spoiler visualizar_Alicinhah 02/02/2024
Na falta de um diário, escrevo resenhas sobre experiências literárias que ressoam em mim. Edição de hoje: Caixinha sáfica, cidades pequenas e amores de verão.
Esse foi o primeiro conto que li da caixinha. Considerando que Ab Aeternum é um livro de contos. E preciso confessar que essa assinatura foi a melhor coisa que fiz esse ano.
Tenho um fraco por histórias que se passam em cidades pequenas, acredito que por morar em uma. E me identifiquei DEMAIS com malu no processo de precisar aprender a viver no interior após ter vivido sempre numa capital, mas, estranhamente, encontrar a liberdade de entender-se justamente nesse espaço que parece tão aprisionador para quem já é de lá (como Maya).
Todas as interações de família me deixaram pensando na minha própria família, no quanto cada um daqueles comentários e ações seriam, facilmente, algo que minha própria avó e mãe fariam.
Os momentos em que Malu se pega lembrando de si mesma, das suas amizades, do modo como interagia e se portava e percebe que gostar de mulheres sempre esteve ali me fez dar um sorrisinho frouxo de reconhecimento. Como foi bom me ver em algo.
Acho que um dos meus grandes sonhos, enquanto alguém criada a base de romances, é viver um amor de verão. Desses como o delas. Intenso e avassalador, ainda que não duradouro (não foi o caso mas enfim).
De modo que a junção cidade pequena e amor de verão me faz amar essa história.
Senti como se fosse em mim a angústia, a decepção, o engano... quando Maya chega pra se reconciliar, o alívio que me tomou fez sorrir, como se fosse a melhor notícia do mundo.
Foi gostoso demais ler tudo isso. Tô cada dia mais baldababy.