João Faria 03/02/2024
Realidade, desabafo e relatos... Uma interpretação pessoal
Um relato verdadeiro, um desabafo constante e uma realidade presente na vida de todos os leitores e futuros leitores, e especialmente, na dos poetas! Assim podemos iniciar essa contextualização da obra “No Calor da Alma”, de Karla Viviane Macedo, que surpreende muito mais do que pela veracidade quase tangível, mas principalmente, pelo fator de tocar no ponto em que muitos ficam sensíveis, o sentimentalismo.
Temos dentro desse panorama algo que chama bastante a atenção, que é como os poemas se dirigem de forma direta e passional, dois pontos importantes ainda mais se tratando de poesia, logo, dessa forma a obra vai discorrendo em uma espiral cada vez mais profunda, entre idas e vindas, das quais a maior parte com certeza reage de forma intrínseca, seja no leitor, seja nas linhas construídas e até mesmo na forma de pensar sobre pontos, pra muitos triviais, mas que na verdade, deveriam constituir e possuir uma atenção bem maior que a que costumamos reservar.
Afinal, o que temos aqui sobre uma prenuncia mais que antecipada, além de um olhar hiper focado em outro “olhar”, os mesmos olhares com os quais nos deparamos todos os dias, e dificilmente nos damos conta da lisura ou intenção dos mesmos, também tem a questão da abordagem da luta constante contra o que não controlamos, com foco no “tempo”, o grande inimigo de muitas tratativas dentro da jornada da maioria esmagadora dos indivíduos, ou é tarde demais para algo ou é cedo demais. A visão sobre si mesmo, fica também bastante em voga, aquele quadro imaginário, que pintamos sobre nossa própria perspectiva daquilo que imaginamos ser, e no final das contas pode ser extremamente diferente. Retratando de diversas maneiras nessa obra, encontramos um lembrete das mazelas estruturais, sociais e emocionais, num país tão maltratado por diversos fatores, sempre há uma busca bem mais voraz por uma gratificação que possa preencher uma batalha interna. Lixo vira arte, amor vira Poesia 💙