Patos - Dois anos nos campos de petróleo

Patos - Dois anos nos campos de petróleo Kate Beaton




Resenhas - Patos - Dois anos nos campos de petróleo


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Guilherme Hosken 02/05/2024

Um relato autobiográfico da autora sobre os anos em que trabalhou nos campos.
É um relato honesto, onde a autora relata os assédios sexuais que sofreu nos campos de extração, um mundo majoritariamente masculino.
O livro mostra o comportamento tóxico que os homens exibem nestes campos.
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Felipe HQs e Mais 07/04/2024

Tristes experiências
Pode um ambiente de trabalho mudar o seu comportamento? O isolamento do restante da sociedade serve como desculpa para atitudes deploráveis?

A premiada HQ 'Patos - Dois Anos nos Campos de Petróleo', de Kate Beaton, a leitura da vez da Semana Volta ao Mundo, tece boas teorias a respeito disso.

Canadense, a autora relata sua experiência nos campos de extração de petróleo em seu país, nas chamadas 'areias betuminosas'. Precisando pagar seu financiamento de estudos, Kate trabalha por dois anos longe de sua formação em ambientes inóspitos.

Graduada em Artes e Humanidades, a jovem Beaton, 21 anos, se vê junto a inúmeros habitantes que também deixaram sonhos e famílias pra trás em busca de um emprego.

Lá, ela se vê rodeada de homens, numa proporção de 50 para cada mulher, e enfrenta a dura realidade de assédio e misoginia no local de trabalho. Apesar disso, ela também se vê rodeada - em proporção menor - de pessoas cuidadosas, daquelas que são receptivas aos mais jovens no mercado de trabalho. Eu tive inúmeros exemplos de pessoas assim em mais de 30 anos trabalhando, creio que você que está lendo agora também se lembra com carinho de pessoas assim.

Mas o afastamento natural dos campos extração traz suas consequências. Depressão, abuso de bebidas e drogas, crises de ansiedade e, claro, atitudes descabidas de pessoas que usam o isolamento como pretexto para ações erradas. Como o abuso sexual.

Kate foi muito corajosa em nos contar seus traumas e suas experiências sobre esses assuntos em 'Patos'. Dona de um traço bastante cartunesco, Beaton foi certeira ao retratar os abusos devastadores daqueles dois anos em páginas bastante singulares e tristes.

Com tradução de Caroline Chang e publicada pela WMF Martins Fontes, 'Patos' foi uma ótima leitura. Lembrou-me muito outra obra também sobre mercado de trabalho, e também de um canadense, 'Crônicas da Juventude', de Guy Delisle, da editora Zarabatana. Tanto lá quanto aqui, as experiências dos autores nos levam de volta aos períodos em que nós, que já passaram dos 40, começaram a trabalhar. Nessa jornada coletamos ótimos exemplos de chefes e colegas, amizades duradouras, amores de uma vida... Mas também conhecemos o outro lado da virtude humana, com ganância, mesquinhez e, claro - mas infelizmente - os abusos psicólogos e morais. E Beaton foi de uma coragem exemplar em nos contar, no meio de sua corajosa saga de como se sacrificar para pagar sua dívida de estudos, como enfrentou e lidou com o abuso sexual sofrido em terras petrolíferas. Ao mesmo tempo que 'Patos' te arranca sorrisos e gargalhadas, a HQ te puxa de volta pra realidade tanto comum e presente em nossa sociedade. Grata leitura!

Siga lá meu Instagram para ler esta e outras análises de quadrinhos: @hqsemais
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Odivany 11/03/2024

Patos
Em um trabalho autobiográfico, Kate Beaton explora um período de dois anos que viveu em um campo de petróleo no Canadá.
Temas como assédio e agressão sexual são tratados neste livro de forma clara e apresenta toda a complexidade do tema onde a vítima acaba se colocando em uma situação de culpada.
O desenho é simples e muitas vezes simples demais, embora o roteiro é muito bom e justifica os prêmios que recebeu.
Vale a leitura.
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Fausto 29/01/2024

Violações da indústria de um ponto de vista bem particular
A devastação causada pela indústria petrolífera observada a partir de um ponto de vista muito particular: o de uma jovem recém formada e sem perspectivas econômicas que resolve trabalhar em pequenas funções burocráticas, mas altamente massacrantes, nos campos de extração de petróleo no coração do Canadá. Enquanto o maquinário pesado dessa indústria provoca danos imensos aos povos originários e à natureza local, esse quadrinho em ritmo de diário se detém em observar o que se passa entre as paredes dos escritórios, com aqueles seres humanos que reproduzem ali dentro a mesma lógica de exploração e destruição: entre patrões e empregados e, principalmente, entre a imensa maioria de homens e as poucas mulheres, permanentemente assediadas e consumidas à exaustão. Tudo contado numa narrativa esperta, por um traço quase sempre cartunesco e cheio de sutilezas, mas que também se torna realista e quase documental quando necessário para retratar aquela realidade.
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Bruno Henrique 02/12/2023

Leitura bacana mas se torna cansativa. A narrativa parece mais um compilado de tiras do que efetivamente uma historia continua. De qualquer forma é um recorte interessante com um ponto de vista muito bem posto e importante de se acompanhar
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