Resenhas - O que aprendi sobre a felicidade com meu vizinho de 102 anos

Ana Claudia 16/04/2024

Charlie é um senhorzinho que viveu até seus 109 anos. O autor, David Von Drehle, o conheceu aos 102 anos enquanto lavava o carro da sua namorada. Usava uma bengala que era um taco de golfe de cabeça para baixo. David se mudou com a sua família para uma cidade melhor e com melhor qualidade de vida e a escolha deles foi Kansas City, USA.

Em um dia em que ele estava em casa, viu pela janela Charlie lavando o carro e sempre que passava, Charlie o cumprimentava entusiasmado. O encontro deles foi aumentando e à medida em que Charlie conversava com David, ele contava fatos de sua vida desde criança até as mais recentes.

Charlie perdeu seu pai, que era pastor na igreja, de forma muito trágica quando ainda era criança. Sua mãe teve que criar os cinco filhos sozinha e com muitas dificuldades. O dinheiro era curto e, com 8 anos, Charlie já trabalhava para ajudar a mãe a colocar dinheiro em casa.

Logo depois, na adolescência, Charlie fez amizade com dois meninos da sua idade que propuseram viajar para Los Angeles. Com espírito aventureiro, Charlie e seus amigos viajaram em um Modelo T 1917 até LA sem mapas em mãos e dinheiro. Tiveram vários perrengues com o carro e sem ter onde dormir. Eles faziam bicos para poder ter o que comer no dia. Chegaram a trabalhar na lavoura por um tempo, mas a vida de trabalhar de sol a sol era desgastante e Charlie decidiu ir embora.

Na fase adulta, Charlie teve três casamentos com mulheres bem mais novas que ele, chegando a ter até 25 anos de diferença. Decidiu que seria médico ao conhecer um médico que era namorado de sua irmã. Charles serviu no exército e quando retornou ao seu trabalho, foi escolhido pelos seus superiores militares para aprender Anestesiologia. A partir daí, ele lutou com todas as suas forças para aprender e chegar aonde chegou.

Enquanto médico, ele narra alguns fatos que o marcaram, como uma cirurgia que fez em seu próprio pé e a transfusão de sangue que fez em si, sobre as dificuldades que seus primeiros pacientes tinham em pagá-lo e Charlie teve a ideia de fazer permutas.

Charlie foi um homem muito sábio que soube transformar as decepções da sua vida em oportunidades de crescimento. Ao longo de sua vida, vivenciou diversos acontecimentos históricos importantes de sua época; presenciou a evolução do carro modelo T para os carros fabricados e montados em montadoras. Os ensinamentos que ele viveu fez com que ele se adaptasse às mudanças e perseverou nas decepções e acontecimentos mais inesperados e devastadores de sua vida. O enredo traz também a história de Kansas City e isso foi bem legal de conhecer. A contextualização histórica do livro é muito boa. Este é um livro que traz lições de vida sobre resiliência e positividade.

Dayane| @portas_de_papel 25/04/2024

O que aprendi sobre a felicidade com meu vizinho de 102 anos
O que aprendi sobre felicidade com meu vizinho de 102 anos , é um livro reportagem publicado recentemente pela editora @editoravestigio , são 222 páginas de maravilhos insights sobre a vida .

Escrito pelo repórter David Von Drehle colunista do Washington Post se tornou Best Seller do New York Times.

David conheceu Charlie enquanto se mudava com sua família para uma residência em um bairro mais afastado da cidade , ele observou que do outro lado da rua havia um senhorzinho com um taco de golfe como bengala lavando um reluzente carro modelo Chrysler PT Cruiser Fanta uva , intrigado ele se dispôs a conversar com o simpático vizinho.

Charlie estava em boa forma lavando o carro da namorada aos 102 anos, admirado com a história de vida de alguém que vivenciou desde a invenção do rádio, do trem , o primeiro modelo da Ford até o último modelo do iPhone , ele não poderia deixar de fazer um registro já que Charlie seria uma das 3 pessoas mais longevas do mundo.

O livro é narrado em 3 pessoa por um narrador observador e o momento histórico situa-se desde a década de 20 aos dias atuais.

Mas ? afinal qual seria o segredo da longevidade de Charlie ? Sorte ? Uma genética boa ? Como ele mesmo dizia?

O segredo de Charlie não era nenhuma novidade , ele carregava consigo um conhecimento descoberto desde a Grécia antiga decodificado pelo imperador Marco Aurélio .

Charlie teve uma vida baseada no pensamento estoico, também conhecido como a arte de viver em paz . É um pensamento filosófico de aceitação daquilo que não podemos controlar , mantendo uma mente calma e racional projetando nossos esforços naquilo que podemos mudar .

Charlie aprendeu que ? A felicidade da vida está na qualidade de seus pensamentos ? e enfrentou a vida de peito aberto sem medo da impermanência.

@loop.literario 05/05/2024

O que aprendi sobre a felicidade com meu vizinho de 102 anos David Von Drehle - 2024 / 224 páginas - Vestígio
Uma leitura inspiradora.

A história começa com um encontro casual entre o autor e seu vizinho centenário, Charlie, que aos 102 anos ainda mantém um espírito vibrante e uma energia contagiante. A partir desse encontro, uma amizade profunda se desenvolve, e David aprende com Charlie lições valiosas sobre resiliência, sabedoria e a verdadeira essência da felicidade. Inspirado por essas lições e com uma fundamentação histórica meticulosa, conhecemos Charlie pelos olhos do David.

O que torna este livro tão especial é a maneira como o autor nos apresenta a vida de Charlie, um homem que viveu em tempos de grandes mudanças e desafios, mas que soube enfrentá-los com coragem e determinação. Através das experiências de Charlie, desde sua infância marcada por tragédias até suas aventuras épicas pelo mundo, somos inspirados a refletir sobre nossas próprias vidas e o que realmente importa.

A escrita do autor é envolvente e emotiva, capturando a essência única de Charlie e transmitindo suas lições de vida de forma tocante e autêntica. Ao mesmo tempo que nos leva a uma viagem pelo século XX, as descobertas, as guerras, a história dos EUA.

O livro é mais do que um relato sobre a vida de um homem notável; é um convite para uma reflexão profunda sobre como podemos encontrar significado e alegria em nossas próprias jornadas.

O livro conecta-se de forma profunda com a filosofia estóica ao explorar a jornada de vida de Charlie. Os estóicos ensinaram a importância de aceitar as adversidades da vida e cultivar a resiliência diante dos desafios, algo que Charlie personifica de maneira notável ao enfrentar as reviravoltas e tragédias ao longo de sua longa existência. Sua capacidade de prosperar mesmo em tempos de mudança dramática reflete os princípios estóicos de encontrar a felicidade internamente, independentemente das circunstâncias externas.

Uma leitura indispensável para aqueles que amam biografias com grandes punhados de história.

Gabs 29/02/2024

Livro leve, para curar ressaca literária. Que privilégio ter um vizinho de 102 anos e poder contar com sua sabedoria. Eu adoraria ter um :)

Carla.Parreira 28/02/2024

O que aprendi sobre a felicidade com meu vizinho de 102 anos (David Von Drehle). Melhores trechos: "...Os estoicos ensinavam que uma vida bem vivida requer uma compreensão profunda daquilo que controlamos e – mais difícil – de tudo que está além de nosso controle. Não determinamos nada além de nossas próprias ações e reações. De nossas escolhas deliberadas. Epiteto ensinou que uma verdadeira educação consiste em aprender a distinguir que existem algumas coisas que estão em nosso poder, mas outras não; em nosso poder estão a vontade e todos os atos que dependem da vontade... Mas se não conhecia segredos para uma vida longa, ele sabia muito sobre uma vida feliz. Em meio a tragédias e perdas, pobreza e contratempos, passos em falso e chances perdidas, manteve uma estabilidade, uma regularidade e uma autoconfiança que hoje em dia poderiam ser chamadas de resiliência. Tinha um dom para se apropriar da alegria, agarrando oportunidades e se prendendo a coisas que importam. E tinha uma aptidão incomum para uma tarefa ainda mais difícil: abrir mão de todo o resto... Abra mão e persista! À maneira de inúmeras grandes filosofias, esses opostos aparentes provam ser dois lados da mesma moeda. Para persistir com segurança nos propósitos bem definidos da sua própria vontade, você precisa abrir mão da ideia pretensiosa de que pode controlar pessoas, acontecimentos ou as variantes do destino. Não se pode mudar o que houve, nem controlar por inteiro aquilo que será, mas você pode escolher quem você é, o que defende e o que tentará realizar... Nossas histórias podem ser contadas em tom positivo ou negativo. Podemos remoer o fracasso ou a determinação. Podemos enfatizar reveses ou sucessos... A experiência nos molda. E nós moldamos nossas experiências transformando-as em nossas histórias de vida. Atribuímos significados a elas... Quer naveguemos para um novo continente, ou apenas viajemos de um dia para outro, estamos sempre nos dirigindo para o desconhecido... Estamos sempre por conta própria. Perguntamos, aprendemos, aceitamos conselhos e imitamos, mas, quando agimos, é nossa ação. Ainda que não estejamos por conta própria, poderíamos também pensar e nos comportar como se estivéssemos. Não estou falando em egoísmo, narcisismo ou alienação. Estou falando em agir como se fôssemos livres para fazer boas escolhas, e não más. Estamos por conta própria no sentido de termos poder para o sacrifício, para o amor e para o perdão... Tudo o que é adquirido será perdido O que sobe cairá Onde existe encontro, haverá separação O que nasce, com certeza morrerá A sabedoria universal nesse precioso planeta Terra – o único que conhecemos no qual vida, amor e alegria chegam a ser possíveis – é de que nada é permanente... Em vez de ficar paralisado por medo de uma verdade que ninguém pode mudar, o mais sensato é descobrir e fortalecer nossa identidade, alimentando uma personalidade que possamos confiar que seja digna, não importa o que aconteça a seguir. Uma identidade profunda. Uma identidade verdadeira... Não podemos controlar o amanhã: isso é realismo. Mas o otimismo nos ensina que podemos prestar atenção no amanhã, tentar entendê-lo e, quando chegar o momento, pular para agarrá-lo, talvez até para moldá-lo... Um expert é uma pessoa que cometeu todos os erros possíveis em um campo muito curto. Ou pense nisso da seguinte maneira: um guerreiro não é conhecido apenas pelos músculos e pela bravura, mas também pelas cicatrizes..."

Cris 26/04/2024

Histórias de um centenário
“Como Dickens escreveu sobre a França revolucionária - na verdade, sobre todos os lugares e todos os tempos -, os períodos de luz e os períodos de trevas eram tecidos juntos em um calendário eterno, no qual cada pessoa tinha o desafio de encontrar uma maneira honrosa de viver. Charlie apostou seu futuro na luz: ‘Se você for negativo, todo o seu corpo sofre. Uma pessoa negativa desmorona porque o alimento que é fornecido com otimismo não está presente’. Um otimista não nega as trevas. Otimistas como Charlie recusam-se a afundar nelas, se esconder nelas, se render a elas.” Pág. 104


Neste livro, o autor nos conta as memórias de seu vizinho e amigo Charlie, que faleceu com a impressionante idade de 109 anos.

David se mudou para uma cidade do Texas com sua família em busca de uma qualidade de vida melhor. Logo nos primeiros dias, ele conhece Charlie, na época, com 102 anos.

E assim começou uma amizade, em que David se impressionou com a disposição e vitalidade de Charlie, que morava sozinho e era muito independente.

O livro então, é uma biografia, em que conhecemos muito sobre a vida de um homem desconhecido, mas que teve uma vida impressionante. A cada passagem da vida de Charlie, o autor nos leva a refletir sobre o que temos a aprender com ele.

No começo do livro, achei as memórias de Charlie meio lentas, porque o autor traz um panorama histórico da vida nos EUA e no mundo nas épocas em que são narrados os eventos da vida de Charlie. Mas aos poucos, fui me sentindo cada vez mais interessada e impressionada com a sua história.

Charlie viveu num tempo em que não existia rádio, a penicilina ainda não tinha sido descoberta e ele vivenciou grandes períodos históricos como as Grandes Guerras e a Depressão econômica nos EUA. Ele se tornou um médico, e as partes mais interessantes do livro foram as narrativas de como era a prática da medicina na primeira metade do século XX.

O que mais me marcou neste livro foi a simplicidade de um homem que encarou muitos desafios e que enfrentou cada um deles com coragem e leveza.

"No entanto, Charlie parecia extrair tanto prazer ao se lembrar desses enganos, quanto ao se lembrar de seus triunfos. Para ele, erros podem conter virtudes. Eles mostram que estamos fazendo esforço, envolvendo-nos com a vida, ‘na arena’, como diz a frase famosa de Theodore Roosevelt. Outro presidente, Harry Truman, disse: ‘Uma ação imperfeita é melhor do que uma inação perfeita’. Existe uma importância em tomar decisões, certas ou erradas, e seguir em frente. Por outro lado, o perfeccionismo pode, por si mesmo, se tornar um inimigo da vida, paralisando-nos no lugar, enquanto o mundo segue sem nós.” Pág. 191


site: http://instagram.com/li_numlivro

michele-biblioteca 09/04/2024

Leitura leve e agradável!
David Von Drehle é colunista do The Washington Post e foi editor-geral na Time. Mestre em literatura inglesa pela University of Oxford, é autor de vários livros, incluindo o premiado bestseller "Triangle: The Fire That Changed America".
"O que aprendi sobre a felicidade com meu vizinho de 102 anos" (The book of Charlie), publicado em março desse ano pela Vestígio, nos apresenta ao Dr. Charlie White, que viveu uma vida extraordinariamente longa (109 anos) e de muitas realizações, especialmente na área médica. O autor, David von Drehle, foi seu vizinho e ouviu muitas das histórias sobre sua existência, que compilou nesta curta biografia. Charlie viveu uma vida regida por princípios básicos como resiliência e otimismo, sempre capaz de manter uma visão esperançosa sobre a vida, o que claramente encantou o autor, e também encanda os leitores. Além disso, Drehle mescla momentos da história norte-americana e estoicismo na pequena biografia. Trata-se de uma leitura leve e agradável, com mensagens positivas, para alegrar as horas de leitura. Me diverti acompanhando a vida de um homem tão interessante, enquanto o mundo se transformava. Recomendado.

lumefe 16/05/2024

Poderia ser melhor!
A vida de Charlie é maravilhosa. As mensagens que ele deixa, os ensinamentos.. ele viveu tantas coisas e tantas transformações que chega a ser difícil de acreditar. Mas a forma como a história dele foi contada me incomodou porque em alguns momentos ela parece ter ficado em segundo plano. A verdade é que eu esperava um livro de história e a escrita foi meio ?documentário?. As últimas 50 páginas são o ponto alto do livro e quando a história de Charlie fica realmente em evidência. Mas por tudo que ele nos ensina, vale a leitura!

Josafá 22/04/2024

Vale a experiência
Quando acabei de ler está narrativa , observei que o Charlie foi um grande sujeito que atravessou a vida com muita energia e amava cada minuto da vida