Marianne Freire 04/04/2024
Em uma prosa de atmosfera crua, a ?Ascensão do Titanic? apresenta um autor ávido por entregar uma obra com cortes incisivos de literatura contemporânea. Sentimentos de melancolia e alegria, com um consumo literário que excede seu tamanho e capacidade, os significados oníricos, uma ficção sólida em estrutura, que permite o leitor observar e absorver a esfera densa que é escrever em cima daquilo que existe e o que ainda não existe.
Como um livro de ?acústica ensurdecedora?, a presença do som como uma força capaz de reunir uma anatomia de desconcertos, e destacamos também a a ?escrita do absurdo? na obra, onde o horror e o medo desenham episódios corajosos, não estáticos, com uma natureza acesa de uma experimental literatura contemporânea.
?Ascensão do Titanic? revela a decadência de ruídos e assombrosidades, com um tom emocional e psicológico de arte narrativa, posicionamento, técnica, curiosidade por personagens tão reais e que são até oníricos, mas a âncora do seu drama contista, onde silêncio e o barulho literário são os motes para a construção de uma prosa ficcional reveladora, perspicaz e com moderna escrita literária em estado solucional no campo da prosa.
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