Vesti-me de Amor

Vesti-me de Amor Ana Paula Campos




Resenhas - Vesti-me de Amor


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thewolfstarkid 24/01/2024

Eu confesso que não esperava me conectar com o livro, por abordar assuntos que eu não tenho muito conhecimento. Mas me surpreendeu bastante!! De fato a Ana Paula sabe usar as palavras muito bem, é o tipo de poesia que precisa ser lida em voz alta e ser apreciada por todos. Leitura rápida que recomendo.
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preta velha 28/12/2023

A unimultiplicidade étnica
Este é o terceiro livro e o primeiro de poesia da escritora, professora, pesquisadora e contadora de histórias ana paula campos, que é negroindígena com ascendência cigana da etnia calon.

antes de abri-lo, seu título me conquistou, por ser a materialização de um dos sentimentos mais sublimes que existe; ele é composto por quarenta e um poemas em versos livres, que tematizam, dentre outros, as emoções, o sagrado, memórias ancestrais, relações familiares, o não-lugar dos multiétnicos, masculinidade e estética negras, afetos e desrespeito à cultura e genocídio dos povos originários; alguns deles têm a tradução em inglês e outros em espanhol.

a abordagem da exclusão social que os pluriétnicos vivenciam é interessante, pois é algo que não é amplamente discutido, e o pertencimento e a representatividade dessas pessoas são colocadas de uma maneira menos lacerante, o que só a arte é capaz de proporcionar; a inclusão também está presente através da linguagem neutra.

outra característica atraente do livro é que os poemas não são intitulados, o que acontece no sumário, estimulando a imaginação de quem os lê.

o que mais me chamou atenção foi a diversidade contida na obra, que além das várias temáticas, traz outras linguagens: um bilhete da edite nogueira campos, uma música - tu na minha vida - do zeferino campos, respectivamente mãe e avô da escritora; desenhos; epígrafes; fotos do seu acervo pessoal e poemas a um só tempo discursivos e visuais.

a inserção de músicas que inspiram foi uma sacada genial da autora e é importante para o leitor entender um pouco o seu processo criativo e o espaço denominado "para expressar o sentir", torna-o cocriador do livro.

se há a possibilidade de categorizar este livro é como uma literatura de denúncia.

campos é autora ainda de 'crônicas para acordar a casa-grande' e 'forjadas na dor' e tem contos e crônicas em antologias nacionais.

recomendo demais.
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