Mdu_S 24/04/2024
Ex-cunhadinha sem limites...
Segundo um google bem breve "Uma casa de rancor é um edifício construído ou substancialmente modificado para irritar os vizinhos ou qualquer parte com participações em terras. Como a ocupação de longo prazo não é o objetivo principal destas casas, elas frequentemente apresentam estruturas estranhas e pouco práticas."
Na história tem uma "spite house" ou casa de rancor, que foi construída há seculos quando três irmãos herdaram um terreno muito grande e, enquanto um deles estava na guerra, os outros dois cuz0es construíram suas casas enormes deixando um espaço pequeno demais entre elas que não caberia uma casa "vivível" NUNCA. Porém o terceiro irmão, ao voltar da guerra, ficou p da vida e "out of spite" (ou seja, DE PIRRAÇA) foi lá e fez uma casa mega estreita e incômoda entre as duas.
Anos se passaram e dois irmãos são donos das casas nas pontas, Jhonny é o dono da casa que divide parede com a casa de rancor (eu prefiro casa da pirraça kkkk) e Matthew é o dono da casa com entrada de frente pra dita cuja, divididas por um corredor estreito que mal cabe uma pessoa. Athena, noiva de Jhonny, resolve comprar a casa da pirraça como presente de casamento para seu futuro marido, pois o sonho dele era derrubar as paredes e aumentar sua própria casa. A querida só não esperava que o bananão ia cancelar o casamento deles... a mando do próprio irmão.
Sem casa (ela vendeu pra morar com ele), sem trabalho (a casa da pirraça é em outra cidade), a beira de um episódio depressivo e não querendo correr de volta pra casa dos pais pedindo arrego, Athena se muda pra casa da pirraça, sem nem imaginar que o embuste do ex-cunhado seria seu vizinho. Determinada a irritar o desquerido, ela faz pequenas picuinhas pra tirar a paz do doutorzinho, como todo dia de manhã entortar o número da casa dele, inscrever o endereço dele em esquemas de pirâmide de tuppower e tocar audiolivro de monster 🤬 #$%!& no volume máximo na janela de frente pra dele.
Como o inútil banana do ex-noivo ta aproveitando a viagem de lua de mel às custas do irmão, ela acaba sozinha nesse "sanduíche de irmãos Vine" com um pão só, e claro que ele é completamente fissurado por ela e pelo jeitinho dela, e o único motivo de ter feito o irmão desmarcar o casamento é por que ele conhece o eleitorado que tem (e que ele basicamente criou), e o cara é um bostinh@ de um encostado, além de um mimado de marca maior.
Eu não gostei desse livro tanto quanto dos outros livros dessa autora, principalmente devido ao começo beeeeeeeem devagar que ele tem, fica uma picuinha de cá uma confusão de lá e demora bastante pra ter um ritmo mais acelerado, mas mesmo assim eu gostei bastante da história, a protagonista é formada em psicologia, mas já trabalhou como professora, bibliotecária e outras coisas, super confusa e perdida na vida, ela não consegue ficar em empregos pois a monotonia de tudo causa um grande burnout nela, e olha... não é fácil dizer que s eidentifica com a querida. Eu tenho uma teoria de que ela é neurodivergente, em algum ponto, na minha cabeça possivelmente dentro do espectro... isso sem contar o grande episódio depressivo que ela teve em página (por favor, CUIDADO, fica aqui o aviso de gatilho), que diga se de passagem foi muito bem abordado, em nenhum momento o relacionamento que estava sendo desenvolvido entre ela e o Matthew foi usado como "cura" pra esse episódio depressivo, e ele foi um fofo super incentivando ela a ir pra terapia e oferecendo o suporte necessário que ela conseguia lidar no momento.
Apesar do começo lento, eu gostei do livro e eu adoro a escrita da Olivia. Admito que apesar do Jhonny ser um pamonha ele merecia um romance só dele, depois que ele der um jeito na vida dele óbvio, ninguém merece ser oficina de homem folgado... espero que esse livro que se passa nessa cidadezinha pacata se torne uma série de romances igual as outras trilogias da autora.