PRECISAMOS DE UM NOVO PARADIGMA EM PROTEÇÃO SOCIAL?:

PRECISAMOS DE UM NOVO PARADIGMA EM PROTEÇÃO SOCIAL?: Marcel Cervantes de Oliveira




Resenhas - PRECISAMOS DE UM NOVO PARADIGMA EM PROTEÇÃO SOCIAL?:


9 encontrados | exibindo 1 a 9


bibliotecadamalu 04/05/2024

Em "Precisamos de um novo paradigma em proteção social" nós somos apresentados a trajetória de Maria e sua família. Uma história entre tantas outras muito semelhantes que existem no nosso país. E o atendimento rotineiro em das umas muitas instituições que compõem a Rede de Proteção Social pode nos mostrar bem mais que uma história comum.

A obra faz uma análise decolonial de todas as nuances por trás de um atendimento rotineiro como esse. Somos colocados em uma posição reflexiva sobre a história do Brasil, e onde nasceu o verdadeiro problema. O estudo feito pelo autor destaca as definiçiencias da Rede de Proteção e propõe alternativas que possam realmente ajudar aos que necessitam disso. É a possibilidade de um novo mundo.

?? O autor trás diversos temas importantes na obra, e torna impossível para nós para refletirmos sobre a nossa história desde a colonização até os dias atuais. Somos apresentados ao que infelizmente, é a realidade de muitas famílias no Brasil. Indico essa obra para todos os tipos de leitores!
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Occult.MysticBooks 29/04/2024

Essencial
Acho que foium dos livros de maior impacto que ja li. Uma história que que a realidade de muitos e foi contada de formanda e crua, sem enrolar
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@epilogando_ 29/04/2024

Livro extremamente necessário
Esse livro nos faz refletir bastante, recomendo a todos que queiram ler um livro que tira da zona do conforto e nos faz ver a realidade. Foi minha primeira vez lendo algo do autor e gostei muito da escrita, é fluida e nos faz querer ler tudo até o final sem pausas.
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Ariadene 29/04/2024

O livro "Precisamos de um Novo Paradigma em Proteção Social? - Uma Análise na Perspectiva Decolonial" oferece uma narrativa poderosa e provocativa que mergulha nas complexidades das estruturas sociais e históricas do Brasil, abordando questões essenciais que afetam milhões de pessoas. Ao contar a história de Maria e sua família, o autor não apenas retrata uma realidade comum a muitos brasileiros, mas também conduz uma análise profunda que remonta aos tempos coloniais, destacando como essas injustiças persistem até os dias atuais. A abordagem decolonial e anticartesiana adotada no livro desafia os leitores a repensarem as políticas e práticas sociais existentes, propondo uma transformação rumo a uma Rede Decolonial de Proteção, Promoção e Emancipação Social. Embora possa causar desconforto e discordância em alguns pontos, a obra é uma leitura essencial para quem busca compreender as origens e os mecanismos que perpetuam a desigualdade e a exclusão social, ao mesmo tempo em que oferece insights valiosos para inspirar mudanças positivas em nossa sociedade.
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Henrique DM 23/04/2024

Gostaria que fosse mais uma resenha de ficção...
Eu gostaria de estar fazendo a resenha de mais um livro de ficção. Não pela qualidade ou preferência pessoal. Eu gosto do tema abordado pelo Marcel, e o livro é muito profundo, necessário e bem escrito. Mas eu gostaria que fosse ficção apenas porque é lastimável lembrar que ele aborda assuntos reais, que fazem parte do nosso cotidiano. Como o autor nos lembra de modo direto: “Sim, há milhões e milhões de brasileiros ainda escravizados em nossas milhares de zonas coloniais”.

A obra começa com impacto, de modo visceral, contando a história de Maria mulher preta, diarista e mãe de seis filhos, residente na periferia de São Paulo. Ela está recebendo a visita de um psicólogo e uma assistente social que trabalham no Núcleo de Proteção Jurídico e Social e Apoio Psicológico, conhecido por NPJ. Serviço esse incapaz de dar conta da demanda, pois deveria acompanhar 120 famílias, mas cuidava de quase 350, com outras 300 na fila. Maria mora numa casinha precária, com uma sala, cozinha e dois quartos, um deles minúsculo. Morava com sua mãe idosa e muito debilitada e 5 filhos, já que o mais velho estava na Fundação Casa. Outro filho havia abandonado a escola e estava ameaçado pelo tráfico local devido ao hábito de praticar furtos nas redondezas, além de ter sido diagnosticado com TDAH; e uma de suas filhas é diagnosticada com TEA. Nenhum deles ainda havia conseguido escolas adequadas para suas particularides. O pai dos três primeiros ficou muito tempo preso, até perecer num roubo a banco. E o pai dos demais agredia ela própria e seus primeiros filhos, precisou ser expulso de casa com o apoio dos homens do tráfico local. Muitas outras complexidades na situação, e infinitas burocracias para que conseguisse apoio, marcam a história de Maria.

Mas Maria está aqui retratada para simbolizar toda sua classe social. Esse livro é um verdadeiro estudo sociológico, e como tal, é perfeitamente bem contextualizado. Após essa imersão numa trajédia terrivelmente frequente do presente, o autor nos leva ao passado, às eras coloniais, na qual as potências européias tratavam humanos como meros ativos, financeiros, e desenha claramente os desdobramentos que mantiveram os oprimidos em seus lugares, mesmo após o fim das colônias no sentido literal. Essas colônias se metamorfoseram, mas mantiveram a estrutura social aristocrática, e é por isso que existem tantos milhões pessoas em condições tão precárias quanto Maria.

Esse livro é ideal para quem deseja não apenas solidariezar-se com os problemas sociais que ainda vigoram, mas entender suas origens e os mecanismos que perpetuam a opressão. Certamene enriquecerá a luta, até porque o autor não apenas tece críticas (inclusive ao Bolsonaro, fato que adorei) e destrincha o mecanismo do problema. Ele também oferece sugestões muito bem embasadas, apoiadas nas iniciativas que demonstram potencial de reverter o quadro. Leia e reflita no que pode colaborar para que essas propostas ganhem vida!


RITMO:

É um livro informativo, mas apesar disso, há preocupação em transmitir informações de um modo interessante, como evidencia o drama real logo no início. Também há inúmeras citações, trazendo mais vozes para o texto, conferindo dinamismo, após se acostumar com esse tipo de leitura. Além de agregar mais informações e referências para o leitor.


DESENVOLVIMENTO DOS PERSONAGENS:

Apesar de não ser o foco, a introdução é chocante, e os desafios de Maria e seus filhos é arrebatador. Deixa-nos sem chão, nos perguntando como é que aquela família ainda consegue prosseguir. Sua própria existência parece ser tanto um milagre quanto uma maldição para eles próprios, contudo, é impossível não torcer para que consigam sublimar seus problemas, que pelo menos uma daquelas criança consiga um futuro digno. E que cumprir o duro roteiro dos não privilegiados: consiga um mínimo de sucesso e possa vir ao resgate de sua mãe tão batalhadora, que fugiu do nordeste para se livrar de um pai agressivo e abusador, que vive com fome para dar de comer aos filhos e diariamente teme que sofram alguma tragédia.
Contudo, o real personagem é a classe social relagada à precariedade, abaixo da linha da pobreza em grande parte. Sua história é contada desde que foram arrancadas de suas terras ancestrais para servirem aos colonizadores brancos até os dias atuais.



AMBIENTAÇÃO:

Esse estudo se baseia nos dados brasileiros. O cenário inicial é São Paulo, mas a realidade descrita não se limita geograficamente, pois fala de toda uma camada social.
Contudo, apesar do foco do trabalho ser nossa realidade, é perfeitamente possível extrapolar o alcance para todos os miseráveis desse mundo, que compartilham problemas demasiadamente semelhantes.


CONFLITOS:

Temos a luta pela sobrevivência dos vulneráveis, vividamente retratada nos casos reais citados, mas o verdadeiro conflito é a necessária luta anticolonialista. O autor deixa claro que esse grande inimigo segue fazendo vítimas há séculos, quase sempre impunemente, e aparelha o estado com o único intuito de manter seus privilégios ilegítimos.
O leitor também enfrentará um certo conflito interno, pois é impossível ler todos esses relatos e conhecer mais a fundo o contexto atual e histórico sem sentir o sangue ferver e experimentar algum desejo de enfrentar esse sistema monstruoso.




CITAÇÕES FAVORITAS:

“Trata-se de casos em que nos deparamos com a insuficiência do Sistema de Garantias de Direitos, com famílias que possuem deficiências em diversos dos pilares responsáveis pela sustentação e manutenção de um possível - e distante - bem-estar cotidiano. Mudaram-se os nomes; a configuração familiar; os problemas enfrentados; a história apreentada; contudo o denominador comum da desigualdade e do constante risco social persistia. Sim: há muitas e muitas famílias que nunca tiveram outra experiência na vida, que não a da extrema vulnerabilidade..”

“Sim, há milhões e milhões de brasileiros ainda escravizados em nossas milhares de zonas coloniais”.
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Jojo 19/04/2024

Uma reflexão necessária
Essa é uma leitura que nos tira um pouco da nossa zona de conforto, mas gostaria de sugerir que você o leia com a mente aberta, pois pode se sentir desconfortável, e discordar de algumas ideias do autor, porém, em várias análises concordamos com ele.
O autor começa contando a história de Dona Maria e de seus seis filhos. Cada um deles enfrenta uma situação que requer cuidados e assistência. Ela luta para conseguir ajuda nos programas que o governo disponibiliza. Mas, como podemos notar não é algo simples, são obstáculos e dificuldades que muitas famílias enfrentam, nem todos conseguem usufruir dos programas de assistência social que prometem ajudar à população mais necessitada.
Como base na história da Dona Maria, o autor explora todos os aspectos relacionados ao assunto, desde os tempos antigos, até os dias atuais. Existe uma forte crítica à maneira como o governo e até as entidades religiosas lidam com diversas situações precárias e de abandono que afetam grande parte da população.
Ao continuarmos a leitura, notamos a presença constante desses problemas, que estão cada vez mais frequentes, mesmo em tempos modernos, ainda há pobreza, fome e abandono. Por meio de pesquisas, estudos e citações de especialistas, o escritor nos instiga a refletir sobre as iniciativas sociais existentes em nosso país, e como elas oferecem assistência e proteção aos cidadãos.
Apesar de ser uma leitura que exige mais tempo pela complexidade, o autor permite que o leitor se aprofunde em muitas áreas de conhecimento e fatores históricos, ou seja, é um livro rico e nos coloca atualizado nos problemas sociais que nosso país enfrenta.
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Natalia1378 06/04/2024

Um livro rico, inteligente e necessário
Esse livro não é fácil de ler, pois nos confronta com a dura realidade de Dona Maria, uma mulher que vive a margem, cuidando de seus seis filhos, cada um com suas particularidades, além de cuidar da genitora e enfrentar uma vida negligenciada.

A história de Dona Maria representa a história de inúmeras outras Donas Marias em situações similares ou até piores, o que é de partir o coração e nos indignar.

A perspectiva decolonial, abordada no livro, trará de uma crítica às estruturas de poder e dominação estabelecidas durante o período colonial. Questiona como o conhecimento, a cultura e as relações sociais foram moldadas e hierarquizadas pelo colonialismo, persistindo até hoje.

? O livro também explora a atuação dos profissionais dentro do SUAS (Sistema Único de Assistência Social) e do SUS (Sistema único de Saúde), revelando as interconexões entre esses sistemas de assistência social e saúde, bem como suas limitações. A história de Maria e sua família evidencia a pobreza, negligência e marginalização que muitas pessoas enfrentam.

? Me senti atravessada em inúmeros momentos os quais estive lendo e imaginando toda a situação, que é uma realidade para mais famílias do que podemos imaginar. Ao ler sobre o trabalho da Assistência Social, Psicologia e do NPJ, me vi imersa na narrativa, relembrando meu estágio no NPJ durante a graduação, onde testemunhei famílias em situações semelhantes, com direitos básicos violados e esquecidas pelo Estado.

? Um livro que sempre recomendarei, pois proporciona acesso a informações pertinentes, que nos sensibilizam e ajudam a desenvolver o senso crítico que precisamos sempre aguçar.
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Aysla.Lourrana 25/03/2024

? Precisamos de um Novo Paradigma em Proteção Social? ?
? 317 páginas
?? Autor: Marcel Cervantes
? Edição: Ases da Literatura
? 17/03 - 19/03/2024
????

Em um mundo de Marias e Joãos, cada vez mais pessoas são menos valorizadas. Proporcionalmente ao aumento de concentração de renda, surgem mais pessoas em situações decadentes. E isso é tratado na obra "Precisamos de um Novo Paradigma Em Proteção Social?"

Iniciando com a história comovente, e infelizmente muito comum, de uma dona Maria, o livro trata sobre como a sociedade vem sendo cada vez mais desvalorizada, e como as bases da nossa sociedade são estruturadas em racismo, concentração de renda, exclusão social e alienação pessoal.

Desde a época da colonização do Brasil pelos Europeus, está enraizado no nosso sangue a escravidão, o uso desumano dos indivíduos. Isso vem seguindo até hoje!

Ao longo das páginas, o autor nos leva a uma viagem no tempo, de autores e teorias. Cada página é um misto de informações que te prendem e te fazem questionar o mundo em que vivemos.

Desde Descartes, Capra, até Boaventura, o enredo nos encaminha para a colonização, o estado de natureza idealizado pelos filósofos, a Europa e o Brasil colonial. Nós vemos as várias facetas que existem da nossa sociedade, e como ela se estruturou até chegar à modernidade.

Será que o governo está fazendo seu papel? Por que existem tantas pessoas em situações sociais deploráveis? O que estamos fazendo de errado?

Esse livro vem te trazer algumas respostas para essas perguntas. Mas saiba de uma coisa: a mudança não é algo específico somente do governo, dos políticos ou das organizações. A mudança também tem que vir de você! Se atente ao que está ao seu redor! Busque conhecimento! Isso é algo que não podem te tirar, e é oferecido pelo livro do Marcel.

Se você quer um livro enriquecedor, que te arranque da sua zona de conforto e te constranja, leia este! Ele vai abrir seus horizontes e te mostrar que a vida não é tão simples quando pensamos que é.
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Deusani0 19/03/2024

Livro importante
É lamentável que a história de Maria represente uma realidade compartilhada por muitas outras famílias. Isso destaca a importância de abordar questões sociais e estruturais que afetam diversas comunidades, buscando soluções que promovam a igualdade e o bem-estar para todos.
Uma reflexão profunda sobre as estruturas sociais e históricas da nossa população.
Uma leitura interessante e importante para entender as complexidades que as famílias passam.
É positivo ver que há redes apoio de várias partes para ajudar famílias como a de Maria, mas é preocupante que ainda seja insuficiente e que muitas vezes as pessoas tenham que enfrentar longas filas para receber atendimento. Isso destaca a necessidade de melhorar e expandir os serviços de assistência social para garantir que todas as pessoas recebam o suporte necessário de forma oportuna e eficaz.
É um livro que tem um impacto significativo e oferece uma perspectiva importante sobre questões sociais e históricas, que desafiam nossa maneira de pensar e agir são realmente valiosos, pois podem inspirar mudanças positivas em nossa sociedade. É encorajador ver obras que promovem a reflexão e o engajamento em questões importantes como essa.
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