Luciana Dryer 21/05/2024Um tanto agridoceA tão aguardada continuação de Divinos Rivais, não me impactou tanto assim. Criei expectativas? Sim, pois o primeiro livro da duologia foi tão perfeito que imaginei uma continuação bombástica e o que encontrei foi algo morno.
Não desgostei da história, mas, para mim, boa parte do livro foi de muita morosidade e toda a emoção só apareceu nas páginas finais.
Adorei a forma com que a autora amarrou todas as pontas da história e nos entregou um final feliz (pelo menos isso!), entretanto algumas coisas não funcionaram para mim.
Dacre, com toda sua crueldade e manipulação acabou por se destacar na história, enquanto que Enva, a deusa justa e boazinha, não me ganhou, mal apareceu. O tempo todo me perguntei que deusa é essa que encanta os humanos para lutar por ela e não dá as caras na guerra? Que permite o massacre e a maldade de Dacre e não protege aqueles que lutam em seu nome?
Não engoli os motivos dela, nem mesmo seus sentimentos para não lutar contra Dacre.
A coragem e resiliência de Roman e Iris me encantou, o que salvou o livro foi o amor dos dois, as juras e promessas deles.
Eu esperava mais de Forrest, sei que a guerra muda as pessoas, e acredito que ele carregava um peso enorme por tudo que passou, mas foi um personagem que não teve seu potencial aproveitado. Ele poderia ter entregado muito mais. Sua morte foi totalmente desnecessária.
Enfim, de forma geral a trama e o enredo são maravilhosos, mas será que precisava de uma continuação, não poderia ser livro único?