos favorecidos, dos necessitados, das minorias, espaço de resistência assim como as personagens femininas.
Fica nítido a força, a resiliência das mulheres, sobretudo as pretas, periféricas que são a base da sobrevivência tanto no passado como hoje naquelas famílias, na sociedade, no mundo. O FUTURO ME PARECE FEMININO!
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Gabriel Perez Torres 13/04/2024

Reflexões Sobre a Condição Humana em "O Céu para os Bastardos"
Lilia Guerra, em "O Céu para os Bastardos", oferece uma narrativa densa e pungente que explora as vidas de personagens marginalizados pela sociedade. A obra se destaca por seu tratamento profundo da alienação e da busca por identidade, situada num contexto brasileiro, o que a torna ainda mais especial.

Através das interações entre personagens como Bigu, Cassiana e Regina, o livro desdobra as complexidades de suas realidades de uma forma tão vívida que é quase possível sentir suas dores e alegrias. A autora habilmente traz à tona questões de abandono, desigualdade social e o estigma associado à bastardia, conforme descrito no prelúdio que cita Deuteronômio 23,2, realçando o destino predestinado dessas personagens à margem da sociedade.

Guerra utiliza o diálogo e o desenvolvimento de personagem de maneira magistral, permitindo que as conversas entre as crianças revelem não apenas suas inocentes esperanças e sonhos, mas também a dura realidade de suas vidas. A crueza com que a morte e a desilusão são tratadas confere à obra uma qualidade quase documental, destacando as injustiças sociais de forma crítica e contundente.

Além disso, a autora consegue capturar a essência do local, Fim-do-Mundo, descrito tanto literal quanto figurativamente, onde a esperança e a desesperança coexistem. As descrições do ambiente e as interações entre os moradores trazem um rico tecido social que é tanto único quanto universal em seu apelo.

"O Céu para os Bastardos" é um retrato visceral da luta pela dignidade e identidade em um mundo que frequentemente vira as costas para os menos favorecidos. Lilia Guerra nos apresenta um realismo crítico e envolvente, que não somente entretém mas também provoca reflexão sobre as complexidades da condição humana. Este livro é uma leitura essencial para aqueles interessados na literatura contemporânea brasileira que não tem medo de enfrentar as verdades inconvenientes de nossa sociedade.
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Aline221 07/04/2024

A história de vida de Sá Narinha relembrada durante um velório. Um dos melhores livros nacionais do momento, com toda certeza! Agridoce, sensível e muito realista.
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cyassuko 31/03/2024

A Velhice
Nunca tinha lido histórias contadas apenas por pessoas velhas, achei a experiência muito diferente. É como estar ouvindo as histórias dos mais velhos. Tem muitas histórias que minha avó nunca vai poder me contar, porque já foi.

A narrativa aborda muitos aspectos da vida, muitas injustiças principalmente. Antigamente, filhos extraconjugais não podiam ser batizados nas igrejas cristãs. A criança era condenada por algo que não era sua culpa. Falando em culpa, acompanhamos a culpa carregada por uma senhora pela violência causada pelo seu filho. E de como as pessoas perpetuavam esse sentimento de culpa que ela sentia. Vemos como a sociedade pode ser injusta e cruel, como pessoas que batalharam a vida toda se veem desamparadas na velhice. Atualmente muito se fala sobre viver a velhice com plenitude, mas isso é só pra quem tem dinheiro.
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claroviski 29/03/2024

Sá Narinha e minha vó
Já quero começar dizendo que esse é provavelmente o melhor livro nacional contemporâneo que já li.
Nele, acompanhamos a história de Sá Narinha, uma senhora que no bairro rico onde trabalha como empregada doméstica é apenas mais uma Maria, mas em seu bairro chamado de Fim do Mundo, é Sá Narinha, a conhecedora das plantas e ervas.
A história é muito bairrista, ela nos traz um sentimento de pertencimento ao bairro Fim do Mundo, já que passamos a conhecer todos os vizinhos de Sá Narinha.
Ele retrata muita coisa, é muito profundo de uma maneira delicada, como se viesse dos olhos daquela senhora. Ele passa por sua vida, por seus sentimentos que vão desde vergonha até orgulho de si mesma, ele passa pela vida de seu filho, e das pessoas que foram envolvidas ao longo do tempo.
É um livro maravilhoso que me faz pensar em minha avó.

site: https://www.tiktok.com/@claroviski/video/7315855792404581637?is_from_webapp=1&sender_device=pc&web_id=7351483268623926789
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Ed Souza 26/03/2024

O céu para bastardos
Sa Narina vem nos levar a conhecer os moradores de "Fim de mundo":um pequeno povoado cheio de histórias.

Tudo começa em bom de um velório e vai se expandido.,
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carolmc_ 17/03/2024

Realidade
O livro descreve com muita riqueza de detalhes o dia a dia de moradores de uma comunidade, as dificuldades e preconceitos enfrentados, e a força para enfrentar tudo isso.
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recassara 15/03/2024

Maravilhoso. Emocionante.
Caramba, que surpresa maravilhosa.
Lilia Guerra e seu " O Céu para os Bastardos" merecem muito mais reconhecimento.
Com genialidade na escrita que dá continuidade à Carolina Maria de Jesus e Conceição Evaristo, Lilia me envolveu e emocionou do início ao fim com suas personagens e a vida na comunidade Fim-Do-Mundo.
Caramba, que livro, meus amigos. Recomendo muito a leitura!
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Samyramoz 11/03/2024

Bom
Achei muito interessante a história e a forma que foi abordada. Eu gostei muito da personagem principal e da inserção de outros personagens. Mesmo que seja muitos, eles transmitem a ideia de comunidade e leva o leitor a participar ainda mais da história, só que tbm deixa um pouco confuso porque a gente acaba ficando perdido.
No mais, eu achei bem rápido e curtinho.
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Gabriela1641 03/03/2024

Um texto ágil com uma narrativa sobre pessoas e os impasses da vida.

Uma leitura de fôlego além de impressionante, Sá Narinha conta como é seu cotidiano e o dos vizinhos, a realidade de morar em Fim- do- Mundo.

Os personagens e situações relatadas tem aquele tom autêntico, que remete a volatilidade da vida.

Um livro que vale muito a pena conhecer.
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Bernal 03/03/2024

Escrita criativa
O ponto mais dramático da narrativa gira em torno de um crime, uma tragédia que deixa Sá Narinha em um beco sem saída. Ela simplesmente não sabe lidar com a dor e se culpa por ter colocado o criminoso no mundo. É simplesmente angustiante acompanhar as consequências desse fatídico evento em sua vida.

Resenha completa no IG @be.thereader
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C4nteiros 01/03/2024

Não sei o que rolou
Não sei o que rolou aqui!
O tema que mais gosto e a escrita que gosto, mas não rolou. Não me interessei de verdade por nenhum personagem, não fiquei preso por nenhuma história, não despertou meu interesse em nenhuma ocasião.
Uma pena, ouvi muitas críticas boas e indicações de pessoas/autores que admiro o gosto literário.
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biialobato 26/02/2024

Tocante e realista
O livro retrata a realidade e a vida das pessoas que moram nas periferias da cidade. Seus desejos, realizações e expectativas. O desafio de se viver de forma precária, que existe desde as mil horas em transporte público para chegar ao trabalho, até mesmo a falta de abastecimento de mercadorias no bairro porque os caminhões de entrega não chegam até lá. A história traz uma narrativa fictícia, mas que na verdade se repete diariamente para milhões de pessoas na vida real.
lorranyestev 26/02/2024minha estante
Fiquei curiosa, vou add nas minhas leituras




@eleeoslivros 22/02/2024

Não me fisgou.
nem por isso deixa de ser um bom livro.
acho que o excesso de personagens me incomodou e o final insoso.
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SocorroBaptista 18/02/2024

Uma narrativa sensível, que me levou às lágrimas várias vezes. O título é muito emblemático, pois leva a um questionamento sério sobre fé, religião, e racismo religioso. Leitura dolorosa, mas absolutamente necessária.
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