Resenhas - Mikaia

Atila Jr. 20/11/2022

Um Espetáculo em palavras
Estava curioso para ler algo desta Autora que acompanho nas redes sociais e “Mikaia” já chegou premiado, então foi a escolha óbvia e acertada. As altas expectativas criadas foram atendidas e em alguns momentos superadas, a escrita é clara e poética com muito espaço para reflexões (fiz dezenas de marcações), a história é cativante e sensível mesmo sendo tão “brutal” em muitos momentos, e também gostei muito de conhecer mais sobre a cultura de Moçambique (apenas senti falta de algum aviso sobre o glossário no fim do livro que só percebi ao término da leitura kkk). Recomendadíssimo!

Nat 30/01/2024

>>pilha de leitura da Nat<<
Comecei a ler o livro por conta de indicação bem vaga sobre ele, e me encantei! A protagonista, Mikaia, perde a memória. A partir disso, a trama foi por um caminho que eu nem desconfiava. Muito bem escrito, com pontos relevantes. Recomendo muito!

Paloma 12/12/2023

Muito bom!
A tragédia que marca a vida dessa família não consegue impedir sua reconstrução e a poesia e beleza de suas relações, tão belamente descritas pela autora.

dora79 21/01/2023

um livro bem devorador
apesar de ser escrito por uma sulista branca eu achei um livro bastante foda sobre violência, trauma e como lidar com um trauma ao mesmo tempo q fala de construção de cultura e identidade. muito muito foda, com elementos representativos de moçambique (já q autora viveu lá) e achei uma belíssima homenagem

Thams3 19/09/2023

O poder do chamado da ancestralidade
Mikaia vai contar a história de uma jovem bailarina que na infância migra de Moçambique para o Brasil, no intuito de fugir da guerra junto a sua irmã e avó. Mikaia sabe de suas origens, mas não tem lembranças de seu passado, até que em uma de suas apresentações de balé acaba por sofrer um novo apagão de memória, mas dessa vez esquecendo de sua vida atual, e tendo lapsos de sua infância em Moçambique. Porém, sua avó e irmã não parecem dispostas a ajudarem a desvendar o mistério que reside no que de fato as fizeram migrar e o que teria acontecido a seus pais. Então Mikaia decide descobrir através de seus próprios passos seguindo inegavelmente um chamado ancestral.

Achei uma história bem forte e com muito potencial. Tem trechos belíssimos e delicados, extremamente tocantes. No entanto, tem outros trechos que parecem querer forçar essa beleza, gerar frases de efeito impactante. Isso acaba sendo um pouco enfadonho, então vez ou outra perdia a paciência. Parece que dá pra sentir quando um trecho bonito fluiu com a construção da história e quando um trecho ficou sendo refeito e mexido intencionalmente pra esse intuito. Um livro não precisa ter uma frase bonita de efeito a cada página, a simplicidade é tocante, até mesmo a tristeza, o cotidiano, inclusive os horrores de uma guerra. Nem tudo precisa ficar sendo enfeitado, foi o motivo principal por eu não dar uma nota mais alta. Também não acho que o que aconteceu no passado é suficiente pra sustentar a carga tão grande de suspense e mistério que é reforçada em todo capítulo. E aqui não estou falando da omissão da irmã e da avó, pois elas possuem seus motivos, mas estamos falando de um cenário de guerra, os acontecimentos podem facilmente ser imaginados, então a alta expectativa e tensão que fica sendo reiterada é um pouco demais do meu ponto de vista.

Pâm 25/03/2024

Mikaia
De início essa leitura nos surpreende por começar com um problema intenso. A perda de memória da protagonista. Ainda assim, razoavelmente Mikaia, consegue superar a situação imediata. Logo somos surpreendidos em muitos momentos com o ritmo do qual ela conduz sua busca pela memória, pelos fatos, lembranças e necessidade de se conhecer. Outras mulheres pertencem a esse contexto, desvelando uma possibilidade maior de experiências e vivências femininas. Outro enfoque importante é o contexto social e histórico, situado em Moçambique e no Brasil. Moçambique, local de origem de Miakaia é o espaço do conflito e da sua busca de identidade. Uma mulher em busca de lembrar o que outras mulheres desejam esquece, protagoniza o discurso da mulher na guerra moçambicana e no mundo (Brasil).

voandocomlivros 29/03/2023

✨ "Posso não saber meu nome, mas tenho uma certeza na qual me agarrar: sou uma bailarina."


É assim que somos introduzidos a narrativa de "Mikaia", conhecemos uma bailarina que flutua delicadamente pelas primeiras páginas. Uma bailarina que não lembra nem do próprio nome, mas seu corpo a faz lembrar de toda a coreografia que precisa dançar.


✨ "Uma gota do oceano nunca será uma coisa fraturada. A água salgada não perde seu caráter de oceano só porque alguém lhe colocou em uma vasilha. Tampouco existem remendos para a água que volta ao mar. Quero me fazer oceano."


Em um primeiro momento, podemos achar que essa narrativa é silenciosa, mas não, pelo contrário, ela grita! Precisamos escutar Mikaia, sentir com o ritmo do coração e o balanço do corpo.


✨ "Danço porque a coreografia mora no meu corpo. Porque a música não me pede passaporte, não me pergunta por minha nacionalidade, não me trata como quem pisa em ovos para não ativar um gatilho escondido que me faça esquecer de tudo para sempre. Danço porque tudo o que preciso é me entregar para o som do piano, para meu corpo e meu movimentos..."


Mikaia é o nome da nossa protagonista. Ela busca recuperar sua memória com um mergulho no passado. Voltar às origens, revisitar seu país natal: Moçambique, e relembrar a infância são suas ferramentas para se redescobrir. Quem é Mikaia? E o quão dolorosa é essa vida que tinha sido apagado?


✨ "Talvez eu precise aprender uma língua nova para traduzir quem sou."


Mikaia vive o impasse de se sentir brasileira e reaprender a ser moçambicana. Assim como a protagonista oscila entre suas identidades, a narrativa também brinca entre variantes do português brasileiro e moçambicano, e sua língua materna, o emakhuwa.


✨ "Ser mulher é ter medo."


A autora tem uma escrita quase lírica, equilibrando a história pungente de Mikaia. Enquanto Mikaia luta por suas lembranças, sua irmã, Simi, se agarra ao presente e as memórias que ela mesma criou como proteção de um trama antigo. Shaina, a avó de Mikaia e Simi, prefere o silêncio. Cada uma lida com o passado do seu jeito, mas ele cobra seu preço, e não é barato.


✨ "Viver a guerra é fazer com que a vida seja maior do que a morte."


Movimentos temáticos como corpo, importância do passado, identidade cultural, guerra, violência contra a mulher, migração, família... transformam o livro inteiro em uma dança linda e melancólica.


✨ "Chorar é o movimento instintivo das partidas."


✨ Todos têm a minha cor, os meus traços. Onde sou tão diferente?"

site: https://www.voandocomlivros.com/post/mikaia-resenha

gabriela 18/06/2023

Surreal.
270 pgs de pura perfeição, fazia muitoooo tempo que um livro não me prendia como esse me prendeu. Mikaia é sobre lembrança, e muito além disso, é sobre esquecimento. A leitura te embebeda com descrições que tiram seu fôlego, além de personagens super bem construídos. Foi um privilégio ter conversado com a escritora e ter conhecido um pouco mais sobre esse universo maravilhoso!

Isadora Silva 10/08/2023

Memórias, corpo e dança
Nesse livro nós conhecemos Mikaia, uma bailarina negra que perde a memória minutos antes de uma grande apresentação. Com o corpo que lembra e uma mente que esquece, ela começa a buscar esse passado esquecido. Mikaia, sua irmã, Simi, e sua avó, são mulheres negras e sobreviventes da guerra de Moçambique, cada uma com seus traumas e medos, mas Mikaia é a única que não lembra os porquês. Na busca por respostas ela vai descobrindo coisas que era melhor esquecer.

O livro conta com variados pontos de vista e um jogo de memórias brilhante que não se perde ao longo da narrativa, mostrando o brilhantismo da autora. A história é boa, mas me causou certo incômodo a quantidade de sofrimento enfrentado pelas personagens negras. O livro poderia ter um aviso de gatilhos porque não é uma narrativa fácil de encarar.

Esse livro me pegou pela sinopse, fui com alguns receios com a representação, mas fui. A história é fluída, bem escrita e imersiva.

Julia4889 29/11/2023

Bom
Demorei para engatar na leitura, mas depois eu não consegui parar de ler até descobrir tudo sobre a mikaia

Lore 07/08/2023

Mikaia é um daqueles livros que te absorvem, engolem e te marcam. O luto, o trauma e o vazio permeiam toda narrativa, confesso que quando comecei não imaginei o caminho que o livro ia se enveredar. Gostei bastante da narrativa e do enredo mas se deve tomar cuidado com os gatilhos (são bem pesados) diria que um erro foi não ter colocado um aviso de gatilhos.

Christiane.Sérgio 05/10/2023

Mikaia...

Quão angustiate deve ser, de repente, você não reconhecer as pessoas próximas e sua vida atual.

Esta aflição aconteceu com Mikaia, em plena estréia do seu grupo de balé.

Mas como saber quem é de verdade se sua irmã e sua avó não contam o porquê deste apagar de memória e, pior ainda, pela segunda vez!?

Para resgatar seu passado, ela volta para sua cidade natal, na África, em busca de respostas.

Mikaia é um livro tocante, extremamente lindo!

pi 22/10/2023

Livro 30 de 2023
Mais uma leitura indicada pelo clube de leitura do sesc. Fiquei envolvida desde as primeiras páginas e gostei dos diversos pontos de vida.

Helen247 16/11/2023

Espetacular
"Mikaia" é uma história sobre uma bailarina que perde a memória e precisa descobrir quem ela é. Mas muito mais do que isso, é uma história sobre ancestralidade, sobre os laços que ligam as gerações, sobre as tragédias que ligam um povo.

luizybr 18/11/2023

Pense em uma escrita rica e sensível aaa
Eu gostei bastante do livro, me deixou muito ansiosa e eu queria terminar logo pra saber o que ia acontecer e quando chegou ao fim eu quis mais