ritita 27/10/2023Drama familiarAh, esses dramas familiares onde sempre cabe culpa me irritam profundamente, mas me agarrei à narrativa pela protagonista ter tido uma infância pautada em abusos físicos e ser muito jovem para ver se continuaria a aceitar a vida que não queria ter, ou que não queria ser.
Sofrimento parental em pessoas de ancestralidade extremamente conservadora é um mote para muitas narrativas, mas tendo nascido e vivido nos EUA, me foi estranho Yara sujeitar-se a um casamento de obediência servil e uma parentela que sempre lhe cobrava o que uma mulher tem que ser e fazer: dona de casa extremada, onde nem um fio de poeira pode aparecer, mãe 25 horas por dia e um marido chaaato dusinfernu, que não entendia suas reivindicações.
A moça sofre, viu? Não está bem com ninguém e em lugar algum, vive numa correria insana para atender às demandas da família, até que, como toda panela de pressão, um dia explode e decide tomar as rédeas da vida. Não é fácil, a moça tem medo que osfantasmas infantis que permearam sua vida, retornem e a levem ao caos.
Narrativa de situações muito repetitivas, mas com a intenção de mostrar o sensabor da vida de Yara.
Cansativo, mas bom de ler.