Julia

Julia Sandra Newman




Resenhas - Julia


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Alan kleber 04/05/2024

Não havia escolhas, apenas era preciso viver como se houvesse.

"Novilíngua", é o vocabulário pelo qual os personagens da história se comunicam. Trata-se de um linguajar todo modulado por palavras que podem e que não podem ser ditas.
Foi uma descrição profética acerca do que se tornaria o mundo atual.

Nesta recriação ousada de "1984", Sandra Newman nos conduz por uma jornada envolvente através dos olhos de Julia Worthing, uma figura até então periférica no romance original de Orwell. Ao adentrar as entranhas sombrias da Oceania, somos apresentados a uma Julia complexa e cativante, cuja busca pela verdade e liberdade desafia as normas implacáveis do Partido INGSOC. Trabalhando como mecânica no Departamento de Ficção do Ministério da Verdade, Julia é uma mestra em navegar pelas intricadas teias de vigilância e controle do regime totalitário. No entanto, quando um bilhete clandestino de Winston Smith penetra em seu mundo, ela se vê mergulhada em uma espiral de intrigas que ameaça sua própria existência. À medida que a trama se desenrola, testemunhamos reviravoltas surpreendentes que revelam camadas profundas não apenas da protagonista, mas também de outros personagens familiares do universo orwelliano. A escrita perspicaz de Newman nos transporta para dentro desta distopia familiar, oferecendo uma perspectiva única e provocativa sobre os temas atemporais de poder, controle e resistência. E convidando-nos a refletir sobre o valor da liberdade em um mundo onde a verdade é uma mercadoria rara.
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Z Mario 23/04/2024

O outro lado da moeda ?
Nunca li 1984 e não me arrependo de ter lido Júlia sem conhecer a história original. Júlia poderia muito bem ser a história original, mas é interessante ver que ela foi feita como um segundo ponto de vista, ainda mais um ponto de vista feminino, pra que a gente (principalmente homens) enxergue o quanto de uma história pode ser omitida quando é contada do ponto de vista de um homem em uma situação distópica completamente absurda e criminosa!

Júlia é denso, é sério, é forte e até pesado em muitos momentos. Ele demora pra engatar, mas acho que é porque ele está inserindo você lentamente naquele universo pra quando você perceber, já vai estar coberto por essa história e vai ter que chegar até o fim pra saber o desfecho.

Acabei o livro e fiquei ????? CADÊ O FINAL ???? Eu queria mais, queria saber o quanto a personagem ainda poderia mudar as coisas ou se apenas teria que agir como se tivesse escolhas, mesmo não tendo. Enfim, não é uma leitura para qualquer um então se começar a ler, assuma até o fim porque vale a pena!
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Patricia 22/04/2024

Julia é uma personagem forte, independente e inteligente em um mundo marcado pela opressão e pelo machismo.
1984 é um dos grandes clássicos e Julia presta uma homenagem a ele.
Nesta obra somos conduzidos ao pensamento da protagonista feminina do livro de Owen. Seus desejos, suas angústias e suas frustrações são desnudados diante de nós.
Gostei do livro, apenas me frustrei com alguns detalhes que me fizeram não amar essa obra.
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Tiago 15/04/2024

Em Julia, a gente acompanha o outro lado de 1984 ? o lado da Julia, que é o título do livro, pegaram? Ela trabalha no Departamento de Ficção, onde os livros são escritos através de máquinas, com plots já pré-definidos, e a Julia trabalha consertando essas máquinas. O mais interessante é que é exatamente isso que a autora tá fazendo aqui ? modificando uma ficção clássica e trazendo à tona toda a misoginia que a gente pode encontrar no universo criado pelo George Orwell. A gente acompanha as partes da história que a gente já conhece (o livro se inicia antes do início de 1984), mas o legal desse livro são as partes e os personagens que a gente ainda não conhece!

Principalmente por ser homem, essa foi uma leitura muito rica pra mim e me fez pensar sobre várias questões da luta feminista!
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Dilso 02/04/2024

UM OUTRO PONTO VISTA...
Para quem já se angustiou lendo "1984", de George Orwell, também vai se angustiar com esse outro lado da distopia. Neste, temos o ponto de vista de Julia (Julia, aos esquecidos, era amante de Winston Smith, em "1984")... Com idiossincrasias femininas, a autora, em terceira pessoa, vai desenhando lugares, dificuldades e inquietações naquele universo ditatorial e decadente de um mundo assombrado pelos olhos do Grande Irmão, o Big Brother. Deve ter dado um trabalhão danado para recriar tudo sob o olhar, agora, de outra/de uma protagonista... Mas creio que valeu a pena. Adorei. Tanto que não consegui desgrudar, não consegui parar de ler.
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