Estela a esta hora

Estela a esta hora Natália Zuccala




Resenhas - Estela a esta hora


8 encontrados | exibindo 1 a 8


Wivy.Lima 27/11/2023

A desumanização daqueles que cuidam da nossa saúde
Sou péssimo em ter ideias e ser crítico com alguma coisa. Procurei mais sobre esse livro, mas mal encontro - aliás, não encontro - alguém que fale dele e suas opiniões; logo, talvez acabe saindo alguma besteira que eu possa ter entendido errado e/ou ter passado despercebido.
A protagonista Estela é o pilar principal para o posicionamento da autora sobre a falta de empatia com o psicológico dos profissionais da saúde - no caso da obra, os médicos. Acredito - mas quem sou eu pra afirmar algo? - que essa crítica não foi tão bem desenvolvida por conta dos outros temas, também não desenvolvidos, que surgem no decorrer da estória que se ligam à Estela. Muita coisa foi jogada na estória e não foi promovido um desenrolar, o que me deixou um tanto frustrado (o fato de Estela ser residente e supostamente ter TDAH, a família curiosa de Estela e as cartas de Estela para Helena são alguns exemplos).
Recomendo a leitura pela experiência, mas acredito que o sentimento de que falta alguma coisa vai ser unânime no final.
comentários(0)comente



Lili 25/02/2024

Peguei o livro por recomendação da escritora Andrea Del Fuego, criadora da médica Cecília, a pediatra que odeia crianças. Já aqui temos a Estela, a médica residente de cirurgia, que nao curte pessoas também. É muito interessante esses paradoxos e como profissional da saúde, se perguntar por qual motivo, essas pessoas escolhem a medicina. Na minha vivência, me pergunto sempre, o porquê homens escolhem ser obstetras já que parecem tanto odiar mulheres. Estela é uma dessas personagens intrigantes, que a gente consegue relacionar com alguns conhecidos, mas também nos leva a refletir sobre como a forma como médicos são formados é adoecedora.
comentários(0)comente



Helder 18/06/2024

É possível viver sem atitude?
Estela, veio de uma família pobre, formou-se em medicina e no momento que a conhecemos, faz residência em um hospital junto a equipe de gastros.
Sua vida de resume ao trabalho no hospital, onde vive fazendo plantões insanos e o pequeno quarto da pensão onde mora, e vive estudando sobre o aparelho digestivo.
Com a família distante, Estela não tem amigos, mas se envolve com duas mulheres que moram na mesma pensão. Uma parece querer protegê-la. A outra, tem uma estranheza que atrai Estela, mesmo que ela não entenda o porquê.
E é isso.

Estela me lembrou um pouco de Macabéa, fala pouco, meio sonsa, mas diferente desta, Estela não me trouxe nenhuma sensação, pois é a típica pessoa sem vontades e sem atitude, com a qual eu não conseguiria conviver.
Queria muito ter curtido este livro, mas não rolou.
Uma história sobre nada.
Talvez uma das intenções da autora fosse mostrar um sistema hospitalar quase como um ambiente escravagista, mas para mim a impressão foi sempre que Estela não estava preparada para aquele rojão.
No fim, na minha opinião, o livro terminou como começou, e com a falta de atitude de Estela, tenho a impressão que seguirá igual até o fim dos tempos.
Uma pena.
comentários(0)comente



Tatá 28/11/2023

Estela a esta hora, de Natália Zuccala
Foi com muito entusiasmo que tomei o “Estela” (2023) nas mãos, ainda impactado pelo “Cheia”, que li em 2021.

Acompanho a escrita de Zuccala desde o texto para teatro “O gato, a Anã e o Gigante”, e também assisti ao espetáculo no Club Noir, creio que em 2010. E, com grande expectativa, estive no lançamento do livro de contos “Todo mundo quer ver o morto”, em 2017.

Estela, assim como os outros livros, pode parecer leitura fluída, mas é profunda. Quem lê pode facilmente se perder nos diálogos. É impressionante o prazer em voltar um tanto no texto até retomar ao ponto de onde a gente se perdeu. A autora provoca isso diversas vezes. E assim, vai ficando evidente a importância do conteúdo e não necessariamente de quem está falando.

Num dado momento, tomei um susto. A minha compreensão estava afetada por algo que eu não sabia explicar. Que nada, é o jeito contundente da escritora de nos colocar em contato com o pesadelo que a personagem principal estava tendo.

Aliás, entre as diversas habilidades da autora, causar estranheza ou identificação no leitor por aquilo que o texto não revela explicitamente é constante.

Outra coisa que me encanta no Estela são as expressões que saltam de repente, como: “Dois andares de estudantes empilhadas” ou “...me alimentei do constrangimento que sobrou no fundo da tigela” ou ainda “Pervertidos modernos, sua tara é penetrar dinheiro na conta alheia”.

Esse jeito de criar imagens surreais e tão significativas desabam o leitor para dentro da alma das personagens.

Enfim, mergulhe você também na literatura de Zuccala e descubra o prazer de viajar a esta ou a qualquer hora.
Tatá 02/03/2024minha estante
Em tempo: o título correto do texto para teatro é O pulo do Gato.




Cle.Damasceno 12/02/2024

Desrespeito com a classe da saúde
Uma descrição estereotipada dos médicos, como profissionais frios, onipotentes, sem princípios e escrúpulos. Onde os residentes são como crianças soltas no hospital, brincando de médico e tratando os pacientes como cobaias, sem supervisão nenhuma e ainda tendo seus erros encobertos pelos chefes.
E ainda retrata as enfermeiras como profissionais incompetentes e displicentes, que precisam ser vigiadas pelos médicos para não comprometerem os cuidados com os pacientes.
É ofensivo e injusto com os médicos e enfermeiros, que exercem a profissão com amor e dedicação, que vão além das limitações dos serviços públicos para cuidar dos seus pacientes.
Existem profissionais e pessoas ruins em todas as áreas, na saúde infelizmente não é diferente, porém na história não se salva um profissional sequer, todos são desumanos e estão lá tratando as pessoas como objetos.
Um desrespeito com toda classe da saúde, claramente escrito por alguém que nunca pisou em um hospital.
@wesleisalgado 02/03/2024minha estante
Só vim aqui pelo repost da própria autora dessa resenha no INSTAGRAM dela kk


Tatá 02/03/2024minha estante
Olá!

fiquei curioso para saber o que você acha do filme, obra ficcional, "Pobres Criaturas", que também tem um médico (filho de médico), que transplanta o cérebro de um bebê em sua mãe.

abraços




Kasimoes 20/02/2024

Estela
Residente e caipira. Medicina e sociedade. Excesso e cura.
Médico e o monstro. Paciente e hospital.
comentários(0)comente



Macabea0 22/11/2023

#leiazucala
Uma história muito bem escrita, desenvolvida, com personagens super envolventes !

Zucala dá aula de escrita, com uma prosa super poética e fatos que tecem uma vida desabrochando e que acaba no susto do soluço... O resto, a gente já sabe.... Rs

Leiam mulheres. Leiam autoras nacionais!
comentários(0)comente



Alinne.Spagnollo 17/03/2024

Fluxo de consciência
Para quem não gosta de fluxo de consciência, não recomendo a leitura. Isso foi a única coisa que gostei. A forma da escrita.
A história em si não trás nada de novo, ademais, Jó clube do livro que participamos, vários profissionais da saúde diz não ser assim que funciona a vida de um residente.
comentários(0)comente



8 encontrados | exibindo 1 a 8


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR