Contos Fantásticos

Contos Fantásticos Iginio Ugo Tarchetti




Resenhas - Contos Fantásticos


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Bruna Lima 17/12/2023

Para quem gosta de histórias góticas sempre é um ?prato cheio? ter o contato com obras tão significativas, e como sempre a editora arrasa na curadoria.

Algumas histórias são melhores que outras (umas inclusive, são monótonas, sem muitos acontecimentos), sendo possível ver claramente elementos que são típicos dessas histórias, algumas têm até um senso de humor.

Uma boa leitura.
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Ismael.Chaves 17/10/2023

Um importantíssimo resgate do gótico italiano
Ainda que a Itália sempre tenha tido uma tradição no fantástico - afinal, estamos falando do país que gerou "A Divina Comédia" (1320) de Dante Alighieri, o "Decameron" (1348-1353) de Giovanni Boccaccio e "Pentameron" (1634) de Giambattista Basile - e se tornado o principal cenário para alguns clássicos do gótico inglês, como "O Castelo de Otranto" (1764) de Horace Walpole e "Um Romance Siciliano" (1790) de Ann Radcliffe, a crítica literária italiana sempre ignorou a existência de romances e contos da tradição gótica e de horror no país. Assim como no Brasil, cuja tradição literária sempre privilegiou - de forma elitista - obras realistas e relegou autores e obras de cunho fantástico ou horrorífico ao esquecimento, ainda hoje pesquisadores e críticos italianos desconhecem (ou não reconhecem) a tradição gótica de seu país.

Contudo, havia um grupo de artistas, principalmente poetas e pintores, que ignoraram as fórmulas estabelecidas e experimentaram novas formas e estéticas, influenciados pelo sobrenatural e o monstruoso. Esse movimento, criado no Séc.XIX, ficou conhecido como Scapigliatura.

As editoras Ex Machina e Sebo Clepsidra uniram forças para resgatar e apresentar aos leitores brasileiros a coletânea "Contos Fantásticos" (1869), de Iginio Ugo Tarchetti, um dos maiores expoentes da literatura gótica e fantástica da Itália. A edição também reúne excelentes paratextos de Andreia Guerini, Karine Simoni e Julia Lobão e uma sessão de desenhos e poemas de diferentes artistas da Scapigliatura.

Em "Os Fatais", o leitor toma conhecimento de estranhas figuras que andam em meio a sociedade, e são responsáveis por grandes tragédias e a morte de pessoas próximas.
"As Lendas do Castelo Negro" explora o mistério de vidas passadas e a inevitabilidade do destino.
"A Letra U (Manuscrito de um louco)" poderia ter sido escrito por Poe e tem um destino trágico.
"Um osso de morto" é um conto clássico de fantasma e, por fim, "Um espírito numa framboeseira" é um dos mais diferentes e melhores contos sobre duplos que eu já conheci - especialmente pelo final.
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Helô Kleine 31/08/2023

Diferentoso
Esse livro me deixou com aquela vontade de quero mais.
Poderia ler fácil mais contos desse autor.

Os contos que mais gostei foram os dois últimos:
Um Osso de Morto (esse me tirou algumas boas risadas)
Um espirito numa framboeseira (adorei toda a ideia desse conto)

Achei bem interessante o conto "As lendas do Castelo Negro".

Os Fatais eu gostei, mas nada demais.
A Letra U eu achei que ia ser melhor, não funcionou pra mim. Mas tem seus momentos.

As poesias não me pegaram muito.

Gostei de saber sobre a Scapigliatura, que eu nunca tinha ouvido falar! :)
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Fabio Di Pietro 16/06/2023

Resgate
Edição belíssima que resgata um movimento que foi bem ignorado inclusive na própria Itália e que remonta à literatura gotica/romântica.
Os contos são bem interessantes com aquela pitada do sobrenatural e do insólito. Meu favorito foi o primeiro, os fatais.
Acompanha a edição uma aula de literatura e do movimento Scapigliatura.
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Maya 12/06/2023

Excelentes contos
Me surpreendi com os contos. Tirando o do U que não me pegou tanto, o restante amei demais, contos sombrios e até que divertidos e com um toque de humor (do meu ponto de vista) muito interessante.
Os poemas também não me pegaram, mas acho que é bem pessoal.
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Policaio 15/05/2023

O Gótico Italiano
Contos Fantásticos (1869) reúne cinco contos do autor Iginio Ugo Tarchetti. O autor pertencia ao movimento Scapigliatura, onde alguns escritores de espírito byroniano se opuseram ao padrão literário e artístico italiano (o clássico), buscando referências no movimento gótico e fantástico de outros países europeus.

O interessante é que o livro apresenta um excelente material extra acerca do movimento, inclusive no faz refletir que muitas coisas do gótico foram retiradas da cultura italiana, seja das arquiteturas góticas ou dos monstros de sua mitologia, inclusive o primeiro livro considerado gótico, O Castelo de Otranto (1764), se passa na Itália. Logo, somos questionados: por que a literatura gótica italiana é pouco expressiva em relação à França, Inglaterra e Alemanha?

Tarchetti é um ótimo resgate da vertente e um dos principais representantes do gênero na Itália. Sua escrita e imaginação nos faz lembrar de muitas histórias de Poe e Hoffmann.
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Luciana Fátima 15/10/2022

Breves impressões
Assim que este livro chegou, já comecei a ler. Eu estava bem curiosa e devorei suas páginas num fim de semana. Ele aborda um assunto até então desconhecido para mim: a Scapigliatura, isto é, um movimento artístico-literário ativo na Lombardia e no Piemonte entre 1860-80, após a unificação política italiana. Os scapigliati seriam descabelados ou desgrenhados: um grupo de jovens que viviam de modo anticonvencional e desordenado. Entre esses autores está Iginio Ugo Tarchetti, que escreveu os contos fantásticos desta edição.

Foi uma leitura bastante intensa porque, apesar dos temas insólitos, me despertou reflexões profundas sobre várias coisas que já estavam voejando em minha mente há tempos. Um trechinho interessante:

Existem realmente seres destinados a exercer uma influência sinistra sobre os homens e sobre as coisas que os circundam? É uma verdade da qual somos testemunhas todo dia, mas que a nossa razão friamente positiva acostumada a não aceitar senão os fatos que recaem sob o domínio dos nossos sentidos, reluta sempre em admitir.

Outro assunto sobre o qual eu penso muuuito mesmo:
Falei do sonho. E o que é o sono? Estamos nós bem certos de que a vida do sono não seja uma vida à parte, uma existência destacada da existência da vigília? O que se faz de nós naquele estado? Quem sabe dizê-lo? Os eventos aos quais assistimos, ou de que tomamos parte no sono, não seriam eles reais?

Haveria muitos outros trechos dignos de serem destacados, mas não desejo me estender. Um destaque especial para os poemas, que são sensacionais! Leitura recomendada!!
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