Karini.Couto 12/06/2024
Aya tem apenas onze anos e o sonho de se tornar uma bailarina. Porém ela é uma refugiada da Síria junto com sua mãe e seu irmão, tendo como desconhecido o paradeiro do pai, pois se perderam durante a travessia para a Inglaterra, na busca de esperança por reconstruir suas vidas em um lugar que pudessem chamar de casa e se sentirem seguros.
A guerra deixa muitas marcas, seja nos adultos, nas crianças, e todo o horror da mesma também acaba devorando os sonhos daqueles que conseguem sobreviver. E ainda tem o pai de Aya que prometeu reencontrá-los. Para Aya, o balé havia ficado no passado, agora apenas a esperança de novos começos, sendo dedicada a sua família e torcendo para que não sejam deportados, para conseguirem um lar seguro, para o reencontro com o pai... Uma menina muito responsável e dedicada.
Em dado momento, ao escutar uma música, toda a emoção de suas aulas de balé e outras situações a atinge e nessa jornada, seremos inundados por um caminho de muita força, incertezas, resiliência, luta pela sobrevivência, dedicação, preconceito e tantos assuntos que essa obra trouxe à superfície que é impossível não se emocionar.
Essa capa é simplesmente linda, mas não se deixe enganar, pois por baixo dessa superfície temos um enredo tocante, e com uma proposta que nos faz para além das emoções, refletir sobre assuntos relevantes.
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