kah 30/12/2023
Filha do Mar
Filha do Mar é o segundo livro da trilogia Mar Interno, sendo sequência de Maré de Mentiras.
Vou tentar escrever uma resenha que não tenha spoilers, nem mesmo do primeiro livro.
Os acontecimentos desse livro iniciam logo depois do primeiro, então não temos uma quebra de tempo, o que é muito bom!
Um ponto que eu realmente gosto nos livros é o tempo perfeito em que as coisas acontecem, sem ser rápido ou lento demais. Puxando isso, sabemos que com o final de Maré, Anabela acaba entrando em apuros, e isso é rapidamente explicado no início desse livro junto com o Theo ja chegando no destino da sua próxima missão. Inicialmente, não temos nenhuma notícia do Asil.
Todo o tempo em que temos os pontos de vista intercalados entre a Ana e o Theo, conseguimos respostas para muitas perguntas que ficaram ao longo do primeiro livro.
Um ponto MUITO importante, é falar o quanto durante esse tempo o Theo se aventurou em coisas que ele jamais imaginava se meter e no quanto ele aprendeu (sofrendo, tadinho) a lidar com a realidade da situação, e como isso acaba fortalencendo o desejo dele de entrar na Ordem, uma decisão importante.
A Ana também não fica atrás, ela reune informações e entra nos sentimentos ruins quando vivencia algumas coisas, também tendo outra visão da realidade. O sentimento dela de não-pertencimento a uma causa em algumas situações é bem triste, ainda mais de uma pessoa com a personalidade dela, que é leal a quem deve e não foge dos próprios problemas (igual o pai ein).
Durante o tempo dos dois, acompanhamos também a evolução dos problemas exteriores na política das cidades, e acompanhamos os desfechos dos dois lados da moeda, Valmeron e Qsay.
Até a metade do livro é isso que vivenciamos: descobertas, sentimentos e muitas mudanças.
Do meio pro fim é quando nosso querido Asil aparece, também em um momento muito triste. Descobrir esse detalhe importante e apagado do Asil consegue esclarecer algumas coisas sobre ele, principalmente seus pensamentos sobre seu passado e sobre o guerreiro que ele foi.
Reunido com essa pessoa e entendendo tudo o que realmente está acontecendo, acredito que será extremamente importante daqui pra frente, principalmente durante as batalhas.
Em exatos 85% do livro é confirmado algo que eu ja esperava, e esse é o gancho que vai dar entrada ao verdadeiro desespero no terceiro livro. Daqui pra frente, todos os personagens sabem o que está acontecendo e sabem o que precisam fazer, restando somente a ação final.
Do meio pro fim, é isso: Os personagens fazendo o que for necessário para estar em seus devidos lugares, e também vemos a situação política e o ápice do problema chegando. No terceiro livro, quando os dois pontos se fundirem totalmente, vai pegar fogo.
Uma coisa que eu não lembro de ter falado antes, é o quanto eu gosto de como o livro tem um tempo perfeito. Ao longo dos capítulos podemos ver meses se passando e isso não atrapalha, porque é tudo extremamente bem escrito e colado de forma certa, encaixando todo esse tempo exatamente a realidade.
No mais, é isso. O livro é exatamente como o autor disse: desenvolvimento. Para absolutamente tudo: personagens, economia, política, história e problemas.
Obs: Aquele fim foi o MEU fim, pior que o de Maré (unicamente porque a pessoa responsável é 10x pior)