hulda.barros 06/12/2023
PERFEITO!
Eu me considero uma boa leitora, mas não uma boa escritora.
Escrever é uma arte, um talento.
Parece simples, pois de modo geral, qualquer pessoa alfabetizada escreve.
Escrever por escrever é corriqueiro, qualquer um faz.
A arte está em saber usar as palavras de uma forma que encante e deslumbre.
Como uma construção bem pensadinha e estruturadinha para colocar o leitor bem ali, no centro do furacão da narrativa.
É como um tecelão que fio a fio cria uma imagem viva com apenas linha, no caso, palavras.
Você lê essa arte e depois se propõe a comentar sem a desenvoltura apropriada que faça jus à obra.
É nesse disparate que me encontro.
Escrever minha impressão sobre o livro “O Cavalheiro Americano’ (prefiro não chamar de ‘avaliação’, pois quem sou eu para tanto).
Que seja.
Karina Heid faz arte e das melhores!
Primeiro, eu não consigo ler o livro na minha velocidade normal, mesmo estando cheia de curiosidade pelo desfecho. Não, eu leio como quem prova algo único, de sabor inigualável. Muitas vezes paro e reflito. Há frases que me encantam. Como e porque isso acontece, é pura magia do tecelão de palavras. Sim, porque em que pese ler outros mágicos autores não sinto assim.
Segundo, é um texto inteligente que aborda temáticas preciosas à humanidade como amor, respeito, empoderamento, ética, crescimento pessoal, evolução humana necessária, reflexão…e a oportunidade de construção de novos hábitos socioculturais no leitor. Quem ler um livro como este não pode deixar de refletir que é possível igualdade no tratamento entre todos e lutar por isso.
Terceiro, os personagens são perfeitos. Não entenda perfeitos como bonzinhos. Não, não, não. Você passa a conhecê-los, a percebê-los como gente, eu e você, nós mesmos. Até os canalhas você percebe como pessoas, que têm dias bons, outros ruins. Por vezes erram, outras acertam. Em suma, conhecemos suas personalidades. É mágico.
É possível prosseguir em quarto, quinto….
Dito ‘tudo’ isto, só me sobra recomendar a leitura do livro, afirmando que é PERFEITO, afinal o livro é o autor.