Cupim

Cupim Layla Martínez




Resenhas - Carcoma


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Gabriela3420 17/06/2024

Cupim
Uma casa infestada de cupim, e muitas outras coisas...

Alternando entre a perspectiva de avó e neta, "Cupim" é um livro de terror psicológico e horror que aborda uma história de injustiça social catalisada por ódios e rancores ancestrais.

Um livro muito original, envolvente, com escrita fluida e intensa, minha experiência de leitura foi a melhor possível.

"Minha mãe, quando percebeu que nunca ia poder sair daquela casa, parou de pedir aos santos e começou a conversar com as sombras."
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Silvia279 17/06/2024

A autoria Layla Martínez, em seu romance
"Cupim", nos coloca dentro de uma casa corroída pelo rancor e pelo ódio. É uma casa onde as paredes, os móveis, em especial o guarda-roupas, o teto e o assoalho, se comunicam com o leitor. Absorveram tantas histórias dolorosas que parecem ter vida própria. É uma casa que guarda muitos segredos. Uma casa onde há marcas de muitas violências. Onde habitam mulheres bruxas e santos e demônios. É uma casa que germina algumas vinganças. Uma casa que nos narra um suspense fundamentado em elementos da nossa realidade atual. A casa criada por Layla Martínez é sua infeliz protagonista.
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SophiaGarcia 16/06/2024

Realismo fantástico permeando uma família que sofre a gerações. Simplesmente incrível em poucas páginas tudo está aqui a miséria, a injustiça, a indignação, a vida é muito cruel, principalmente com que não tem nada, quem é definido como nada. A gente é um retalho daqueles que vieram antes de nós, a narrativa e o modo como as duas narradoras conversam através das páginas deixa tudo melhor.
É um daqueles livros que quero reler daqui uns anos, e tenho certeza que minha experiência será diferente, porém ainda fantástica.
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Carlinhos 13/06/2024

Extraordinário! Uma estreia espetacular
Cupim = trauma intergeracional + luta de classes + feminismo + muito ódio, sem moderação.

O romance de estreia de Layla Martinez tem uma potência, uma força e tanto ódio em cada parágrafo que parece às vezes que a narrativa representa a casa das protagonistas, paredes e teto compostos de pura mágua. A trama é contada quase num fôlego só, sem vírgulas e pontos separando as frases, o que faz lembrar a maneira de narrar tão característica de Gabriel Garcia Marques sobre sua Macondo. Layla também se utiliza do realismo fantástico, aproximando ainda mais sua escrita da do escritor colombiano. Impossível largar esse livro. Apesar de o ódio ser a temática principal e as críticas sociais possuírem uma acidez sem igual, a obra garante enormes gargalhadas em certas passagens. Leitura mais qie recomendada! Dá vontade de continuar acompanhando as desventuras dessa família. Brilhante estreia da autora.
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Paula.Costa 12/06/2024

Uma casa como protagonista de uma história. É um livro de terror. Mais especificamente terror feminista. Mas já adianto que mesmo com tantos espíritos e sombras e eventos sombrios o que mais assusta aqui é o ser humano e toda a maldade que ele é capaz.
Temos aqui uma casa mal assombrada, 4 gerações de mulheres mal faladas e mal vistas pela comunidade, uma comunidade pobre, mesquinha e covarde. Elas são vistas como bruxas, como feiticeiras malditas, como doidas, e elas aproveitam dessa fama pra se vingar de tudo que já passaram ali. A medida em que vamos mergulhando na história, percebemos os seus motivos e nos surpreendendo com o desfecho.
Indico muito mesmo pra quem, como eu, não tem costume com histórias de terror! Ótimo, curtinho e viciante!
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Ingrid145 11/06/2024

Diferente
Que livro tenso! Achei bem diferente de tudo que já li. 

É um terror/suspense feminista. Escorre revolta dele. 

Gostei, mas não leria de novo. Achei dolorido demais, apesar de ser uma ficção.

Estrelinhas: ????

? Instagram e Booktube: @gatoselivros23
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Carol.Ramos 04/06/2024

...
Se alguém me pedisse pra descrever essa história eu diria que ela é puro rancor, ódio e vingança. Dentro da própria família, com a família dos outros (esta por sua vez rica, que ganha grande destaque no livro mostrando a luta entre classes).

Eu fiquei muito curiosa em alguns momentos, mas a narrativa de cada capítulo sendo da neta e da avó, e o fato de ninguém se chamar exatamente pelo nome, me confundiu um pouco. Quando achava que a história ia começar a se aprofundar, ela ficava rasa de novo e não explicava nada. Pode ser que a autora quis deixar a nossa própria imaginação e criatividade fluir nesses momentos? Sim. Mas eu ia gostar de ter um pouco de certeza de algumas coisas que aconteceram.
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Giovana 01/06/2024

Opinião completamente pessoal mas, não foi pra mim
O problema da expectativa...
Ouvi falar muito bem do livro e estava animadíssima. Li o primeiro capítulo e amei, me prendeu demais, pq amo histórias estranhas, e linguagem rápida, afiada e esquisita. Mas, mesmo dando total crédito às ótimas críticas sociais, de gênero, violência, pautas religiosas, vingança, consciência de classe, desigualdade e bom apanhado da história da Espanha, não consegui gostar e me envolver.
Achei confuso os capítulos se intercalarem, achei confusa a narrativa e mistura de gêneros literários (que até agora não consegui definir), e me fez esperar outro tipo de livro, a mistura do realismo fantástico/terror/fantasia da história.

Conseguia notar bem as críticas da autora, que novamente: aplaudo e entendo, mas achei bem desinteressante, na verdade (no terceiro capítulo em diante, quase abandonei). Não me identifiquei com nenhum personagem (e quase não os distingui um dos outros), tudo muito corrido, repetido, capítulos parecidos, que não respondiam meus questionamentos por muitas páginas, e que não acrescentaram muito, ao meu ver, pra vc se identificar e se importar com alguém. Comecei o livro animada, e isso foi se esvaindo até se tornar, infelizmente, uma decepção, pessoalmente falando. O mistério vai "não sendo resolvido" por tanto tempo, que vira pano de fundo e cansa. E quando ela "dá a resposta", percebi que não era o livro que eu estava esperando. Ela tbm começa com uma linguagem bem estranha e de terror, até que isso se perde fica apenas uma história normal, sem o "realismo mágico" que ela introduziu nos primeiros capítulos, e vc fica sem entender o que é crença, religião, terror, realidade, se elas são doidas, se os outros são doidos, de tem fantasia no livro... No fim, senti ponta solta, explicação das coisas meio confusas, e a decepção principal veio de algo completamente pessoal, já mencionado, minha expectativa de que o livro era outra coisa.

Pensei ser um thriller estranho, bizarro, que vc tenta adivinhar porquê da casa ser estranha, e no final ser aquele plot, aquela resposta impressionante de algo que vc não imaginava. Se vc quer isso, não espere deste livro, ele não é terror/suspense. Ele tem outra pegada, uma pegada familiar, geracional, de vingança, que não rolou pra mim.

Não gosto de comparar livros, mas ,"Solitária", "The Help", "Suíte Tóquio" e "Limpa" são livros que passavam na minha cabeça enquanto lia esse, com sentimento de que abordam temas similares de formas mais claras, críticas e que me envolveram muito mais.

Enfim, tentei muito, e mesmo creditando os pontos interessantíssimos abordados, não consegui curtir como a autora levou a narrativa.

?Ainda assim, acho válida a leitura, pq essa minha opinião é impopular: muita gente curtiu o livro! E incentivo sempre que cada um leia pra construir sua opinião :))?
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aracnideos 28/05/2024

"Como eu não ia me consumir vendo aquilo, como não ia me retorcer por dentro naquela casa, como não ia entender tudo?"

O nono capítulo não me deixou respirar, Layla escreveu o melhor livro que já li em um pouco mais de 100 páginas, fico triste em pensar que talvez eu nunca mais encontre uma escrita tão boa assim.
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Nath Mendonça 25/05/2024

Três gerações e traumas, cicatrizes e mortes. É um livro envolvente e de rápida leitura, traz muitos conceitos que nos fazem pensar o lugar da mulher e minorias em geral, dentro da sociedade. Fiquei muito mais abismada depois que percebi que a história foi inspirada em uma história real.
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Carla.Parreira 25/05/2024

Cupim (Layla Martínez). Melhores trechos: "...Sobre a velha também fofocaram. Disseram que ela falava sozinha que dormia dentro da arca que tomava banho pelada embaixo da parreira. Disseram ter visto a velha cavar no cemitério para pegar ossos, conversar com os mortos quando não havia mais ninguém na casa... A casa percebe o medo que eles trazem e range e estala. As sombras se tornaram tão espessas que às vezes algum deles as vê como vê vocês. Notam um vulto negro se arrastando num canto e afastam a vista sem dizer nada, com mais medo do que quando entraram... Depois daquilo eu vi a santa muitas vezes. Ela sempre aparece na mesma postura, como nas estampas. Com o olhar para o alto e a expressão séria como se escutasse ordens de Deus e estivesse disposta a fazer qualquer coisa por ele, o que fosse, inclusive perseguir meninas e perturbá-las. Pra mim ela nunca olha nem fala diretamente, mas eu escuto sua voz dentro do peito e sei que tenho que fazer o que ela me disser. Como é que você vai discutir com um santo, como é que não vai obedecer a tudo o que ele mandar? Quando contei à minha mãe ela mandou que eu não falasse sobre isso com mais ninguém. Que aquilo devia ficar entre as paredes da casa, como os uivos do meu pai. Nunca me perguntou o que a santa me dizia, mas ficava me olhando sempre que eu voltava do lugar para onde era levada. Eu via a inveja em seu rosto, ela sentia ciúme porque a santa tinha me escolhido, ciúme de que para ela só aparecessem aquelas sombras cheias de desespero. Queria que uma santa falasse com ela dentro do peito, vê-la rodeada de luz e formosa como um milagre..."
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annikav.a 19/05/2024

Sempre de ódios.
Gostei bastante da mistura das tropes horror/casa assombrada/vingança e ódio de classe, sobretudo um ódio de classe sob o enfoque feminino. A literatura gótica clássica geralmente deixa o comentário social no subtexto, então é revigorante ler algo contemporâneo do gênero que vai além, que explora essa realidade verdadeiramente tenebrosa de disparidade e de horrores cotidianos (incluindo o de guerras e ditaduras) sem perder o mistério, suspense e terror sobrenatural que fizeram o gênero tão amado: pelo contrário, consegue realçá-los. O leitor se esgueira pelas brechas da sufocante casa-personagem, entre cenas desconcertantes, memórias familiares, trevas e iconografias para descobrir quem são essas duas mulheres estranhas, avô e neta, que parecem se odiar. Meu problema com a leitura foi mínimo: as vozes narrativas um tanto inconsistentes. Embora a individualidade delas não seja tão importante para a própria narrativa - afinal elas não tem nome-, já havia sido estabelecido que uma gostava de estudar, queria se formar etc e a outra não. Pensei que o padrão mais "corretinho" da avó iria se manter (ou mesmo ser comentado, como os dialetos), o quê não foi o caso. Isso me causou um pouco de estranhamento no início, mas logo me acostumei, especialmente porque a leitura é fluida, fisga desde a primeira página.
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Mari 15/05/2024

Cupim é um livro delicioso e não sei bem se gosto mais do retrato da maldade entranhada em muitos anos de ressentimento , da clássica casa assombrada ou da sugestão de horror cósmico que a autora nos oferece na descrição dos seus santos e anjos. Cupim é uma história de vingança e bruxaria e bruxaria em sua melhor forma, como a arma dos desvalidos.
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Dilso 12/05/2024

A casa...
Gerações sentidas por uma casa, que é também personagem. Livro bem escrito, perturbador, misterioso e inquietante.
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